Isabela subiu a divisória, selecionou um conjunto de roupas aleatoriamente para vestir e, em seguida, embalou as roupas molhadas em uma sacola antes de abaixar a divisória.- Você sabe quando o senhor vai voltar?- Não tenho certeza, mas assim que ele retornar, com certeza te avisará.Depois de um momento de reflexão, Isabela olhou séria para ele e perguntou: - Posso confiar em você?O homem ficou surpreso por um momento, depois assentiu com a cabeça: - Se você confia no senhor, pode confiar em mim....Assim que chegou ao estúdio, Isabela recebeu uma ligação de André.- Isa, vi as notícias e já depositei 10 milhões na sua conta. Vou providenciar o restante para você nos próximos dois dias.- André, eu não quero o dinheiro.- Hmm? - André respondeu com surpresa.- Eu não quero indenizae eles, quero ganhar este processo.Do outro lado da linha, André ficou em silêncio por um momento. - Você quer processar a Unique Joias e proteger o ArteViva Atelier?- Sim, pensei sobre isso. O estúd
Isabela balançou a cabeça: - Tudo bem, a chuva nos ensopou, então troquei de roupa.- Mesmo? - Jéssica estava desconfiada, mas não insistiu.- Aliás, pedi a alguém que contratasse um advogado para nós. Espero que possamos encontrar um advogado capaz de competir com a Unique Joias.- Também entrei em contato com alguns, mas assim que souberam que era contra a Unique Joias, todos recusaram. - Jéssica disse com um sorriso amargo. - Disseram que enfrentar a Unique Joias é uma batalha que ninguém pode vencer.Isabela não sabia o que responder a isso. Nesse momento, palavras de consolo pareciam vazias, pois ela própria sabia que seria uma luta árdua.- Ainda precisamos encontrar evidências que comprovem que nós estávamos aqui primeiro.- O problema é que a Unique Joias está sendo astuta, eles já lançaram suas peças primeiro e afirmam que as produziram há três anos, com toda a documentação e até o apoio de algumas pessoas influentes.Isabela respirou fundo e ficou paralisada, sem reação. D
Após proferir estas palavras, Isabela virou-se decidida e adentrou a sala de estar. Com um envelope retirado de sua bolsa, dirigiu-se então à varanda, onde entregou-o a Pedro.- Reservei passagens para vocês amanhã. Agora, vá fazer as malas, partiremos cedo pela manhã.Pedro a encarou incrédulo. - Irmã, o que você está planejando? Me obrigar a sair?Percebendo sua relutância, Isabela segurou firme sua mão e forçou o envelope em suas mãos.- Pedro, isto é uma ordem, não uma negociação.- Irmã!Pedro sentiu a fúria percorrendo-o pela primeira vez. Seus olhos faiscaram enquanto segurava o envelope com tanta força que quase o rasgou.- Não estou tentando te expulsar, preciso assegurar a segurança de Dulce. Quanto mais longe ela estiver de mim, mais segura estará.Isabela virou-se para olhar Dulce, que brincava com blocos na sala de estar, e seus olhos se encheram de lágrimas.- Acha que isso é fácil para mim? Mas tenho medo, não quero mais perder ninguém. Posso perder o estúdio, mas não
- Dulce, daqui em diante, quero que você lembre de tudo o que a mamãe vai dizer, está bem?Dulce assentiu, visivelmente confusa. Ela não tinha ideia do que o futuro lhe reservava, mas percebeu que a mãe estava mais séria e solene do que nunca.- Quero que você seja obediente, se alimente bem, não seja seletiva com a comida, durma cedo e acorde cedo, mantenha uma rotina saudável. Se tiver algum problema ou preocupação, conte ao tio, não guarde para si mesma, entendeu?Dulce assentiu novamente, murmurando. - Dulce entende.Isabela mordeu o lábio e continuou: - Minha querida, quando crescer, estude muito para que possa escolher o caminho que mais gosta na vida. - Ela forçou um sorriso e acrescentou. - Dulce, seja uma boa ouvinte do tio, mas se ele fizer algo errado, você deve dizer a ele.Dulce inclinou a cabeça, achando as palavras da mãe profundas demais para sua idade, como se estivesse entendendo, mas ao mesmo tempo, não entendendo.Mas afinal, o que era a vida? Dulce apertou os l
