Isabela estremeceu, sentiu falta de ar, incapaz de respirar, seu cérebro estava privado de oxigênio. Ela pensou em resistir inicialmente, mas ao ver os olhos frios de Gabriel, instantaneamente ficou desesperada, seu coração afundou em um gelo glacial.“Deixa pra lá, está tudo bem assim.”Ela estava muito cansada, morrer nas mãos de Gabriel não parecia ser tão ruim. Nascer por causa dele, morrer por causa dele, pelo menos ela devolveria a vida.Então, ela fechou lentamente os olhos, não resistindo mais, com uma atitude serena à beira da morte.No instante seguinte, a mão em seu pescoço afrouxou, e em seus ouvidos ecoou o frio aviso de Gabriel.- Isabela, eu disse para você obedecer, por que você nunca consegue fazer isso?Isabela tossiu violentamente, seus pulmões doíam por causa da falta de oxigênio, ela usou a única mão livre para pressionar o peito, tossindo sangue.Gabriel ficou surpreso, ele não esperava que Isabela fosse tossir sangue.- Isabela, você está fingindo de novo?Fingi
André assentiu com a cabeça: - Desculpe, de manhã tive que comparecer a um julgamento, então liguei para o Gabriel... Ele... não te machucou, né?Recordando os momentos que havia se passado, Isabela forçou uma calma, desviando o olhar para outro lugar. Ela sorriu forçadamente: - Não, ele não fez nada.André sabia que ela estava mentindo, mas não queria expô-la, então não perguntou mais nada. Ele ajudou a montar a mesinha e colocou a canja na frente dela.- Esta canja foi feita com caldo de frango, é bem nutritivo.- Obrigada.Às vezes, ela também pensava, se não fosse por André, ela não sabia quantas vezes já teria morrido. Mas além de agradecer, o que mais ela poderia fazer?A mão direita dela estava marcada pelas marcas da atadura que Gabriel usou para amarrá-la, e a ferida na palma da mão parecia ainda mais assustadora. O corpo dela estava seriamente danificado.Ela baixou a cabeça e comeu a refeição, bebendo até enxergar o fundo da tigela. Só então ela sentiu viva novamente e en
André franziu levemente as sobrancelhas: - Gabriel.Gabriel foi direto até eles, derrubou a mesa e puxou Isabela para cima: - Isabela, você é bem esperta!Isabela não sabia o que estava acontecendo e só podia explicar com dor: - Gabriel, eu não tenho nada com André, não entenda errado.- Não tem nada? Ah, não tem nada, então ele vai te levar ao hospital de madrugada?Isabela ficou furiosa: - Gabriel, você não confia em mim, não tenho mais nada a dizer. Mas pelo menos deveria confiar em seu bom amigo, certo? Não se torne alguém tão desconfiado.Gabriel a soltou bruscamente, fazendo a cabeça de Isabela bater na mesa: - Isabela, desgraçada!Isabela ficou tonta e seus olhos escureceram. Ela ficou completamente atordoada.Vendo a situação, André queria intervir, mas foi olhado por Gabriel com um olhar feroz: - O que? Você ainda quer salvar minha esposa? Você sabe, quanto mais você tenta ajudá-la, mais eu fico com raiva?A frase fez André não se atrever a se aproximar, porque ele sabia
Naquela noite, Isabela estava na varanda quando ouviu claramente Mariana descendo as escadas e falando ao telefone.- Gabriel não te matou, então do que você tem medo? Se você não aparecer, como provará que Isabela teve um caso? Ok, me espere, estou indo, precisamos resolver isso de forma limpa.Mariana não estava realmente indo encontrar Gabriel. Ela devia ter descoberto que Isabela tinha ido embora e armou um acidente para encobrir onde ela estava naquela noite.Que coração cruel, um plano muito bem elaborado.Não era de se admirar que ela tivesse perdido para Mariana. Isabela nunca planejava esquemas nas costas dos outros e nunca fingia ser indefesa.Isabela percebeu que estava errada!Parecia que ela devesse aprender com isso.Gabriel dirigiu até a delegacia a toda velocidade e, assim que parou o carro, arrastou Isabela para fora.Ao entrar na delegacia, Isabela sentiu tontura e dor nos pulmões.Ela não havia levado nenhum analgésico, o que faria se tivesse uma crise?Assim que ent
