— O jovem Mestre Yi adotou Wanna porque presenciou ela e a mãe sendo hostilizadas. Em seguida, ele expressou o desejo de ter uma irmã mais nova. — Congming explicou rapidamente, temendo mal-entendidos por parte de Yiran. — O pequeno Jovem Mestre é Qianmo, certo? — Yiran ficou entusiasmada ao mencionar o filho que ainda não conhecia. — Sim, você terá a oportunidade de conhecê-lo quando ele retornar da escola mais tarde. — Afirmou Congming. — E a outra criança? Eu estava grávida de trigêmeos, mas só Jin estava comigo quando acordei no hospital. Meus dois filhos estão aqui? — Yiran perguntou apressadamente. Com expressões de pesar, Congming e Kwan responderam: — Não, apenas o Pequeno Jovem Mestre está aqui. — Yiran sentiu o coração vazio de repente e uma sensação de formigamento se espalhou por ele. Embora tivesse considerado essa possibilidade, a descoberta ainda doeu. ‘Eu estava carregando três bebês! E agora só restam dois? A outra criança está viva ou morta? Onde ela está
— Papai? — Qianjin ouviu da empregada, que estava cuidando dela, que o pai estava no escritório, então a garota perguntou sobre a localização do escritório e correu em direção a ele, cheia de coisas para compartilhar com o pai. — Quem permitiu que você entrasse? — As sobrancelhas de Jinli se franziram em desagrado quando ela quebrou o silêncio do escritório. Geralmente, ele preferia refletir sobre as coisas ali, e não gostava de ser perturbado. Particularmente, ele estava pensando em Yiran e o rosto da garota à sua frente se assemelhava ao de Yiran, o que de alguma forma o incomodou. Ele simplesmente não conseguia entender por que estava se sentindo assim. — Eu só vim. — A menina levantou o queixo e disse — Queria ver o meu papai, e o papai também deveria querer me ver! — ‘Reconheci meu pai facilmente e não o confundi com outra pessoa!’ A menina se sentiu orgulhosa ao pensar nisso. — Quem lhe disse para me chamar de ‘papai’? — Jinli perguntou friamente. A menina piscou os olh
Qianjin delicadamente acariciou o rosto de Jinli com as duas mãos, e isso evocou nele lembranças de Yiran. A semelhança entre mãe e filha era notável. Qianjin sentia uma alegria genuína por estar ali, finalmente ao lado do pai. Vê-lo de perto era uma experiência totalmente diferente de simplesmente o olhar numa fotografia. — Eu gosto de você, papai... — Disse ela, num tom um pouco envergonhado, — Mas você não pode continuar chorando assim, senão todos vão pensar que tenho um pai chorão. — Essas palavras deixaram Jinli simultaneamente irritado e surpreso. Em toda a cidade de Shen, ninguém ousaria considerá-lo constrangedor. Sua filha biológica se mostrava tão mandona quanto ele mesmo.Depois de dizer aquelas palavras, a pequena bocejou como se estivesse com um pouco de sono e as pálpebras dela começaram a cair. ‘É tão confortável ser abraçada pelo papai. Estou com tanto sono...’ Então, a pequena deu um beijo no rosto de Jinli, que congelou instantaneamente, enquanto um pensamento
Jinli ficou imóvel como uma estátua e franzia a testa ao ver Yiran entrar. — O que você... — Começou a dizer, mas foi interrompido por Yiran: — Você só precisa de alguém para levar a criança, certo? Que diferença faz se sou eu ou o secretário Gao? — Disse Yiran. Seus olhos se encheram de lágrimas quando ele a encarou. Congming havia contado a ela como, depois que ela ‘morreu’, Jinli segurou suas cinzas com total desespero e quase perdeu a sanidade. Embora não tivesse testemunhado, a agonia em seu coração era palpável só de ouvir sobre aquilo. O quanto aquele homem a amava? Ele havia prometido dar a vida por ela, e assim o fez. O secretário Gao também havia dito que, quando Jinli teve que escolher entre salvá-la ou a si mesmo enquanto ela estava presa no carro, ele até gravou as últimas palavras do magnata. Ele a amava intensamente, apenas, havia esquecido tudo. Contudo, o simples fato de ele estar vivo era suficiente para Yiran, pois agora era a vez dela de reconquistar o amor
