Hotel Mirante, quarto 3606.Isabela pegou o cartão do quarto de Tomás e o utilizou para abrir a porta.Estava completamente escuro lá dentro. Ela acendeu a luz cuidadosamente, o ambiente estava decorado da mesma forma que antes, parecendo não ter sido ocupado por ninguém.Ela olhou as horas, ainda não eram nove horas.Será que ele tinha ido embora antes das nove?Enquanto pensava nisso, seu celular de repente tocou.Preparando-se para verificar a mensagem, quase deixou o celular cair no chão por causa do nervosismo.Quando finalmente abriu, viu que o Sr. M tinha enviado uma mensagem:“Chegarei mais tarde, espere na cama.”Ao ler isso, ela suspirou aliviada, respondeu com um "OK" e deixou sua bolsa de lado. Então, tirou o casaco e subiu na cama.Mas devido ao medo, seu corpo tremia sem parar.Isabela tinha que se encolher e se envolver com o cobertor, forçando-se a fechar os olhos.Mas assim que fechava os olhos, começava a imaginar.O que o Sr. M faria quando chegasse? Seria rude ao ti
O Sr. M respondeu:“A gente fala disso mais tarde.”Falar disso mais tarde...Isabela mordeu os lábios e pensou, “será que o senhor está chateado?”Mas ela pensou que o senhor não era uma pessoa tão mesquinha...No entanto, o mais importante agora era entrar em contato com o advogado, então ela ligou diretamente para o número no cartão.- Alô, é o advogado Pete? Aqui é a Felícia do ArteViva Atelier.- Srta. Felícia, o senhor já me contou tudo, você está no atelier agora? – Perguntou Pete.- Estou a caminho, devo chegar em cerca de meia hora. – Respondeu Isabela.- Ótimo, nos vemos daqui a meia hora. – Disse Pete....Meia hora depois, no atelier.Isabela não demorou muito para chegar quando um homem branco entrou e olhou para ela, perguntando: - Você é a Srta. Felícia, certo?- Sim, sou eu. - Isabela respondeu rapidamente e o guiou até a sala de reuniões. - Sr. Pete, todos os documentos relevantes estão aqui, preciso fornecer mais alguma coisa?Ao ver Isabela entrar rapidamente no ass
Ao ver o Sr. Smith se sentar na cadeira das testemunhas, Isabela apertou-se com força, forçando-se a se acalmar.Logo em seguida, Pete começou a questionar: - Sr. Smith, este anel de noivado foi comprado por você, correto?- Sim. – Respondeu Smith.- Quando e onde você o comprou? – Perguntou Pete.- Há três anos, em 4 de março, na ArteViva Atelier, encomendado à designer Srta. Felícia. – Respondeu Smith.- Você tem certeza de que não está enganado? – Disse Pete.- Não, não estou enganado. Era um dia chuvoso, eu estava encharcado quando cheguei lá, e a Srta. Felícia me deu uma toalha nova e preparou um chá de limão para mim. Quase me engasguei com o gosto azedo, mas a Srta. Felícia me disse que era um chá que eles bebiam para prevenir resfriados, então eu terminei de beber tudo. – Respondeu Smith.- Em que dia você recebeu o anel? – Perguntou Pete.- No dia 15 de março, mas o rascunho do anel, a Srta. Felícia já me havia dado em 6 de março, e era idêntico ao produto final. – Disse Smit
Isabela ficou surpresa e fingiu calma. - Sr. Gabriel, meu irmão apenas foi passar as férias na praia, o que poderia dar errado?- Você tem certeza? – Perguntou Gabriel.- Claro. – Respondeu ela.Vendo isso, Gabriel não disse nada, apenas olhou intensamente para ela e se virou para sair.No entanto, Isabela começou a ficar inquieta.Aquele olhar parecia uma ameaça, “Será que algo aconteceu com Pedro?”Naquela vez em que ela estava bêbada, Pedro encontrou Gabriel, e Pedro disse que Gabriel o seguiu e o confrontou...E desde que ela os deixou, Pedro não atendeu nenhuma de suas ligações, será que algo realmente aconteceu?Ou talvez algo tivesse acontecido com João?Ao pensar nisso, ela percebeu que havia muito tempo não tinha notícias de João...Quando essas coisas vieram à mente, o corpo de Isabela começou a tremer.Ela se escondeu com um nome falso para garantir a segurança de seus dois irmãos e sua filha. Se algo acontecesse com eles...Ao pensar nisso, ela cerrou os dentes e se virou
