Voltando ao hospital, depois de encontrar uma enfermeira para refazer o curativo de Isabela, ela foi levada de volta ao seu quarto. Carina estava lá, esperando o tempo todo. Quando viu os três chegarem, pulou do sofá, olhou para Pedro com certo receio e logo notou Isabela na cadeira de rodas. Então, avançou rapidamente:- Fefe, você se machucou? É grave?- Não é nada. Pedro insistiu em me carregar, mas achei que ficaria mal, então optei pela cadeira de rodas. - Disse ela, se levantando da cadeira e caminhando até a cama. - Veja, estou bem, apenas reabri um ferimento antigo.Vendo que não havia novos ferimentos, Carina finalmente respirou aliviada, mas ainda assim estava ansiosa, lançando olhares esporádicos para Pedro, temendo que ele pudesse ter algo contra ela.Pedro percebeu seu comportamento e, depois de ajudar Isabela a se deitar, chamou Carina:- Carina.Carina se assustou, sua mão tremendo levemente:- O que foi?- Obrigado.Carina ficou atônita, piscando incrédula para Pedro
- Dario?André, de repente, não entendeu:- Quem é essa pessoa?- É o pai biológico do Pedro.As pupilas de André tremiam, claramente chocado com a notícia.No entanto, como um advogado experiente, em apenas um instante, ele se acalmou e disse com extrema seriedade:- Pedro, a partir de agora, cada palavra que você disser precisa ser a verdade; caso contrário, não poderei ajudá-lo.Pedro apertou os punhos:- Tudo o que eu disse é verdade, eu não o matei.- Ok, como seu advogado, eu naturalmente acredito em você, mas você precisa me contar todos os detalhes do que aconteceu no local do crime, incluindo por que estava lá e que tipo de conflitos existiam entre vocês.Pedro virou a cabeça para olhar para Isabela, buscando sua aprovação. Ao ver que ela assentiu, ele começou a relatar toda a história.- André, eu realmente não matei ninguém. - Após dizer isso, Pedro, de repente, se ajoelhou. - André, não sei se consigo me livrar da suspeita, mas, por favor, garanta que a Isa fique bem.Então
Depois de um longo silêncio, Isabela finalmente falou:- Você tem razão, mas e se acontecer a segunda possibilidade que você mencionou? O que eu devo fazer para me preparar?- Não precisa fazer nada, deixa comigo. Mas...André olhou com certa preocupação para ela:- Você e o Pedro precisam insistir que nunca estiveram lá. Caso contrário, o fato de você ter manipulado a cena pode complicar as coisas.Isabela se tensionou, suas unhas cravando na própria carne, com a cabeça baixa:- Desculpe, naquela hora, só consegui pensar em apagar todas as digitais.- Você fez o certo, mas, quando está nervosa, é fácil deixar pistas. Se forem descobertas pelo outro lado, será problemático, especialmente...André parou abruptamente, fazendo Isabela instá-lo ansiosamente:- Especialmente o quê?- Especialmente... - André hesitou por um momento. - Se for uma armadilha, talvez o adversário não tivesse deixado o local quando você chegou, podendo ter tirado fotos suas.Isabela sentiu um arrepio ao ouvir iss
Ao ouvir isso, Isabela se apressou em esconder as mãos, ainda cobertas de sangue, atrás do corpo, e sussurrou baixinho para Pedro:- Pedro, se lembre do que eu disse.Pedro acenou com a cabeça e se virou para caminhar em direção aos policiais:- Sou o Pedro, posso ajudar em algo?O policial olhou rapidamente para a fotografia impressa que segurava, comparou ela e disse:- Sr. Pedro, você está sendo suspeito de um homicídio. Por favor, venha conosco.- Tudo bem, sem problemas.Isabela, nervosa, entrelaçou as mãos, olhando com os olhos cheios de lágrimas para os policiais:- Deve haver algum engano. Como meu irmão poderia ser um assassino?O policial lançou a ela um olhar rápido:- Senhorita, a polícia sempre trabalha com base em evidências. Se seu irmão for inocente, não há com o que se preocupar.- Mas... Por que dizem que ele matou alguém assim, de repente?- Senhorita, não tenho autorização para revelar detalhes específicos, me desculpe. - Disse o policial, se preparando para algemar