— Não compreendo como me apaixonei por você antes, Yiran. Mas o que te faz acreditar que vou me apaixonar por você novamente? — A voz de Jinli involuntariamente elevou-se, como se tentasse dissimular o embaraço que o acometia. Qianjin, que dormia em seu ombro, despertou com o tom alto e entreabriu os olhos, atordoada: — Papai, eu ainda quero dormir... Não faça tanto barulho! — A pequena beijou Jinli na bochecha novamente. Jinli ficou tenso mais uma vez, aparentando desconforto. Então, Yiran deu alguns passos à frente e declarou: — Está tudo bem, filha. Vou levá-la para dormir em outro quarto. Papai precisa trabalhar. — A pequena respondeu: — Tudo bem, mamãe... — E estendeu obedientemente os braços. Yiran retirou a filha dos braços de Jinli, e a menina se acomodou no ombro de Yiran, voltando a dormir. Jinli, agora sentindo os braços vazios, pensou que realmente desejava que a pequena fosse levada o mais rápido possível, no entanto, sentiu uma sensação de perda após sua p
‘Será que Kwan e Congming disseram isso a ele?’ Yiran pensou. No entanto, ao olhar para os dois homens, ela viu a surpresa refletida nos olhos deles também. — Meu pai me levou para limpar sua lápide uma vez. Tinha uma foto sua lá. — Explicou Qianmo. Yiran ficou atordoada. ‘Ele viu uma foto minha na lápide?’ Então, seu olhar caiu sobre Jinli, que estava sentado indiferente no sofá ao lado. ‘Ele levou nosso filho para limpar ‘minha lápide’? — Por que você estava fazendo isso? Por que a mamãe tem uma lápide? — Perguntou Qianjin, confusa. — Porque todos diziam que a mamãe estava morta. — Respondeu Qianmo. — Mas a mamãe está viva. — Insistiu Qianjin, apontando para a mãe. — Todo mundo dizia que ela estava morta. — Isso desencadeou uma discussão acalorada entre as duas crianças sobre se Yiran estava viva ou não. Então, Yiran ficou sem palavras diante da conversa e interveio rapidamente: — Está tudo bem, está tudo bem! Estou viva e bem. Foi apenas um mal-entendido! — Ela olhou
Jinli escutou sua própria voz interior, mas logo em seguida, ouviu: — ‘Eu quero. Jin, eu quero você!’ — ‘De quem é essa voz? É de Yiran!?’Jinli direcionou o olhar para Yiran e levou a mão à têmpora. Uma aguda pontada perfurava sua cabeça, propagando ondas de dor, enquanto os pensamentos persistiam: — ‘Yiran, se você me quer, então não pode me abandonar. Nunca!’ — — ‘Jin, eu não vou deixar você, nunca!’ — — ‘Yiran... Yiran...’ — Ele continuava pronunciando o nome dela como se fosse a coisa mais importante para ele e a dor persistia. Vozes e imagens fragmentadas passavam por sua mente, mas ele não conseguia controlá-las, não importava o esforço que fizesse. ‘O que são essas vozes e cenas? São conversas que tive com ela?’ — Jovem Mestre, está tendo outra crise de dor de cabeça? — Perguntou Kwan ao perceber a condição de Jinli. Jinli respirou fundo, mas só conseguiu emitir gemidos. A dor de cabeça desta vez estava um pouco mais intensa que o usual. Yiran, segurando Qianmo no
Yiran e Jinli ficaram imóveis ao ouvirem essa palavra. ‘Quanto tempo faz desde a última vez que me chamou de ‘Amor?’ Yiran encarou Jinli intensamente. Houve um período em que ele a chamava assim de vez em quando, mesmo quando estavam namorando. Para ele, ela não era apenas a pessoa que amava, mas também sua família. Ele dizia que chamá-la assim o fazia sentir-se menos solitário. Yiran ergueu delicadamente a mão livre e acariciou o cabelo molhado da testa dele, então colocou a mão dela em sua testa lentamente. — Jin, estou aqui. Deite-se um pouco. Tudo ficará bem quando o médico chegar. — Ele disse. Ele olhou para ela como se a dor de cabeça não pudesse se comparar ao choque em seu coração. ‘Por que... eu acabei de chamá-la de ‘amor’? Parecia tão familiar para ele, como se tivesse a chamado assim um milhão de vezes. — Você... — Ele começou a falar, com dificuldade, como se quisesse perguntar algo a ela. — Está tudo bem, pare de falar por enquanto. Você está com dor de cabeça