- Mana. - Disse Pedro.No momento em que Isabela achava que não conseguiria falar novamente, uma voz familiar ressoou do outro lado da linha.- Pedro, você... E a Dulce... Estão bem? – Perguntou Isabela.- Sim. - Respondeu Pedro.Era evidente que a pessoa do outro lado da linha ainda estava zangada.- Desculpa... - Isabela apertou os lábios e segurou o rosto com a mão. - Eu sei que isso não foi certo, mas... Eu não tinha escolha, senão você não teria ido embora.A pessoa do outro lado da linha permaneceu em silêncio.- A Dulce está bem? Ela está se adaptando aí? – Perguntou ela.- Está indo. – Respondeu Pedro.- Pedro, não fique com raiva, tá bom? Sinto muita falta de vocês. Quando tudo isso acabar, prometo que vou encontrá-los. – Disse ela.O telefone ficou em silêncio novamente.Isabela suspirou e sentou-se desanimada ao lado. - Pedro, você acha que eu não sabia que você tinha colocado sonífero no suco de laranja?Assim que ela disse isso, pôde ouvir claramente a respiração do outro
Na tarde seguinte.Jéssica encostou-se na porta e lançou um olhar de resignação para a mulher de semblante preocupado dentro do quarto.- Felícia, ainda não escolheu?Enquanto falava, ela se aproximou, pegou duas peças de roupa da cama sem pensar, olhou para elas e as jogou de lado.- Se eu não soubesse que o Sr. M é um senhor idoso, eu realmente suspeitaria que você está indo encontrar um amante. – Disse Jéssica.Isabela ergueu os olhos e lançou um olhar repreensivo para ela, dizendo de forma melindrosa: - Jess! O Sr. M é o nosso maior cliente agora, além de ser nosso benfeitor. Eu não posso ser muito desrespeitosa, com certeza.- Sim, sim. - Jéssica suspirou. - Você está certa em tudo o que disse, mas, senhorita, você já está escolhendo há uma hora. Se você não se apressar, tenho medo de que ele apareça e você ainda esteja de pijama.Ao ouvir isso, Isabela ficou desanimada de repente e caiu de costas na cama.- Mas eu não consigo escolher! – Disse Isabela.Não sabia por que, mas ass
Após entrar no carro, Isabela ainda estava pensando em revelar algo.No entanto, ela não tinha certeza se seria bom para Jéssica se ela fosse sincera. E se isso a prejudicasse...Enquanto pensava nisso, Tomás estacionou o carro, lembrando-a: - Srta. Felícia, chegamos. Em breve, alguém irá levá-la para encontrar o senhor.- Certo, obrigada. – Disse Isabela.Isabela olhou ao redor e viu mais um refúgio isolado.No entanto, da última vez em que foi para as montanhas para jantar, ela foi sequestrada, o que deixou uma sombra nela sobre lugares isolados como esse.Ao entrar, uma garçonete vestindo um vestido vermelho se aproximou.- Srta. Felícia?- Sim. – Respondeu Isabela.- Ótimo, por favor, me siga. – Disse a garçonete.Isabela seguiu atrás dela, dando voltas por um tempo até finalmente pararem.- Srta. Felícia, aqui você pode tirar os sapatos.Enquanto dizia isso, a garçonete abriu a porta deslizante.Tirar os sapatos também?Isabela ficou confusa por um momento, mas tirou os sapatos e
O quarto ficou instantaneamente em silêncio até que a garçonete bateu à porta com os pratos, causando algum movimento. Isabela aproveitou essa pausa para respirar fundo algumas vezes.Ela estava realmente nervosa.O Sr. M não estava falando, o que a fez pensar que ele poderia estar zangado, deixando-a com tanto medo que ela nem ousava respirar...Depois que a garçonete saiu, Isabela ouviu uma voz vindo do outro lado.- Experimente, veja se está de acordo com o seu paladar. – Disse Sr. M.- Está... Está bem. – Respondeu ela.Isabela olhou para os pratos na mesa, todos cheios de frutos do mar, cozidos no vapor, com alho ou picantes. Era tão tentador que ela não conseguia evitar a salivação.Ao vê-la hesitante, o Sr. perguntou: - Você não gosta de frutos do mar?Isabela balançou a cabeça apressadamente e disse:- Não, não, eu gosto.- Então experimente logo, tudo foi transportado de avião de manhã cedo, está muito fresco. – Disse ele.- Está bem. - Isabela pegou uma ostra, mergulhou-a le