Na tarde seguinte.Jéssica encostou-se na porta e lançou um olhar de resignação para a mulher de semblante preocupado dentro do quarto.- Felícia, ainda não escolheu?Enquanto falava, ela se aproximou, pegou duas peças de roupa da cama sem pensar, olhou para elas e as jogou de lado.- Se eu não soubesse que o Sr. M é um senhor idoso, eu realmente suspeitaria que você está indo encontrar um amante. – Disse Jéssica.Isabela ergueu os olhos e lançou um olhar repreensivo para ela, dizendo de forma melindrosa: - Jess! O Sr. M é o nosso maior cliente agora, além de ser nosso benfeitor. Eu não posso ser muito desrespeitosa, com certeza.- Sim, sim. - Jéssica suspirou. - Você está certa em tudo o que disse, mas, senhorita, você já está escolhendo há uma hora. Se você não se apressar, tenho medo de que ele apareça e você ainda esteja de pijama.Ao ouvir isso, Isabela ficou desanimada de repente e caiu de costas na cama.- Mas eu não consigo escolher! – Disse Isabela.Não sabia por que, mas ass
Após entrar no carro, Isabela ainda estava pensando em revelar algo.No entanto, ela não tinha certeza se seria bom para Jéssica se ela fosse sincera. E se isso a prejudicasse...Enquanto pensava nisso, Tomás estacionou o carro, lembrando-a: - Srta. Felícia, chegamos. Em breve, alguém irá levá-la para encontrar o senhor.- Certo, obrigada. – Disse Isabela.Isabela olhou ao redor e viu mais um refúgio isolado.No entanto, da última vez em que foi para as montanhas para jantar, ela foi sequestrada, o que deixou uma sombra nela sobre lugares isolados como esse.Ao entrar, uma garçonete vestindo um vestido vermelho se aproximou.- Srta. Felícia?- Sim. – Respondeu Isabela.- Ótimo, por favor, me siga. – Disse a garçonete.Isabela seguiu atrás dela, dando voltas por um tempo até finalmente pararem.- Srta. Felícia, aqui você pode tirar os sapatos.Enquanto dizia isso, a garçonete abriu a porta deslizante.Tirar os sapatos também?Isabela ficou confusa por um momento, mas tirou os sapatos e
O quarto ficou instantaneamente em silêncio até que a garçonete bateu à porta com os pratos, causando algum movimento. Isabela aproveitou essa pausa para respirar fundo algumas vezes.Ela estava realmente nervosa.O Sr. M não estava falando, o que a fez pensar que ele poderia estar zangado, deixando-a com tanto medo que ela nem ousava respirar...Depois que a garçonete saiu, Isabela ouviu uma voz vindo do outro lado.- Experimente, veja se está de acordo com o seu paladar. – Disse Sr. M.- Está... Está bem. – Respondeu ela.Isabela olhou para os pratos na mesa, todos cheios de frutos do mar, cozidos no vapor, com alho ou picantes. Era tão tentador que ela não conseguia evitar a salivação.Ao vê-la hesitante, o Sr. perguntou: - Você não gosta de frutos do mar?Isabela balançou a cabeça apressadamente e disse:- Não, não, eu gosto.- Então experimente logo, tudo foi transportado de avião de manhã cedo, está muito fresco. – Disse ele.- Está bem. - Isabela pegou uma ostra, mergulhou-a le
Dentro da caixa havia um cartão com algumas palavras escritas nele.“Aromaterapia, para dormir.”Então, era um aromatizador. Não era de se admirar que naquela noite, assim que ela sentiu aquele cheiro, tinha adormecido profundamente.Então, ela respondeu rapidamente: “Obrigada pelo presente, senhor... Mas isso só me deixa ainda mais envergonhada. Afinal, o senhor é meu cliente e também meu benfeitor, e agora... Parece que as coisas se inverteram.”O Sr. M enviou uma mensagem:“Felícia, você acendeu o desejo de viver em mim, e isso, em comparação, é insignificante.”Desejo de viver?Será que o senhor estava pensando em se suicidar antes?Isabela ficou preocupada e escreveu: “Senhor, não importa quais dificuldades você enfrente, você pode chorar, pode se descontrolar, mas por favor, não desista da vida. Só vivendo há esperança.”Essa última frase foi o que André lhe disse anos atrás.Ao longo desses anos, sempre que ela se sentia cansada, se lembrava dessa frase e seguia em frente com
