- Felícia e Dulce não precisam da sua proteção. - Gabriel entrou interrompendo a conversa entre os dois, segurando uma marmita térmica em suas mãos, sorriu para Isabela e disse. - Isa, trouxe a canja que você mais gosta.Isabela olhou para ele com desdém: - Não quero comer, leve embora.- Eu mesmo fiz, está muito saboroso, experimenta? - Disse Gabriel.Ele começou a montar a mesinha para servir a Canja, mas sua mão foi impedida por alguém.- Sr. Gabriel, você não ouviu a Felícia dizer que não quer comer? Além disso, ela precisa de uma alimentação nutritiva agora, não pode comer algo sem nutrientes como a canja. - Disse Bernardo.- Ela gosta de comer. - Respondeu Gabriel.- Ela só gostava antes, agora não gosta mais e não é apropriado, por que forçá-la a comer algo que não quer? - Disse Bernardo.Antes que Gabriel pudesse responder, Bernardo falou com um sorriso irônico: - Cuidar de alguém significa respeitar a vontade da outra pessoa, em vez de impor suas boas intenções.Ao ouvir iss
Cláudio olhou para os dois homens dentro do quarto e depois para a marmita nos braços de Isabela, rindo constrangido e disse: - Parece que cheguei tarde, você já está comendo. - Em seguida, ele sorriu para os dois e deu um passo para trás. - Então, desculpe o incômodo.- Cláudio, você chegou na hora certa. - Ela estava preocupada com como lidar com aqueles dois homens, e Cláudio apareceu. Ela não permitiria que ele fosse embora.- Ah? - Cláudio ficou surpreso.- Venha aqui. - Disse Isabela.Cláudio relutou um pouco, mas não pôde recusar, então caminhou embaraçado até lá: - O que foi?- André fez algo gostoso? - Perguntou Gabriel.Cláudio sentiu como se duas rajadas de frieza estivessem sendo lançadas sobre ele, o que o fez suar um pouco.Ele era apenas um entregador de comida, não havia necessidade de tanta hostilidade, certo?- Batatas com lombinho de vitela, sopa espessa de costela e tomate, pudim de caramelo, salada de legumes e um copo de suco de laranja fresco espremido.- Tant
Isabela, sendo uma testemunha deste incidente, queria dizer algo, mas não podia revelar sua verdadeira identidade. No final, ela apenas fez um sinal com os olhos para Cláudio, pedindo-lhe para fazer algo.Mas antes que Cláudio pudesse falar, Gabriel já havia tomado a iniciativa. - Bernardo, saia. - Depois disso, ele olhou suavemente para Isabela. - Comporte-se e coma sua comida.Enquanto se virava, ele ainda deu um tapinha no ombro de Cláudio: - Ajude ela, ela está com a mão machucada.- Felícia, volto em um instante. - Bernardo lançou um olhar para Isabela e saiu com ele.- Cláudio, vá lá e veja o que está acontecendo, não deixe que eles briguem. - Disse Isabela.Isabela conhecia Gabriel muito bem, ela sabia que ele já estava cheio de raiva e era difícil para ele não agir.Como esperado, Cláudio correu para o corredor e viu Gabriel dar um soco forte em Bernardo, pressionando-o contra a parede, perguntando: - Bernardo, o que você está fazendo na Cidade S?- Eu já disse, vim ver Felí
Gabriel ficou com o rosto sombrio, incapaz de conter a raiva que fervilhava dentro de si. Mal estava prestes a agir quando Cláudio o deteve discretamente.- Sr. Bernardo, não faço ideia do que o trouxe até a Cidade S, mas agradeço por ter salvado a Felícia. No entanto, peço que evite provocar qualquer pessoa na frente dela. Felícia não gosta de brigas, entendeu? - Sem esperar pela resposta de Bernardo, Cláudio continuou. - Além disso, antes de tirar conclusões precipitadas, por favor, não fale aleatoriamente sobre assuntos que desconhece na frente da Felícia. Não me culpe se eu tiver que pedir que você se retire.- Eu nunca machucaria a Felícia, isso é desnecessário você me dizer. - Disse Bernardo com convicção.Após essas palavras, Bernardo lançou um olhar a Gabriel e seguiu seu caminho para fora.Ao passar por Gabriel, ele fez questão de bater com força no ombro de Gabriel, provocando-o.- Espere aí. - Cláudio o chamou. – Sr. Bernardo, se você voltar para o quarto no estado em que es
