Ficou insegura em perder seu amado, mas como ela tinha caráter e forte personalidade entendeu as razões. E pediu para que ele contasse com ela para tudo mesmo com o coração partido. Era inteligente e sempre soube desde o começo quando a conheceu num bar de música ao vivo.
Ele estava na mesa bebendo triste, que chegou a cair. E foi expulso pelo dono do bar na época, e ela se compadeceu e ofereceu ajuda, e levou até seu apartamento e lá tomou um banho e bebeu um café forte. E quando o porre passou contou toda a história.
Comovida ela ficou com pena e resolveu ajudar, e assim foram se tornando amigos. E até que um dia ela acabou se apaixonando por ele. Mesmo sabendo dos riscos de que um dia ele viesse saber notícias de Rebecca. E esse dia chegou. Como sempre foi uma mulher madura e independente, sabia como lidar com essas situações mesmo não
Quanto a David tinha esquecido e nem lembrava mais dele, mas agora sabendo que foi vítima das armações da mãe dele que vieram à tona. Balançou um pouco, mas soube que ele estava bem casado. Menos mal pensava ela. Assim não precisava se envolver emocionalmente. Tinha só um objetivo na vida. Que era realizar o sonho do seu filho que era o mais importante da sua vida. Embora suas primas e sua tia quisessem que ela tivesse algum namorado para se distrair um pouco. Já que vivia de casa para o trabalho e do trabalho pra casa. O que Rebecca mais temia era se envolver com algum homem que fizesse mal ao seu filho. Só de pensar nisso sentia arrepios quando ouvia pela internet ou TV a respeito de filhos sendo estuprados e maltratados pelos padrastos. E isso ela não queria de jeito algum. Tinha alguns encontros casua
— Eu tenho tia, e obrigado por tudo! O tempo foi passando. E Rebecca conseguiu matricular seu filho numa escolinha do Paraná Clube, e todos ficaram encantados com Cristiano Eduardo. Principalmente o técnico que acreditava que o garoto tinha futuro como um grande jogador para o orgulho de Rebecca com seu sorriso nas orelhas. Vendo seu filho sendo destaque nas categorias de base, e realizando seu sonho não tinha preço. Agora era esperar um tempo até que as coisas se ajeitassem e ela voltaria para sua terra natal rever sua mãe de quem sentia saudade. Mesmo não tendo certeza se perdoaria seus irmãos e seu pai. Mas precisava voltar o quanto antes e depois seguir sua vida adiante. David estava de viagem marcada para a cidade de Curitiba, para acertar as contas com Rebecca. E sua esposa viajou
— Eu entendo, no lugar da sua tia eu faria o mesmo. Ela tem toda razão de pensar mal de mim, mas se ela não quiser que eu durma lá não tem problema, posso dormir num hotel, que deixei reservado depois eu confirmo a hospedagem! — Rebecca chamou um Huber e seguiram até a casa de Tereza, que recebeu bem David. E gostou dele, e em pensamento pensou: “Pena que é casado, se não seria o homem ideal para a minha sobrinha os dois formam um belo casal”. — Mas entrem e fiquem à vontade. Nossa! É mais bonito do que eu imaginava! — David ainda estava perdido envergonhado, agindo estranhamente diante de Rebecca encantado pela beleza e a maturidade. Para ele era uma mulher estranha. Na verdade tudo era estranho, estava acostumado com a vida que levava nos Estados Unidos, outra cultura. Não que fosse melhor do que do Brasil. Se
— Entendo, mas não quero mais tocar nesse assunto e mil vezes perdoe-me! — Tudo bem, já esqueci, mas a propósito porque veio aqui? — Vim conhecer o meu filho e tentar reparar os danos causados pela minha mãe, mesmo que esteja feliz, mas isso me incomoda porque minha mãe não tinha esse direito de fazer o que fez! — Já esqueci e não falamos mais no assunto, pronto, chegamos! — Os dois se aproximaram de um cercado de arame farpado onde ninguém entrava, a não ser os jogadores da base. Estavam jogando num campo de futebol onde aconteciam os treinamentos da gurizada entre 10 a 12 anos de idade. David que gostava de futebol ficou olhando os garotos jogando, e viu de longe o menino de cabelos castanhos escu
— Eu jamais faria uma coisa dessas, esqueceu que você não é uma mulher qualquer, e se ele está bem e cuidado graças a você. E outra você não é estranha, é alguém que eu conheço muito bem, só quero participar mais da vida dele sem precisar que eu a leve comigo! Mas como eu estava dizendo: nós dois podíamos estarmos juntos e criando nosso filho. Poderia não estar tão bem como está, ou poderia estar melhor, e você não precisava passar pela humilhação que passou. E nem eu passar o que passei? — Você? O que aconteceu de tão grave? — Você não imagina o inferno que se tornou a minha vida quando fiquei sabendo que você me abandonou e me trocou por outro e que nunca me amou! — Como assim? Eu te abandonei por outro se nunca tive ninguém n
— Mas quero que saibas que quero ser seu amigo e vou te ensinar tudo o que precisar saber, e vou te ajudar a não cair no golpe de muitos empresários espertalhão que tem por aí! — E se isso acontecer, minha mãe pode viajar comigo caso um dia eu esteja em um grande clube? — Mas é claro, que sim, da sua vida você faz o que quiser, pode levar sua mãe onde for. Só não em dia de concentração. — Os dois continuavam conversando como dois velhos amigos, e Rebecca sem entender estava ficando emocionada com a cena, vendo seu filho menos tímido e mais falante coisa que ele nunca foi, ficava envergonhado quando os padrinhos dele puxavam assunto. Era difícil fazer seu filho estar à vontade como estava com David. Essa hora aquela cena estava deixando ela perturbada e
— Tudo bem Rebecca pode falar, o que foi que aconteceu? Você parece nervosa! Fiz alguma coisa que está te incomodando? — Sim, me sinto incomodada. Até entendo que queira conquistar meu filho, mas, por favor, não iluda ele com falsas promessas que não possa cumprir! — Do que você está falando? Eu estou sendo sincero no que estou falando, não estou te entendendo? — Vou deixar as coisas bem claras, não quero que fique dizendo que ele vai ser um craque sem você ter certeza? — Ele é craque, e pra dizer a verdade eu sou empresário de jogadores de futebol que jogam na Europa. Quando vi meu filho jogando, tive a certeza que ele vai ser craque. Conheço bem, e não só por ele jo
— E quando ele for jogar porque não posso ir com ele? — Porque ele estará nas concentrações e não pode a família participar mesmo se ele se casar, a esposa só poderá ficar com ele nos dias de folga! — Não estou gostando disso, estou desapontada! — Porque está desapontada? — Porque é difícil abrir mão de tudo pra se dedicar ao meu filho depois de ter que dividir com o mundo! — É a vida, filhos a gente não faz pra nós e sim para o mundo, eles crescem e ganham asas, quanto a isso não se pode fazer nada, sei que é uma mãe coruja, mas se ama mes