Isabela estava deitada na cama, sentindo-se completamente fraca e exausta, com a cabeça confusa e um desconforto indistinto.Justamente nesse momento, André ligou e disse que viria vê-la.- Já está tarde, continuarei dormindo, posso ligar para você amanhã? – Respondeu ela.Na verdade, ainda não era tão tarde, mas como Gabriel havia fechado todas as cortinas, o quarto parecia escuro como se fosse de madrugada.Do outro lado da linha, André ficou desconfiado ao olhar para o relógio e perguntou: - Por que você não me contou sobre Alex e o terremoto?Isabela ficou surpresa, “como ele poderia saber?”- Pedro te contou? – Perguntou ela.- Não o culpe, eu o forcei a contar. – Respondeu André.Isabela massageou as têmporas com dor. - Estou realmente cansada agora, me deixe dormir, por favor.- Você está realmente bem? Será que sua doença voltou? Se você... – Disse André.- Não, estou bem. – Respondeu ela.André pôde perceber pelo tom de voz dela que algo estava errado, mas ele também conheci
Isabela fez um esforço para pegar a toalha de trás e a jogou de lado, tentando encaixar a nova toalha no lugar, mas a mão parecia não ser sua e ela não conseguia alcançar atrás. No final, ela desistiu.Ela se esforçou para se manter consciente, mas acabou adormecendo sem perceber.Então, quando Gabriel voltou, ele a viu inclinada na cabeceira da cama, dormindo.Ele balançou a cabeça, resignado, aproximou-se cuidadosamente e colocou a nova toalha no lugar. Em seguida, gentilmente a deitou na cama e a cobriu com o lençol.Não importava o que tivesse acontecido no passado, ele não desistiria assim.Pelo resto da vida, ele faria de tudo para tê-la ao seu lado....Quando Isabela acordou, já era manhã do dia seguinte.A febre já havia desaparecido completamente. Embora seu corpo ainda estivesse um pouco fraco, ela conseguia se mover com dificuldade.Ela saiu do quarto e olhou ao redor, mas não viu a presença de Gabriel.Será que tudo o que aconteceu na noite passada foi um sonho?No entanto
Ela só tinha um pensamento: “Sair o mais rápido possível.”No caminho, ela continuou pressionando o taxista para ir mais rápido, e assim que desceu do carro, foi direto para o quarto do hotel, ela queria arrumar suas coisas e partir.Talvez, depois de voltar, ela devesse mudar de casa, partir para uma terra distante com Dulce.O estúdio poderia ser entregue a Jéssica, ela poderia trabalhar como designer remota.Assim, ela estaria segura, e Dulce estaria segura.Isabela passou o cartão apressadamente para abrir a porta, sem nem olhar, e entrou correndo.Mas assim que ela entrou, alguém cobriu sua boca e a pressionou contra a parede.Isabela ficou assustada e estava prestes a revidar, quando ouviu uma voz familiar: - Sou eu, Isabela.Ela ficou atordoada por um momento, olhou para cima e percebeu que era André.Vendo o olhar assustado em seu rosto, ele soltou rapidamente sua mão e disse suavemente: - Desculpe, esperei por você à noite toda, estava com medo de que algo acontecesse, pense
- Não atenda! - Isabela se jogou para pegar o telefone de volta. - André, não atenda!Mas como André daria a ela essa chance? Ele se levantou segurando o celular, olhou para ele e depois para ela. - André... - Ao ver a expressão sombria dele, Isabela se deitou na cama, implorando. - Por favor, não atenda...Mas no segundo seguinte, a voz de Gabriel saiu do telefone. - Onde você estava? Por que não estava no apartamento? Sua doença... - Sem esperar a pessoa do outro lado terminar de falar, André desligou o telefone, seus olhos fixos nela. - Ontem à noite, você estava com o Gabriel?Nesse ponto, Isabela sabia que não poderia esconder mais nada, abaixou a cabeça, com medo de olhar para ele. - Sim, ontem eu estava no hospital com febre e desmaiei. Ele me levou embora, eu... Eu não estava escondendo isso de propósito de você, eu...- Isabela! - André chamou seu nome com severidade, aproximou-se da beira da cama e olhou para ela com uma expressão complicada, perguntando. - Por quê?Ele fr
