CAPÍTULO 05.

Aqueles que escapam do inferno, nunca falam sobre isso e nada mais os incômoda.

_Charles Bukowski

As tarefas que Tatiana tinha nos dias seguintes não incluíam limpar os quartos mas isso não impediam que Scobar e Anna encontrassem com ela e satisfazerem seus desejos, como prometido Mariana sempre que tinha um tempinho livre que ensinava Tatiana a ler isso em seu quarto porque se os outros funcionários descobrissem iriam a confusionar. Os sintomas de anemia ficavam cada vez mas fortes em Tatiana, sentia-se fraca, com dores de cabeça, tontura e palidez, não conseguia comer só de ver o sangue nas jarras, a carne moída mal passada da vontade de vomitar minhas tripas, já que comida é o que não tem. Para Tatiana não era difícil ficar semanas sem comer pôs já estava acostumada, o espírito de pobreza vivia nela, mesmo que os funcionários tivessem refeições para ela aquilo não entrava, ver tanta carne mal passada gotejando sangue, e ainda servir de comida para os irmãos Drácula. Eu só preciso dormir o resto é o resto. Teria se passado só uma semana já não precisa de que Mariana a dissesse o seu trabalho, era rápida a aprender, hoje teria que arrumar nos quartos, por sorte Anna e Scobar ainda não tinham voltado do colégio a sua limpeza séria mas calma, pena não ter tido a mesma sorte no último quarto, mal entrou foi prezada contra parede

_você só pode ser estúpida_Davlin observando Tatiana ao decorrer da semana pensou que fosse inteligente e se mandaria daquela mansão, mas não cá está ela limpando os quartos como se não tivesse recebido o aviso_o que você faz aqui?

_estou a trabalhar_respondeu Tatiana sem demostrar qualquer tipo de emoção o que deixava Devlin mas entrigado

_eu te avisei!_seus olhos ficaram vermelhos e seus caninos sairam para fora, quando Devlin está para mandar Tatiana para o outro mundo, ela desmaia pálida. Não caiu no chão porque Devlin a segurou. Cá está um brinquedo interessante, não é todo dia que se encontra uma dessas. Olhou para seu aspecto, era linda isso era de se admitir, encaro sua pele pálida, segurou na sua mão e percebeu a falta de pulso, anemia, humanos são tão estúpidos e fracos. A carregou a deitando em sua cama, pensando no que faria com ela, na medida que a observava percebia que seu pulso ficava irregular, só pode estar tentando se matar. Devlin deu uma última olhada em Tatiana depois saiu do quarto procurando por Mariana, que estava no salão terminando de falar com um dos empregados.

_Mariana, o seu brinquedo está quebrando_disse Devlin sem interesse

_quê brinquedo?_as vezes para Mariana era difícil entender Devlin ele era imprevisível

_aquela humana está com anemia!

_Tatiana?_acentio, mas tinha de matar a curiosidade_desde quando se importa com os empregados?

Devlin deu de ombros_mande para trazerem em meu quarto_deu-lhe as costas e continuo andando

Mariana balanço a cabeça quem entende esse menino? Se pôs a ir a cozinha, a mansão tem ótimos cozinheiros mas como Mariana tem um certo carinho por Tatiana decidiu cozinhar para ela 

fejoada e um sumo de espinafre, é o aconselhado para quem está sendo atacado por anemia. Devlin voltou para o quarto só se passaram duas horas e a bela adormecida acordou

_você está tentando se matar?_Tatiana ainda abria os olhos para ter noção de onde estava e o que havia acontecido, sentiu uma breve tontura, se sentou ajeitando a saia que ia até o joelho

_porquê eu faria isso?

_você não se alimenta direito e está com anemia. O que você tinha na cabeça quando quis trabalhar aqui? Não é sério me diga_entimidou_O que pensava? Que iria ficar rica ou se casar com um dos irmãos Drácula? Essa estupidez sua e de sua mãe, essa vossa ambição pelo dinheiro vós engulirá nas trevas

_Não fale assim de me se não me conhece_afirmou Tatiana o encarando, depois abriu um meio sorriso sua expressão era neutra mesmo assim sorria  o que você tanto esconde por detrás desse sorriso?!_Quanto as trevas não se preocupe eu já estou lá

_então deixe-me conhecer seu passado_Tatiana franzi o senho sem entender onde ele queria chegar, Devlin elevou sua mão ao alto pondo seu dedo em sua testa o que formou um brilho vermelho pai um desequilibrado  sem controle mental, teve de lutar desde cedo pela sobrevivência de seu irmão, sua mãe uma gananciosa sem precipícios desde cedo sempre arranjou pretexto para implicar com Tatiana. Devlin tira seu dedo e vê Tatiana lacrimejando o passado que ela havia selado a sete chaves foi vandalizado, as memórias que ela preferiu esquecer para sobreviver agora borbulhavam em sua mente

_você não tinha esse direito_sem esperar se levanta e se põem a correr precisava dar um basta em suas dores, não aguentava mais tanto sofrimento atravessou a sala correndo eu não aguento mais, para mim já chega. Porquê o mundo cobra o preço deu eu estar viva me fazendo sofrer assim? o que eu fiz de mal? Eu já estou cansada de tudo isso, não quero mais continuar sinto um grande peso na alma que eu não consigo carregar mais. Devlin pôs as mãos na cabeça analisando toda aquela situação, deverás não era o que ele pensava que viria, comparado ao recentimento que ele tem com a mãe, a história de Tatiana faz com que seu recentimento se torne uma frescura. Enquanto descia as escadas Devlin passou da cozinha para ver se ela não estava por lá

_Mariana você viu a estressadinha?

_de quem você está falando?_cada vez menos Mariana entendia Devlin ele tinha uma mente demasiado complexa

_de quem mais séria?

_... Tatiana?_acentiu_ela saiu para fora muito apressada, o que você fez?_apontou a colher de pau para ele

_se acalme que eu não fiz nada_dá um beijo na Mariana depois se retira, seguindo o cheiro dela o levou em direção a floresta da casa ela ainda estava correndo e quando finalmente a alçou ela estava num penhasco

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