- Você pode voltar, mas não deve depender completamente disso. E quando eu partir deste mundo, o que você vai fazer?Sofia colocou a xícara com força na mesa:- Isa, você está falando bobagem? Você não vai morrer!Isabela sentiu seu coração aquecer e sorriu suavemente:- As pessoas estão destinadas a partir em algum momento, e eu estou com câncer avançado no pulmão, você não se lembra?- Os remédios do Sr. André vão te curar!- Querida, a vida não é feita de milagres, especialmente para mim.Sofia estava um tanto desanimada. - Certo, entendi, não vou insistir, por que você está tão ansiosa?Sofia sabia que Isabela era teimosa e que não iria mudar de ideia tão facilmente.Ela concordou com a cabeça, fingindo aceitar, mas planejando ficar por perto.Afinal, ela tinha medo de que Mariana tentasse prejudicar Isabela novamente.Mais tarde naquela tarde, Sofia fingiu sair, mas na verdade ficou à espreita.Depois de arrumar algumas coisas, Isabela dirigiu até o cemitério.O cemitério estava
Isabela não notava a presença de Enzo, e, de forma inconsciente, mantinha uma distância dele.- O que você gostaria de comer?- Tanto faz.Ela estava um pouco inquieta, com receio de que Gabriel pudesse aparecer de repente, cheio de raiva, xingando-a. Por isso, ela segurou as duas mãos juntas, olhando pela janela com nervosismo e dando respostas superficiais.Enzo a observou por um momento e soltou um leve sorriso:- Isa, não precisa ficar tão desconfortável comigo. Na última vez, fui eu quem agi mal. Nós crescemos juntos, não posso simplesmente te ignorar.- Se você realmente quiser voltar ao mundo do design, eu posso te ajudar.Os olhos de Isabela se iluminaram ao ouvir isso:- Sério?- Claro, mas fique ciente que não posso competir com Gabriel. Mas mesmo assim, ainda posso te oferecer algumas pequenas oportunidades. Além disso, se trata de competição no mundo do design, não é?- Competições de design... Ela nem ousava pensar nisso.- Isa, não tenha medo. Você pode praticar primeiro
Isabela empurrou Gabriel:- Gabi, chega disso, não vou voltar com você.Gabriel a encarou com desprezo, sussurrando:- Cala a boca, em casa a gente conversa.- Gabi...Enzo se aproximou e estendeu a mão para segurar a de Isabela:- Sr. Gabriel, a Isa não quer ir com você. Você não pode limitar a liberdade dela.Gabriel o empurrou, olhando-o com frieza:- Quem você pensa que é? Você não tem o direito de se intrometer na minha relação com a minha mulher?- Você trata ela como tua mulher? Isso é claramente uma restrição à liberdade dela. O que ela faz, com quem ela se encontra, para onde ela vai, deve ser decisão dela.Ao ouvir isso, Gabriel lançou um olhar gélido a Enzo:- Você está me desafiando?Isabela, com medo que Gabriel pudesse reagir mal a Enzo, interveio:- Enzo, pare de falar, vai embora logo.No entanto, isso só enfureceu ainda mais Gabriel. Ele apertou a cintura de Isabela com mais força, quase como se quisesse esmaga-la. Ela não disse nada, apenas apertou os dentes.- Isabel
Durante todo o trajeto, Gabriel mantinha um olhar sombrio no rosto, emitindo um frio intenso que os envolvia. Ela se encolheu no assento do passageiro, temerosa demais para sequer se mover.Depois de um tempo, Gabriel ergueu ligeiramente os lábios:- Então, não vai se explicar?Isabela levantou a cabeça, cílios brilhando com lágrimas:- Se eu explicasse, você ouviria?- Fala.Gabriel estava sem paciência, ele disse apenas uma palavra, um aviso silencioso de que aquela era sua única chance de provar sua inocência.- Enzo é meu vizinho. Nunca tivemos nada, nunca ultrapassamos os limites.- É mesmo?Ao ouvir essa pergunta, o coração de Isabela gelou instantaneamente. Ela sabia que Gabriel não acreditava nela.Chegando à Mansão da Península, Gabriel não disse nada e a arrastou para dentro, jogando-a com força no sofá.Antes que ela pudesse reagir, ele ergueu a mão e segurou o queixo dela:- Isabela, por que continua mentindo para mim?Tudo o que Enzo havia dito, tinha sido suficiente para
