Num primeiro momento, Gabriel não sabia se ela estava bêbada ou acordada, e ficou paralisado no lugar.Quando ele finalmente reagiu, não sabia ao certo quando, Isabela já havia adormecido novamente.Ele suspirou aliviado e a colocou de volta na cama, ajustando as cobertas. Só depois de ter certeza de que ela estava dormindo foi que ele se levantou e foi para fora acender um cigarro.Enquanto acendia o segundo cigarro, um farol brilhante se aproximou e logo o carro parou. Cláudio desceu do carro segurando Sofia nos braços.Após um tempo, Cláudio foi até ele e deu um empurrão de leve. - Ainda tem cigarro? Me dê um.Gabriel entregou um para ele. - Você não tinha parado?- Estou parando. É o último. - Cláudio sorriu e soltou uma baforada de fumaça. - Estou prestes a ser pai, então é hora de parar mesmo.Ao ouvir a palavra "pai", Gabriel sentiu uma pontada leve no coração.Ele abaixou a cabeça, escondendo sua expressão indescritível.- Gabriel, há algo que eu não queria dizer, mas... - Cl
Desde aquela noite no bar, Cláudio não perdia a chance de trazer roupas, bolsas e suplementos nutricionais para Sofia. No mesmo dia, ele até trouxe o grande chef da casa.Depois de preparar a refeição, ele mandou o cozinheiro ir embora e foi procurar Sofia no quarto.- Sofia, está na hora de comer.Sofia lançou-lhe um olhar frio. - Cláudio, se você tem habilidade suficiente, faça a comida sozinho. Não fazer nada com as próprias mãos não significa nada.No dia seguinte, Cláudio realmente comprou os ingredientes e foi pessoalmente cozinhar. Porém, o Jovem Senhor era bom em realizar cirurgias, não em cozinhar.No final, Sofia não conseguiu mais suportar e o expulsou da cozinha.- Sofia, me dê mais uma chance, eu vou aprender a cozinhar, com certeza.Sofia retrucou com impaciência. - Tenho medo de você envenenar a Isa, é melhor desistir.Por causa disso, Cláudio estava muito frustrado. Ele se aproximou de Isabela com a cabeça baixa e perguntou, cheio de tristeza.- Isabela, estou fican
- Sofia. – Disse Isabela.Sofia estava prestes a fechar a porta, pensando que Isabela tinha algo importante para dizer, e imediatamente se aproximou.- Isa, o que houve? Você não está se sentindo bem?Isabela balançou a cabeça e sorriu, apertando os lábios.- Não, só queria te lembrar de se agasalhar mais, está frio lá fora.Ao ouvir isso, Sofia sorriu e disse: - Estou usando um casaco de plumas, não vou sentir frio. Então, estou indo agora.- Ok, tudo bem. - Enquanto observava a porta se fechar, Isabela sentiu seu olho direito piscar novamente.Olhando para o céu sombrio, ela se tranquilizou pensando que devia ser porque não havia dormido bem na noite passada, o que estava causando o piscar do olho direito.Ela se sentiu inquieta nos momentos seguintes.De repente, seu celular tocou.Pensando que era Sofia, ela atendeu sem nem olhar. Mas assim que atendeu, antes de poder dizer qualquer coisa, ouviu aquela voz que mais detestava.- Isabela, o jogo começou.O sorriso de Isabela congelo
Quando Pedro chegou, Isabela já estava olhando para aquela foto havia meia hora. Na foto, João estava com os olhos fechados, encostado em uma parede, com as mãos e os pés amarrados. O ambiente era estreito, como se estivesse em um quarto escuro. Não havia janelas, impossibilitando qualquer visão do exterior. Mariana claramente não tinha a intenção de deixá-la encontrá-lo!Isabela fez várias chamadas para Mariana, mas o telefone dela já estava desligado.- Isa. - Pedro bateu na porta e, ao receber nenhuma resposta, bateu com mais força. – Isabela!Foi então que Isabela se recuperou abruptamente, cambaleando até a porta para abri-la.- Isa, o que aconteceu? - Pedro perguntou, mas percebeu que o rosto de Isabela estava pálido e seus olhos estavam vermelhos. - Você... Você está aqui. - Ao dizer isso, ela quase desmaiou, mas Pedro, rápido no gatilho, a segurou.Assim que ele segurou o braço de Isabela, Pedro sentiu um clara tremor, surpreendendo-se com o tamanho do problema que a deixava