Quando Isabela terminou de lavar o rosto e saiu, Pedro já havia preparado o café da manhã. Um copo de suco de laranja, um sanduíche e uma tigela de canja de frango desfiado. Simples, mas todos os pratos eram os seus favoritos.- Está bem variado. - Comentou ela.- Irmã, esta é nossa última refeição juntos por um tempo, então não poderia ser simples. - Respondeu Pedro.Isabela franziu os lábios. - Pedro, você está amadurecendo.- No futuro, vou cuidar da Dulce sozinho, então, é claro, tenho que amadurecer.- É bom que você tenha percebido.Isabela abaixou a cabeça e deu uma colherada na canja de frango desfiado. - Hmm, como sempre, você faz a melhor canja.Em seguida, ela deu uma mordida no sanduíche e assentiu. - O sanduíche também está muito bom. Pensar que não vou poder comer isso no futuro, realmente me deixa um pouco triste.Pedro não disse nada e empurrou o suco de laranja na direção dela. - Espremi isso agora. Beba logo, os nutrientes diminuem se não beber logo.Isabela pe
No hospital, Isabela adentrou a sala carregando uma caixa térmica.- Já terminou de ler esses livros? Precisa de algo novo para ler?Bernardo ergueu os olhos ao ouvir sua voz e, ao vê-la, colocou o livro que segurava de lado, um sorriso iluminando seu rosto. - Não preciso, mas por que veio?- Prometi que viria te visitar todos os dias. Como poderia faltar? - Ela abriu a caixa térmica com um gesto gracioso. - A refeição de hoje pode ser um pouco simples, é só uma canja de frango desfiado. Espero que não se importe.Bernardo se surpreendeu por um momento. - Não me importo. Você está tão ocupada, e ainda assim encontra tempo para vir até aqui. Já estou bastante satisfeito.- Não diga isso assim. Você é meu benfeitor. - Isabela serviu a sopa e a colocou à sua frente. - Vá, coma enquanto está quente.- E quanto aos assuntos do estúdio...- Eu vou cuidar deles. Não se preocupe, apenas coma.Em seguida, ela notou o buquê de flores na cabeceira da cama e comentou: - Coma, vou pegar um novo
Ao ouvir aquela voz familiar, Isabela ficou paralisada, arrepiando-se e respirando fundo.“Merda, eu fui encontrada!”Ela baixou a cabeça, tentando contornar o homem ao seu lado, mas ele agarrou seu pulso.- Felícia, não fuja. - Disse Gabriel."Não fuja..."Ela não sabia por que, mas essas palavras a deixaram ainda mais assustada, e seu corpo involuntariamente estremeceu.Isabela mordeu os lábios, respirou fundo e afastou a mão dele, falando friamente: - Sr. Gabriel, já nos despedimos claramente.- Você ainda está chateada com aquela noite? – Perguntou Gabriel.Gabriel olhou para ela e disse:- Eu prometo que não vai acontecer novamente, confie em mim desta vez?Ao ouvir isso, Isabela semicerrou os olhos, parecendo não entender, e sorriu friamente:- Sr. Gabriel, o que você está realmente pensando? Você me salvou, sim, mas eu já disse que não quero me envolver com você, não é?- Eu não vim atrás de você por outro motivo. – Disse ele.- Então, qual é o seu motivo? – Perguntou ela.Gabr
- O que você está dizendo? – Perguntou Gabriel.Gabriel percebeu que a situação parecia ser mais complicada do que imaginava.Quantos mal-entendidos ela tinha em relação a ele?- Você acha que eu soltei o Alex? – Disse Gabriel.- Não é mesmo? – Disse Isabela.Gabriel sentiu um aperto no peito, uma sensação prestes a explodir.Ele veio até a Cidade X especialmente porque suspeitava do Alex, mas nunca imaginou que chegaria tarde demais.- Felícia, você tem alguma prova? – Perguntou ele.- Prova? - Isabela debochou. - Você é tão tolo a ponto de deixar provas para mim? O próprio Alex, a única testemunha, foi morto por você. Não há provas vivas.Gabriel semicerrou seus olhos estreitos, segurou a mão de Isabela e a empurrou à força para dentro do carro.- Vou te levar a um lugar. – Disse ele.- Me Largue! Você está tentando me sequestrar? – Disse Isabela.- Felícia, não exagere! – Gritou Gabriel.Isabela encarou-o com ódio, abaixou a cabeça de repente e mordeu Gabriel com força.Foi somente