O restante da semana passou voando, quase que não via Alexia, apesar de morarmos juntos. Ela sempre chegava tarde em casa e todas as vezes, eu já estava dormindo. Não pensei que seria assim, pensei que morando juntos, nos veríamos mais. Porém, só a vejo mesmo na empresa. Ela acordava muito mais cedo e saía para a empresa, e por causa daqueles dois dias em que ela não foi trabalhar para ficar com Heitor, as coisas ficaram acumuladas para ela e era por isso que saía tão tarde.
Pelo menos, o final de semana chegou, a empresa entrará em recesso até o dia seis de janeiro. Estamos indo para a fazenda na minha picape, passar o natal e o ano novo lá. O Heitor vai passar as festas viajando com os pais adotivos, Alexia estava um pouco desanimada com isso. Queria muito poder fazer alguma coisa por ela a esse respeito, mas nada poderia fazer. Quem sabe acontecia alguma coisa inesperada! Nunca se sabe, era natal tudo pode acontecer.
— Ansiosa para passar o natal com a minha famíl
Depois do café, pegamos os cavalos para dar um passeio pela fazenda. Romão não queria que eu fosse com a Rainha, pois, ele disse que ela não estava completamente domada ainda. Tive a impressão que ela se referia a mim e não a égua, porém, resolvi deixar para lá. Fui com a Rainha mesmo com os protestos do Romão, fazia tempo que eu queria montar nela e pela conexão que tivemos desde o dia em que a comprei, sei que vamos nos dar bem. Andamos até aquela árvore antiga, da qual, gravamos os nossos nomes. Romão desceu do Ferrari e me ajudou a descer da Rainha. Ele prendeu os cavalos em um galho da árvore e subiu nela, estendendo a mão para me ajudar a subir. Romão se acomodou em um tronco e me colocou para sentar entre suas pernas. Descansei minhas costas no seu peito, ficando de frente para o tronco em que gravei nossos nomes. Romão envolveu seus braços em torno de mim, inspirando o meu cheiro na minha nuca. Me senti confortável e extremamente segura em seus braços, uma se
Na hora do almoço, ajudei pôr a mesa. Todos estavam empolgados pela noite de hoje, era a primeira vez que festejamos com pessoas de fora. Porém, esse ano meu pai resolveu matar um boi e chamar as famílias dos peões, dos engenheiros e de todos os trabalhadores que Alexia contratou para fazer melhorias na fazenda. Já colocaram palco e várias mesas no espaço em frente à casa. O som e a iluminação, ficou por conta dos engenheiros e a comida foi distribuída para cada família trazer um prato pronto. Eu tentei me distrair procurando qualquer coisa para fazer, para não ter que ficar pensando nessa bendita reunião da Alexia com o Conrado. Deveria ter insistido para ir com ela, não gostava dessa angustia que estava sentindo por estar longe dela. Pensei em abrir o aplicativo de rastreamento, mas preferi confiar nos sentimentos de Alexia por mim. — Onde está Alexia? — perguntou mamãe. — Não a vi desde que vocês voltaram do passeio. — Ela teve que ir na cidade, não
Entrei no restaurante do hotel, procurando o Conrado, uma atendente se aproximou oferecendo ajuda. — Posso ajudar? — Estou procurando Conrado Monteiro. — A senhora deve ser Alexia Bitencourt, ele a espera no quarto 883. — Você está de brincadeira comigo? — Não senhora, ele mesmo me pediu para avisá-la quando chegasse. Era só o que me faltava! Eu não vou ficar sozinha com ele em um quarto de hotel. Chamei o Flavio e entramos no elevador, Flavio ia ficar em uma mesa distante da nossa, para podermos conversar à vontade, mas no quarto do hotel? Nem pensar que vou ficar lá sem segurança nenhuma. Apertei a campainha do quarto e o Conrado atendeu a porta todo elegante, vestindo de social, com dois botões da camisa aberto. Seu paletó estava aberto no encosto de uma cadeira, próximo a uma mesa com comida para dois. — Pontual como sempre. — Eu e o Flavio entramos naquele espaço e o Conrado ficou encarando Flavio. — Precisa de um