Câmara fria?Isabela sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Estava no inverno e a temperatura externa já estava abaixo de zero. Se João estivesse trancado em uma câmara fria, quão frio e desesperador seria lá dentro?Ela nem ousava pensar no que viria a seguir.Passaram-se alguns instantes antes que ela cerrasse os punhos e, com os dentes cerrados, disse: - Vamos logo!- Isabela, por que você não pede ajuda ao Sr. Gabriel? Tenho certeza de que ele estaria disposto a ajudar. - Disse Pedro.Ao ouvir Pedro mencionar Gabriel, Isabela sentiu um aperto no coração.Se o incidente anterior estivesse relacionado a Gabriel, então esse também estaria?Mas ao lembrar daquela noite no bar, ela não pôde deixar de duvidar. Seria que ela o interpretava mal?No entanto, ao pensar em como ele tratava Mariana, não era impossível que ele estivesse envolvido em atividades ilegais.- Ele está contra mim. - Respondeu ela.Ao ouvir isso, Pedro não fez mais perguntas.Ao chegarem à periferia, Pedro abriu o c
Isabela! - Sem opções, Pedro seguiu-a e mergulhou no lago.No entanto, Isabela nadou apenas uma pequena distância quando começou a sentir dificuldade para respirar. Ela não sabia se era a vida ou a morte de João que havia despertado seu potencial, impulsionando-a a continuar mergulhando.Logo, ela descobriu um caminhão frigorífico no fundo do lago. Ela correu até lá e bateu desesperadamente na carroceria.Sem receber qualquer resposta, Isabela ficou ainda mais angustiada. Ela bateu nas carroceria com toda a sua força, esquecendo-se de que ainda estava na água, enquanto gritava o nome de João.No entanto, assim que abriu a boca, ela engoliu um grande gole de água fria, sufocando-a.Quando estava prestes a desmaiar, Pedro a segurou e nadou com ela de volta à margem.Uma vez na margem, Isabela estava respirando com dificuldade.Pedro não hesitou e se inclinou para realizar a respiração boca a boca quando os olhares deles se encontraram.- Eu... Eu... - Pedro ficou assustado e rapidamente
Isabela ajudou Pedro a arrastar João para a margem. Ela olhou para o rosto pálido e sem cor de João, e suas lágrimas caíram instantaneamente.Seu corpo estava tão frio quanto uma câmara de gelo, com pedaços de gelo pendurados em seus cílios dispersos. As partes do seu corpo que estavam amarradas apresentavam marcas roxas.Ela se jogou nos braços de João, chorando e gritando: - João, você está com frio? Vou te abraçar para te aquecer. Por favor, não aconteça nada com você, está bem?Mas João não mostrou nenhuma resposta, deixando Isabela em completo desespero.- João! Por favor, responda! Não me deixe, por favor, abra os olhos e olhe para mim. - Isabela balançava o corpo rígido de João incessantemente, chorando desesperadamente. - Acorde, dê alguma resposta para mim, João! João!Pedro não aguentou mais ver aquilo e a abraçou, tentando consolá-la. - Isa, não fique assim, vamos esperar a ambulância chegar, está bem?Mas Isabela não conseguia ouvir, ela chorava olhando para o céu, repeti
Sem esperar que Isabela reagisse, Gabriel a pegou nos braços.- O que você está fazendo? Gabriel, me coloque no chão, eu quero ver o João! – Isabela lutava e socava Gabriel com os punhos, mas ele não cedia. Em vez disso, ele a levou para o elevador e subiu diretamente para o último andar.Após colocá-la na cama, Gabriel foi até o banheiro para encher a banheira.No entanto, antes de Gabriel chegar ao banheiro, Isabela já estava mancando e tentando sair.Gabriel se aproximou rapidamente e a segurou firmemente.- Isabela, já chega de confusão, não acha?Isabela olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas, com uma expressão obstinada e furiosa, apertando os lábios sem dizer uma palavra.Inicialmente cheio de raiva, mas ao ver a mistura de agressividade e vulnerabilidade em seu rosto, Gabriel sentiu-se um pouco impotente e sua voz ficou mais suave.- Isabela, João está na sala de emergência, não adianta você ir até lá. Tome um banho quente, troque de roupa. Você não pretende ficar doent