- O quê? – Respondeu Isabela.Bernardo apontou para as roupas dela.Isabela de repente entendeu, olhou para baixo e percebeu que ainda não tinha trocado de roupa. Ela assentiu.- Sim, acabei de voltar de um jantar. Sua visita foi oportuna. – Disse Isabela.- Com quem você se encontrou? - Perguntou Bernardo.- Um cliente. – Respondeu ela.- Cliente? Homem ou mulher? – Perguntou Bernardo.Sentindo-se desconfortável com tantas perguntas, Isabela olhou para cima e disse: - Bernardo, não posso falar sobre o assunto dos meus clientes.Um brilho frio passou pelos olhos de Bernardo, mas ele então olhou para as roupas dela e disse: - Desculpe, fiz muitas perguntas. É só que...- O que foi? – Perguntou Isabela.- Sua aparência mostra que você encontrou um homem, alguém que você se importa muito. - Depois de dizer isso, Bernardo forçou um sorriso.- Estou um pouco com ciúmes, desculpe. – Continuou ele.Ao vê-lo tão sincero, Isabela ficou atônita, sem saber o que dizer.Explicar ou não explicar
Isabela sorriu e recolheu a mão.- Nós já não éramos amigos antes?- Minha intenção é não mais mencionar o fato de gostar de você no futuro. Apenas quero ser seu amigo, então espero que você não sinta mais nenhum fardo e não me afaste.Ao ouvir isso, o coração de Isabela deu um leve salto. Ela queria dizer algo, mas estava preso na garganta.Depois de um tempo, Bernardo perguntou a ela de novo:- Isso é possível?Antes, ela pensava que ele era apenas um playboy, mas agora percebia que ele talvez não forçasse as pessoas.Então, ela pegou um pedaço de bolo e ofereceu a ele, sorrindo.- Claro que é possível, amigo, coma um pedaço de bolo.Bernardo aceitou o bolo e sorriu.- Você também deveria experimentar, ver o que é gostoso e o que não é.- Claro.- A propósito, eu vi a notícia sobre o processo. Você ganhou?Isabela balançou a cabeça.- Ainda não, apenas vencemos a primeira batalha. A próxima audiência é na próxima semana, não sei se eles vão tentar algo novo.- Em caso de vitória, o q
Isabela balançou a cabeça.- Não é nada.Após trocarem de roupa, os dois dirigiram para o tribunal.- Srta. Felícia.Assim que saiu do carro, encontrou Pete.- Pete, eles já chegaram?- Chegaram. Vamos entrar. - Enquanto andava, Pete disse. - No entanto, eu duvido que consigamos um acordo hoje.- Por quê?Pete sorriu de maneria irónica: - Eu conheço bem a personalidade do meu aprendiz. Mesmo que a pressão superior o force a concordar, ele nunca vai aceitar. Ele me considera como seu inimigo para toda a vida.Isabela deu um sorriso indiferente.- Não importa, com você aqui, eu não tenho medo de um processo.Essas palavras eram sinceras.Quando os três entraram na sala de reuniões, os dois representantes de Unique Joias já estavam lá dentro.Ao vê-los, o advogado Felipe, que liderava o grupo, ficou com uma expressão sombria.- Mentor, embora tenhamos proposto um acordo, eu não tenho medo de você.- Então, por que propor um acordo? Não acha que isso é vergonhoso?- Isso não é da sua cont
O primeiro instinto de Isabela ao avistar aquela figura foi correr.Então, enquanto caminhava rapidamente para a frente, ela estendeu a mão para sinalizar um táxi.Apesar de ser uma avenida principal, não havia nenhum táxi à vista naquele momento.Justo quando ela começava a ficar impaciente, uma mão se estendeu pelo lado e a segurou.O homem não lhe deu a chance de falar e a puxou em direção ao carro.- Me solte!O homem não deu atenção a ela.- Gabriel, eu disse para me soltar! Você quer que eu grite por ajuda no meio da rua?Diante de suas palavras, Gabriel finalmente parou e se virou para olhar para ela.- Eu só quero te levar a algum lugar, é só isso.- Eu não quero ir com você! Me solte!Vendo sua mão ficar vermelha de tanto se debater, Gabriel sentiu uma pontada de culpa e depois de alguns segundos, a soltou.Isabela não hesitou nem por um segundo. Ela sinalizou a um táxi à beira da estrada e, sem esperar que parasse completamente, abriu a porta e entrou.- Senhorita, você acabo