- Isa, fique aqui e descanse bem, eu vou dar uma olhada. - Cláudio deu um tapinha no ombro dela e se dirigiu para fora. Ao chegar à porta, pareceu se lembrar de algo, parou e disse. - Caca, cuide da Fefe, não deixe ela se perder em pensamentos ruins.- O quê? - Carina ainda estava tentando entender a situação quando, de repente, foi chamada por Cláudio. Demorou um pouco para se recuperar, e quando finalmente reagiu, ele já tinha ido, então ela apenas respondeu baixinho.Era raro seu primo falar com ela, e ela nem tinha respondido direito...Mas agora não era o momento de se preocupar com isso. Ela se virou para olhar para Isabela, que estava sentada na beira da cama, distraída, mordeu o lábio, querendo dizer algo, mas hesitou.Isabela levantou a cabeça abruptamente, encontrando o olhar de Carina.Carina rapidamente desviou o olhar, esfregando as mãos:- Fefe, você não disse que estava com fome? Que tal se eu comprar um pouco de macarrão para você comer primeiro?Isabela olhou de relan
Isabela ficou tensa, fingindo que nada estava errado:- Por que você está perguntando isso?- Porque desde que você a viu, tem agido de forma estranha, até chamou Valentino à noite, e depois desapareceu. - Após uma pausa, Carina hesitou. - Além disso, tem mais uma coisa...- O que é?- Desde aquele dia, a loucura dela só tem piorado, ela nem está comendo, só grita e chora, pedindo para te ver o tempo todo.Isabela franziu a testa.Juliana não estava louca, naquele dia ela até não recusou comer sabão, sabendo que não se devia comer isso.Como ela poderia estar causando tanto alvoroço agora?Até parou de comer?Isso era realmente muito estranho...- Ela disse mais alguma coisa?- Não, só está louca e querendo te ver.Isabela saiu da cama:- Vou agora ver o que está acontecendo. Se seu primo chegar, diga para ele me encontrar lá.- Ir agora não vai adiantar.Isabela parou de repente:- Por quê? Aconteceu algo com ela?Carina balançou a cabeça:- Não é nada, só que ela estava tão agitada q
- Não está bem, se você ainda quer vê-lo, deveria ficar com ele agora. Pode ser a última vez.Ao ouvir isso, a pupila de Isabela tremeu. Ela estava prestes a se levantar quando sua mão escorregou na mesa, derrubando o macarrão na cama. O macarrão e o molho se espalharam por toda a cama, mas ela nem olhou para isso, seus olhos estavam fixos em Cláudio:- Você... O que você disse?Cláudio tinha uma expressão sombria, parecendo um pouco cansado e ansioso:- A ferida no abdômen nunca sarou direito, e com este novo ferimento, desenvolveu complicações. Se ele vai acordar ou não, depende da sua força de vontade agora. Além disso, a febre alta continua, se continuar assim, definitivamente haverá problemas.- Então por que vocês não o salvam? - Isabela empurrou Carina e correu até o Cláudio, o agarrando pelo colarinho, gritando. - Você é médico, ou amigo dele, por que não o salva?Cláudio pareceu surpreso com sua reação, hesitando por um momento antes de baixar os olhos, permitindo que ela o
UTI.Isabela vestiu o equipamento de proteção e se aproximou da beira da cama, observando o homem que lutava para respirar, sentindo um aperto na garganta e com os olhos turvos.Quatro anos atrás, quando Gabriel foi informado de sua morte, será que ele sentiu o mesmo?Apesar de o detestar profundamente, vê-lo à beira da morte fazia seu coração doer involuntariamente, a ponto de ela mal conseguir respirar.Após algum tempo, ela finalmente se sentou devagar.- Gabriel, se você ousar me enganar, eu prometo que te reduzirei a cinzas, você acredita? No entanto, a única resposta foi o som dos aparelhos pingando no quarto. - Gabriel, eu realmente te odeio, desejo até que você morra, mas se você realmente morrer, quem será o meu ódio? - Isabela mordeu o lábio e tocou suavemente a bochecha quente do homem. - Gabriel, se você não acordar, como vou acreditar no que disse? Você não ia me mostrar a prova de que é o Sr. M? E que a Giulia não tem nada a ver com você? Se você morrer assim, não acred