Antes de avançar para o capítulo vinte e seis, adquire o livro: “O Primeiro Natal de Alexia em família,” nesse livro você saberá tudo o que aconteceu com esse casal nas festas de fim de ano. O Primeiro Natal de Alexia em Família Sinopse: Esse é o primeiro natal que Alexia passava em família, ela nunca imaginou que seria tão bom estar rodeada de pessoas que ela aprendeu amar. Bem melhor que os natais em que ela passava sozinha assistindo aos programas horríveis de natal trancada em seu quarto. Sabendo disso, Romão fez com que esse natal fosse inesquecível para ela, trazendo para perto, todos aqueles ela mais ama, inclusive seu próprio filho. No ano novo, Romão resolveu deixar o passado de vez para trás e fazer novas memórias. Levou Alexia a lugares que nunca tinha levado ninguém e fez com que ela se sentisse, mais do que especial. Leia também o primeiro livro da série e descubra c
O ano de dois mil e vinte começou mal, tivemos que voltar da fazenda às pressas ao descobrir que Heitor estava hospitalizado com dengue. Alexia não saía do lado dele e quando o recesso terminou, voltando os trabalhos na empresa, ela deixou Patrícia e eu no comando, não aparecendo nenhum dia sequer. Ela contratou agentes de saúde para inspecionar as casas a procura de criadouros do mosquito e parece que encontraram três casas com as caixas d’águas destampadas e cheios de larvas do mosquito. Alexia não queria que isso voltasse a se repetir com seu filho e nem com nenhuma criança do bairro onde o Heitor morava. Ainda tinha a ameaça de uma pandemia que se alastrava pelo mundo todo e que ameaçava a chegar ao Brasil. Uma espécie de gripe bem mais forte que o normal, resistente aos medicamentos tradicionais. Os cientistas estão pesquisando medicamento para combater a doença e
Só estava esperando a liberação do Heitor, para poder levá-los para casa e ficar um pouquinho com meu filho. Precisava apenas pegar e analisar os últimos exames e estaríamos prontos para partir. Heitor jogava no seu celular e eu fiquei respondendo alguns e-mails pelo meu celular. Marcos chegou com os últimos exames de Heitor, ele ficou responsável por todo o procedimento que Heitor fez, analisando bem de perto a saúde do filho. Eu não podia ter encontrado pais melhores para Heitor, eles são muito cuidadosos com meu filho. Carla, assim como eu, não saia de perto do leito do nosso filho, ficávamos conversando, o dia todo, enquanto fazíamos companhia para Heitor. Revezávamos para dormir com ele, mesmo não conseguindo dormir quando eu ia para casa. — Os exames estão bons, mas ainda precisa ficar uma semana de repouso — disse Marcos para o filho. — Posso tomar sorvete? — Claro! — Heitor abriu um sorriso. — Só daqui uma semana. — Ele fez biquinho e
Verifiquei a comida que estava cozinhando e... Merda! Ainda iria demorar para ficar pronto, não podia desligar o fogo agora, o arroz poderia empapar e os legumes ainda estavam crus e... Merda, mil vezes merda! Queria estar com Alexia. Aproveitei que não ia sair dessa cozinha tão cedo e fiz a salada. Ainda bem que o feijão foi a primeira coisa que fiz, senão demoraria mais ainda. Coloquei o bife para fritar e espremi as laranjas para fazer o suco, dando tempo de a comida ficar pronta. Nada de vinho hoje, eu a queria sóbria. Quando cheguei no quarto, ela saia do banheiro enrolada na toalha. Só de pensar que não tinha nada por baixo, já me deixava duro de novo. A imagem dela com os cabelos molhados, a pele fresquinha e seu cheiro de sabonete, me fez perder o fôlego. Aproximei-me sorrateiramente com segundas intenções e cada passo que eu dava, ela andava para trás. Percebi seu olhar sobre a cama e vi que ela olhava seu vestido. Em um impulso fui mais rápido do qu
Romão e eu entramos de mãos dadas na FazenTéc, chamávamos atenção por isso, todos já sabiam que estávamos juntos, mas parecia que ainda não tinham se acostumado com a ideia. Surpreendi o Romão, logo bem cedo, com o boquete que tinha prometido no dia anterior e com uma rápida recuperação pós coito, fizemos um amor tranquilo, com direito a dois orgasmos maravilhosos. Estávamos de bom humor que, mesmo com as piadinhas da Elisa e Patrícia no hall de entrada, se perguntando quem ganhou a aposta, não estragou o meu dia. Com tudo, dei de cara com o Conrado, que sempre conseguia estragar o meu dia, mas hoje eu tinha uma coisinha especial para ele. — Conrado! — Sorri falsamente. — Queria mesmo falar com você. — Vejo que está de bom humor hoje. — Fico de bom humor quando alguém faz o serviço direito. Se é que vocês me entendem... Conrado abriu o sorriso para mim. Coitado! Achou que eu estava falando dele. — Eu também queria falar