- O quê? Não quero fazer um aborto! Me solta!Isabela lutava sem cessar, vendo que não conseguia se soltar de Gabriel. Ela mordeu o pulso dele com força.Gabriel soltou um gemido de dor e sotlou sua mão. Ele então viu Isabela tentando escapar. Ela não queria abortar! O bebê tinha enfrentado tantas provações com ela. Enquanto estivesse viva, ela não teria coragem de tirar a vida dele com as próprias mãos.Mas a velocidade de Isabela não era comparável à de Gabriel. Em pouco tempo, ele a segurou firmemente em seus braços.- Pensando em escapar?Isabela se debatia freneticamente:- Socorro! Alguém me ajude!Gabriel não estava prestando atenção no que ela dizia, levou-a diretamente para a sala de cirurgia.Isabela sentiu tudo escurecer diante de seus olhos. Sua mente estava focada em uma única ideia: ela não permitiria que tirassem essa criança dela!Ela se soltou dos médicos, pegou um bisturi e apontou para o próprio pescoço. Seus olhos estavam vermelhos e, entre lágrimas, ela gritou:- N
- Isabela...Inconscientemente, Gabriel segurou a mão de Mariana e sentou na cama, a voz dele trazia um nervosismo evidente.Ao ouvir aquele nome, um olhar sombrio passou pelos olhos de Mariana, e então ela disse suavemente:- Gabi, você acordou?Gabriel abriu os olhos e viu Mariana. Com uma expressão levemente desapontada, ele soltou a mão dela:- O que você está fazendo aqui?- Gabi, você apagou por cinco horas. Eu fiquei muito assustada. Como você está se sentindo?Gabriel ignorou-a e cobriu a cabeça, gritando alto:- Rodrigo!Rodrigo entrou pela porta:- Senhor.- Isabela, onde ela está? A encontraram?Rodrigo balançou a cabeça:- Ainda não.O olhar de Gabriel escureceu:- Inútil, cinco horas se passaram e vocês ainda não conseguiriam encontrá-la?- Senhor, procuramos por toda a cidade, mas não encontramos nenhum rastro dela...Gabriel tentou sair da cama, mas devido ao efeito da anestesia, suas pernas cederam e ele caiu de volta na cama.- Gabi, deixe o assistente procurar, sua sa
Ele não suportava ver mulheres chorando, especialmente quando Mariana derramava lágrimas, isso o deixava incomodado. Mas Isabela era uma exceção, mesmo após ter sido enganado tantas vezes, as lágrimas dela sempre despertavam nele uma sensação de compaixão. Mariana percebeu que ele estava ficando impaciente e, naturalmente, não ousou mais insistir, apenas concordou docilmente:- Vou te esperar em casa.- Certo.Ao sair, Mariana tinha um olhar sombrio nos olhos.‘Maldita Isabela, à beira da morte, e ainda consegue fazer com que Gabriel se preocupe com ela. É frustrante!’A anestesia deveria durar apenas três horas, mas Mariana aplicou outra dose para atrasar o efeito. Cinco horas haviam se passado e Gabriel ainda não conseguia se mover normalmente.Ela não tinha a intenção de permitir que ele encontrasse Isabela, a traidora!Quando a equipe dela encontrasse Isabela, antes da equipe dele, eles poderiam eliminar todas as evidências de uma só vez, matando dois coelhos com uma cajadada só.
Ao sair do ônibus, Isabela sentiu um arrepio pelo corpo. Ela apertou as roupas contra si mesma, talvez porque estivessem úmidas da chuva. Quando o vento soprava, ela tremia por inteira. Ela só havia visitado a casa do Tio Cardoso uma vez, e por estar escuro, ela não estava muito familiarizada com o caminho.Ela andou sob a chuva por um bom tempo até finalmente encontrar a casa dele. As luzes estavam acesas do lado de dentro. Ela levantou a mão e bateu na porta. Uma voz veio de dentro:- Quem é?- Tia Iara, sou eu, Isabela.Depois de alguns segundos, a pessoa de dentro finalmente reagiu e abriu rapidamente a porta, puxando Isabela para dentro e olhando ao redor antes de fechá-la.Isabela ficou intrigada:- Tia Iara, o que está acontecendo?Tia Iara se virou e tocou as roupas de Isabela:- Minha querida, vou esquentar água para você. Tome um banho e tire essas roupas molhadas, não faz bem para a saúde.Isabela se emocionou, abraçando Tia Iara e chorando:- Tia Iara, desculpe, desculpe...