À noite, Isabela se ajoelhou e encolheu-se num canto, com o corpo e o rosto cobertos de ferimentos, lágrimas escorrendo dos olhos, parecendo delicada e indefesa.De repente, seu peito se contraiu, um gosto de ferrugem subiu à sua garganta, fazendo-a sentir coceira e dor, ansiando desesperadamente para tossir, mas com medo de que um som atraísse uma surra.Ela mordeu a língua e cravou as unhas na carne, usando a dor para suprimir o impulso de tossir, engolindo o sangue na boca, repetindo esse ciclo.Ela ainda não tinha tomado remédio para a dor naquele dia, não sabia quantas vezes a doença poderia atacar durante a noite.Foi Gabriel quem ordenou que elas agissem assim, ele realmente deve amar muito Mariana.Mariana era o anjo dele, então o que ela era?As lágrimas de Isabela escorriam pelo rosto, mas ela não se atrevia a soluçar, segurando-se cuidadosamente até a manhã do dia seguinte.Ela quase não conseguiu dormir, seus olhos claros já estavam opacos e cansados.De repente, a porta da
Isabela balançou a cabeça, com o coração doendo até ficar confuso. Ela estendeu a mão para pegar o casaco de Gabriel, mas não conseguiu agarrá-lo.- Eu não tenho mais ninguém, Gabriel. Sempre fui só sua...- Isabela, seu homem já está nas minhas mãos. Eu quebrei as duas mãos dele e ele já confessou tudo.Ao ouvir isso, Isabela sentiu sua respiração parar, seus pulmões pareciam não conseguir puxar o ar, era uma dor insuportável. Ela apertou o peito com a mão, respirando com dificuldade, seguido de uma tosse rápida e uma golfada de sangue no chão.Seu Gabriel, fazendo-a "se retirar e ceder", forçando-a a ser uma amante que não podia ver a luz do dia?Ao ver a poça de sangue no chão, Gabriel franziu a testa e segurou o ombro dela, sacudindo-a com força: - Isabela, você só tem uma pneumonia. Não finja, pneumonia não causa sangue!Com um sorriso amargo, ela levantou a cabeça fraca e olhou para o homem que amou por dezessete anos, fechando os olhos lentamente.“Gabriel, não é pneumonia, é
- Você!- Isabela, não fique brava, eu não sofri nenhum acidente de carro, e naquele dia eu não fui procurar Gabriel. Eu armei uma cilada para você, mesmo que você saia desta prisão, ainda estará presa em minha armadilha.Mariana se agachou e puxou o cabelo de Isabela, rindo maliciosamente: - Como está se sentindo agora? Não é nada agradável, né?- Mariana, eu vou te matar!Isabela gritou, lutando com toda a sua força contra Mariana, em seguida, abaixou a cabeça e mordeu com força o braço de Mariana.- Ah! Você é do ano do cachorro?Mariana sentiu dor e rapidamente retirou a mão.Isabela cuspiu no chão com repulsa, dizendo: - A carne de mulher venenosa é azeda, tão nojento!- O que você está dizendo?- Mariana, será que Gabriel sabe disso? Você não tem medo de ser desmascarada?Mariana riu com desdém: - Desmascarada? Gabriel acredita em cada palavra que eu digo, mas não em cada palavra que você diz. Diga-me, quem está com medo, eu ou você? Eu estava tentando te aconselhar, não pense
Depois de dizer isso, ela derrubou Isabela no chão, e o salto alto vermelho pisou diretamente na delicada mão de Isabela.Isabela sentiu dor, mas lutou com força, porém, sua mão estava firmemente presa sob o sapato de Mariana, tornando impossível se mover. Ela só pôde usar a outra mão para agarrar o sapato de Mariana.Mariana tentou pisar na outra mão de Isabela, mas quase tropeçou quando Isabela estendeu a mão, e desistiu da ideia.Mesmo assim, o salto fino já tinha transformado a mão esquerda de Isabela em um amontoado de carne e sangue.- Isabela, olhe bem, agora eu sou a vencedora, e você é apenas uma perdedora! Você perdeu a mão que mais gostava, quero ver como você vai fazer o design agora!Depois de dizer isso, Mariana saiu desfilando com seus sapatos de salto alto, sorrindo triunfante:- Isabela, aproveite sua vida na prisão, quando você sair, acho que meu filho com Gabriel já estará grandinho!Isabela apertou a mão esquerda, olhando para trás com raiva para Mariana que se afas