Cláudio rapidamente tocou seu rosto em pânico: - Está tudo bem, não dói.- Traga a caixa de remédios, vou te ajudar a aplicar. - Disse Isabela.Cláudio não recusou e pegou a caixa de remédios do armário, trazendo-a consigo e sentando-se à beira da cama:- Eles estão aonde?Desta vez, Cláudio não escondeu mais nada e disse diretamente: - Foram para a sala de emergência para tratar os ferimentos. Eu não queria que você se preocupasse, mas está tudo bem agora, tudo foi esclarecido.Isabela suspirou impotente: - Dois adultos dos trinta anos agindo tão imaturamente.- Qual é a sua impressão de Bernardo? - Perguntou Cláudio.Isabela hesitou por um momento e balançou a cabeça. - Não sei. Ele me salvou, me ajudou, mas não consigo entender o que ele realmente quer. - Dizendo isso, ela riu ironicamente. - Ainda tenho um pouco de autoconsciência e não acho que ele gostaria de uma mulher como eu, que tem um filho.Cláudio olhou para ela e apertou os lábios: - Você não percebeu que ele está co
- Esse sujeito veio especificamente atrás dele, certamente têm uma rixa, uma grande rixa. - Disse Isabela.- Ele investigou, não encontrou nada.Isabela soltou uma risada irônica: - É verdade, ele ofende tanta gente no dia a dia, como vai lembrar dos outros.Mas ela sabia em seu coração que o indivíduo certamente era alguém importante.No entanto, essa pessoa se escondeu por tanto tempo e ainda não apareceu, isso era realmente estranho.Ou talvez já tivesse aparecido havia muito tempo?Ela não pôde deixar de repassar todas as pessoas que conhecia, mas nenhuma se assemelhava a ele.Cada pessoa a ajudou, como poderiam prejudicá-la?...Alguns dias depois, Isabela estava contando uma história para as duas crianças: - Era uma vez, no fundo da floresta...- Tio Bernardo! - Dulce de repente se levantou e gritou na direção da porta. - Venha logo, mamãe está contando uma história para nós.Isabela olhou para cima e viu Bernardo parado na porta, vestindo um sobretudo preto e com um curativo n
Depois de um longo silêncio, Isabela finalmente falou: - Na verdade, eu não acho que tenho esse tipo de atratividade.- Por quê? - Bernardo perguntou, deixando-a confusa com seu por quê.Após um momento, ela riu ironicamente: - Eu me lembro de ter dito isso a você antes, não lembra?- Felícia, pense bem. Na Cidade S, tanto o André quanto o Gabriel gostam de você. Por que você ainda acha que não é atraente o suficiente? - Disse Bernardo.- Isso é apenas porque eu me pareço com alguém que eles conhecem. - Isabela disse, olhando para Bernardo de forma provocativa. - Será que eu também me pareço com alguém que você conhece?- Claro que não. Aos meus olhos, você é a Felícia, nunca uma substituta de ninguém. - Bernardo respondeu, rindo suavemente. - Felícia, amar alguém não precisa de razão, não é? Amar é apenas amar. Não há questionamentos sobre ser digno ou ter razões específicas.Isabela não era mais uma adolescente ingênua, ela não acreditaria em palavras assim facilmente. No entanto,
Aquela voz familiar, Isabela a reconheceu imediatamente e virou a cabeça na direção da porta, avistando a figura conhecida.Bernardo seguiu o olhar dela e semicerrou os olhos: - Felícia, não me diga que esse também é meu rival amoroso.Isabela revirou os olhos para ele: - O que você está pensando?- Só vocês moram no último andar, além dos médicos e enfermeiros. Se alguém está vindo aqui, com certeza é para te encontrar, não é? - Disse Bernardo.Isabela ficou surpresa por um momento, não esperava que Bernardo fosse tão observador.Mas não se importou muito e, ao invés disso, se levantou da cama e chamou o homem um tanto aflito do lado de fora da porta: - Tomás?Ao ouvir a voz, Tomás se virou para olhá-la, com uma expressão de constrangimento no rosto.Parecia que ele confundiu Isabela e Bernardo.- Você veio me ver? - Perguntou ela.Tomás assentiu com a cabeça: - Sim, mas...- Entre. - Disse Isabela.Tomás deu uma olhada em Bernardo e entrou.- O que você quer comigo? - Perguntou I