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Capítulo 8 O escândalo

Cap. 8 

          Viagem para o amor 

                  

                   Luiza

        Então me deitei sobre a mesa, e comecei a chorar... 

         O que estava acontecendo?

         Só pode ser um pesadelo? 

         Eu vou acordar, e ainda será de manhã...

         Vamos lá, assim como eu já vi nos filmes a protagonista conta até três e se belisca e acorda!

           Lá vai 1...2...3

         Aí, aí! Voltei a chorar... 

         Passou um longo tempo até eu me levantar ir ao banheiro ali próximo e lavar meu rosto e sair de volta ao apartamento da Nonna...

      Quando eu já estava chegando próximo do elevador antes de apertar o botão, ouço

Carla: 

         — Luiza!

        Viro-me para responder, e logo recebi um tapa na cara e começa meu pior pesadelo...

         — Putana, vagabunda... 

          E vários outros xingamentos, que preferiria jamais ter ouvido!

           Logo ao meu redor, surgem várias pessoas que começam a acompanhar a gritaria e o escândalo, pois era bem alto e de baixo nível... 

            É, assim né vadia você vem para cá,

ser acompanhante da minha mamã,  é ser uma puta! 

             Minha cara caiu no chão, de tanta vergonha.

          Tentei falar algo, mas a minha voz não sai!

            E, ao mesmo tempo, tive medo!

           Pois, o que podia falar para me defender? 

          Vânia pedia a Carla para ela abaixar o tom de voz, e pedia para subirmos e resolver lá em cima.

            Mas, Carla não estava disposta queria platéia!

          — Me deixa Vânia, eu vou ensinar a essa pequena vagabunda, a respeitar quem a acolheu.

        Quem ela pensa ser, para ficar se esfregando com Damiano Vivatti, no hospital enquanto nossa mamã está morrendo... 

       Que classe de pessoa colocamos para fazer companhia, a nossa querida mamã?

         Putana, putana, putana, e isso que ela é!

         — Carla pare! 

        Olha o escândalo, o que você está fazendo?

          Veja ao nosso redor! 

        A mim não interessa!

        Quero essa escrota fora da nossa casa, agora! 

E, ela não precisa nem subir, pois irem m****r Mila arrumar tudo é trazer aqui.

          Ainda muda e morta de vergonha, e para aumentar meu desespero...

         Ouço o som da porta do elevador abrir, e sai de lá... 

         O causador do meu problema!

          Damiano, ainda ouvir Carla me xingar de putana, é vagabunda!

          Uma lágrima escorrer pelo meu rosto,  tamanha é minha humilhação.

         Carla, ao ver Damiano, Fala: 

         — Aí,  está você sua casa nova!

         Na verdade, temos que te agradecer por nos mostrar a verdadeira bisca que trouxemos para cá!

          — Basta Carla! 

          Damiano a advertiu. 

         Com seu olhar de dar medo a mais corajosa das pessoas, ele a fez calar a boca!      

         Somente ao levantar a mão.

         Vânia e o marido, mas que depressa levaram Carla dali, que ainda tenta dizer mais alguma coisa cruel, é  felina, mas é empurrada para dentro do elevador e as portas se fecham dando fim ao grotesco escândalo.

          Aos poucos o tumulto foi se dispensando, pois percebi que não era só Carla que tinha medo de Damiano, os demais moradores e curiosos também!

     — Vem bela mia!

    Damiano me puxa pelo braço e me abraça de forma protetora, e vamos até a garagem, em seguida  ele me faz entrar no seu carro, 

e logo sai!

    Ele então pega uma rua que nos leva a uma parte bem tranquila ao longo do mar, e parar o carro salta e abre a porta e me faz descer...

      Caminhamos pela praia até um banco e assim que me sentei, ele pediu para que eu explicasse o que havia acontecido, lá na recepção do prédio, porque Carla estava me atacando e gritando daquela forma?

         — Fala bela mia, o que foi?

        Me deixe ajudá-la!

         Eu meio sem reação ainda, pelo choque de tudo, demorei consegui formular uma frase... 

          O Sr. Damiano falei:

         — A senhora Carla, estava me agredindo por causa do beijo que ela nos viu trocando no hospital, foi isso!

          — Maledizione, mil vezes!            

           Maledizione, Isso não podia ter acontecido!

          Mas quem Carla pensa que é?

          Para fazer isso com você, bela mia, ainda na frente daquela platéia de curiosos! 

           Não consegui mais me conter, e a puxei para os meus braços e abracei tão forte que senti ela suspirar.

            "Ah! Bela mia! Se você soubesse como me sinto completo só de ter você nos meus braços assim!"

          Mas sei que é errado, e não vou fazer o que quero! 

           Pois, eu queria beijá-la...

           Até ela esquecer tudo, é saber que eu sou seu mundo!

          Luiza começa a tentar se soltar dos meus braços, e eu a aperto ainda mais.

       Então ela me implora!

       — Por favor, Sr. Damiano, me solte!

       Com muito custo eu a solto, mas não deixo ela sair de perto de mim.

        Pego sua mão, e levo até minha boca e a beijo... 

         É, começo a falar que tudo vai ficar bem!

          Pois, já estou planejando tudo na minha mente...

         — Já tenho a solução bela mia! 

        Se sou o causador dos seus problemas, então também serei a solução!

        Será o melhor! 

          É, devido à situação e o mínimo que posso oferecer!

           Já sorrindo com meu plano, comecei a explicação:

          — Bene bela mia, devido a sua situação quero reparar o erro que cometi ao beija-lá daquela forma, sim!

        Quero que você venha trabalhar na minha empresa, o que você acha? 

        Assim você poderá ficar aqui na Itália sem problemas! 

          Pois, irei arranjar tudo é regularizar sua situação como imigrante aqui, e a levarei para casa da minha tia Zita, e você ficará com ela seu marido Olavo.

         Assim colocaremos um fim nos seus problemas, pode ser assim?

       Sem ter o que fazer, aceitei!

        É, voltamos ao carro... 

        Chegando no carro Damiano, ele logo ligar a sua tia contando que iríamos para lá!

        Em seguida, ele ligou também e falou com o porteiro do prédio, que afirmou que a mala da senhorita Luiza já estava na recepção.

        Voltando ao prédio, Damiano pediu para que eu ficasse no carro enquanto ele traria minha mala!

          Aguardei...

         Cinco minutos depois, partimos para a casa da sua tia Zita.

Autora: Graciliane Guimaraes.

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