As palavras de André foram tão decisivas que Isabela não tinha como recusar.- Então me coloque no chão, eu vou caminhar sozinha. – Disse Isabela.André assentiu e a colocou no chão, segurou sua mão e seguiram em frente.Assim que entraram no carro, viram um Mercedes preto estacionado do outro lado da rua e, em seguida, uma figura alta saiu do carro.As pupilas de Isabela se dilataram de repente, suas mãos apertadas com força, tremendo de medo.Nesse momento, Gabriel olhou na direção deles.Ela instantaneamente sentiu dificuldade para respirar, rezando em seu coração para não ser descoberta.Uma mão quente pousou em sua mão gelada. - Isa, não tenha medo, estou aqui, tudo ficará bem.Assim que terminou de falar, Gabriel se virou e entrou no saguão do hotel, enquanto eles seguiram seu caminho de carro.Felizmente, foi apenas um susto.Mas se tivessem saído um pouco mais tarde, teriam se encontrado diretamente com Gabriel.Isabela, agora percebendo o perigo, sentiu cada vez mais medo, co
Isabela sentiu sua respiração acelerar involuntariamente enquanto cuidadosamente colocava o celular na mão de André.- André, você está enganado, eu... Eu não evito ficar a sós com você nem desconfio de você.- E por quê? – Perguntou André.Embora nos últimos quatro anos eles não estivessem na mesma cidade, o relacionamento entre os dois não era ruim. Às vezes, André vinha visitá-la, brincava com Dulce e lhes trazia calor e ajuda. Mas agora, parecia haver uma parede entre eles, uma sensação de estranheza.Isabela respirou fundo, reunindo coragem para olhar para ele. - André, eu te devo muito, tenho medo de que eu não possa retribuir.O carro ficou em silêncio por um tempo. Depois de um tempo, André estendeu a mão e tocou suavemente a testa dela, balançando a cabeça com um sorriso. - Sabe de nada, sua boba, o que você está pensando agora?Isabela ficou surpresa e o olhou com uma expressão complicada.- Isabela, há quantos anos nos conhecemos? Quando eu já disse que você precisa me
O avião de retorno foi um jato particular organizado exclusivamente por André.No entanto, esse avião não seguia para um aeroporto regular e, consequentemente, não fazia escala em um aeroporto internacional.- Eu enviei o endereço para o Pedro. – Disse André.- Do aeroporto? – Perguntou Isabela.- Não, é uma cafeteria perto do aeroporto. Eu vou te levar lá, e então você pode ir com eles de volta. – Disse ele.Isabela, além de admirada, sentiu-se grata por seus arranjos.- André, obrigada por vir me ajudar.André fingiu estar chateado. - Isabela, se você continuar sendo tão educada, eu realmente vou considerar terminar nossa amizade.Isabela sorriu timidamente. - Considere isso meu bordão, não se importe.- Você sempre age assim, eu nem sei se devo confiar em você. - Disse André.- Tudo bem, pare de brincadeiras, precisamos embarcar. – Disse ela.André riu suavemente. - Você está com fome? Quer comer algo? Tem um médico a bordo, então ele pode dar uma olhada em você. E também tem cam
Não demorou muito e o carro de Pedro já estava estacionado na porta da cafeteria, antes mesmo de Isabela terminar sua xícara de café.Quando ela percebeu, Pedro já estava ao seu lado.- Irmã.Isabela ergueu os olhos e viu aquela figura que estava tanto tempo ausente. Seu coração se apertou e, sem poder resistir, ela se levantou e o abraçou.- Pedro, finalmente estou de volta. – Disse Isabela.- Irmã, você emagreceu. – Disse Pedro.Enquanto falava, ela sentiu o perfume familiar de Pedro. Não era um cheiro de perfume, mas sim o aroma refrescante e jovial que ele tinha, muito diferente da mistura de maturidade e tabaco de Gabriel.- Talvez a comida lá não tenha agradado o meu paladar.Pedro riu suavemente. - Fique tranquila, comprei os pratos que você mais gosta. Vou mostrar minhas habilidades culinárias mais tarde.Isabela soltou-o e sorriu. - Tão tarde e você ainda vai cozinhar?- Claro, isso é um banquete de boas-vindas para você. Precisa ser especial. – Disse ele.- Está bem, como v