Finalmente as cláusulas de seu contrato ficaram claras e a primeira coisa que Jeremy fez foi solicitar que a mulher fosse transferida para uma das suítes do hospital, sua esposa não poderia ficar naquele quartinho, muito menos seus filhos.
O que aconteceria se vazasse para a imprensa que ele havia permitido isso? Ele tinha uma imagem a manter, na verdade essa foi uma das razões pelas quais ele propôs esse negócio a um estranho.Depois de se certificar de que aquela mulher estava em condições óptimas e adequadas, foi falar com o director do hospital para que reunisse todo o pessoal que tinha assistido aos dois partos e todos os que conheciam a realidade da situação.Seis pessoas no total, seis era demais para um segredo como aquele, em sua experiência, duas pessoas sabendo de um segredo já era demais, seis era um risco que ele preferia não correr, mesmo assim, Jeremy não hesitou oferecer-lhes grandes somas de dinheiro, dinheiro a todos, se eles concordassem em assinar um contrato de privacidade e organizar toda a papelada para que sua história se somasse e fizesse sentido.Somente quando tudo estava resolvido, Jeremy se retirou para sua casa e lutou por sua esposa durante a noite, sabendo que no dia seguinte, logo pela manhã, ela seria enterrada em algum túmulo aleatório, sem reconhecimento ou título além de seu nome. donzela, mas afinal de contas, até onde ele sabia, Marie havia morrido sem família além dele.Ela odiava ter que fazer isso assim, odiava não dar a ela o conhecimento que ela merecia como a verdadeira e primeira Sra. Duncan, mas nada que ela fizesse faria sentido, afinal, faça o que fizer, Marie nunca mais respirará.************Naquela manhã, enquanto Eva amamentava a filha, a enfermeira tentou dar mamadeira ao pequeno Airon sem sucesso, a criança só chorava e ela andava de um lado da sala para o outro, parando em alguns momentos só para tentar alimentá-lo novamente, mas em vez de se conformar, ele parecia ainda mais zangado e chorou muito mais.“Você ainda não quer comer?” A voz de Jeremy vindo pela porta interrompeu a cena e o bebezinho de repente ficou em silêncio ao ouvi-la."Talvez você devesse tentar" a enfermeira assegurou enquanto ele negava, por nada no mundo ele tocaria naquele bebê, especialmente naquele momento em que ele havia acabado de enterrar Marie e, com ela, qualquer tipo de sentimento semelhante ao amor que ele teve nunca para ninguém. Naquela noite não só Marie morreu, mas também sua capacidade de amar.- Se ele não comer, vão ter que entubar ele, essa criança não pode morrer.- Advertiu, observando a enfermeira com olhar severo. Ele era seu herdeiro e isso lhe custou caro, a mulher que ele amava deu a vida para que ele existisse.Eva não podia deixar de prestar atenção ao que acontecia a poucos metros dela, entre a enfermeira e seu agora marido."Meu filho não vai morrer", ela mencionou, levantando-se da cama e indo até onde estava Jeremy, seu quase marido, ela havia percebido que ele se recusava a pegar a criança nos braços, mas isso iria mudar, ela iria se acostumar a segurar um bebê nos braços.Depois de se certificar de que sua filha já estava plenamente satisfeita, ela a levou até onde estava seu quase marido.-Por favor, pegue nossa filha em seus braços, enquanto a enfermeira me dá nosso pequeno Airon, ele só deve querer que mamãe o amamente- Eva sorriu para ele, esperando que ela estendesse os braços, para que pudesse dar o bebezinho."Mas eu não sei como devo segurar um..." Eva nem o deixou terminar e já havia colocado aquela garota em seus braços, algo que Jeremy não planejara fazer, algo que gerava incerteza nele, tornando-o se sente completamente desajeitada, então ela decidiu sentar para pelo menos não cair no chão.- Senhora, acabou de sair o seu leite, não vai ter leite para dois filhos - explicou a enfermeira observando tudo, aquela mulher mal tinha colostro misturado com leite, mesmo assim não se importou em dividir com a outra criança isso nem era dela."Eu vou comer, quanto mais bebês mamarem, mais leite eu terei, além disso, não aguento mais ouvir meu bebê chorar de fome" Eva não soube explicar, mas depois de ver o filho ela deveria criada com a filha, apaixonou-se perdidamente por aquela criança, tão pequenina e indefesa, que sabia que nunca conseguiria distinguir entre a sua pequena Anya e Airón, filho do seu marido.Ele pegou o menino nos braços e caminhou com ele para se sentar ao lado da cama onde Jeremy carregava a menina.-Você vê como se sabe fazer, e ela gosta que papai a segure, vê como ela nem sente falta dos meus braços.Apesar de mal conhecer o homem há um dia, Eva falou com Jeremy de frente sem nenhum tipo de medo.Sem perceber, Jeremy sorriu, ela era uma menina linda, e não havia tirado nenhuma vida para nascer, ela era pura e inocente e merecia todo o amor que essa mulher pudesse lhe dar, por um momento ele se sentiu culpado por fazendo-a dividir algo que era só dele por direito com seu filho, aquele que havia tirado a vida de outra pessoa para nascer e nada merecia do que havia comprado para ela.- Sim, acho que não é tão difícil - Jeremy murmurou logo após falar, a menina começou a chorar e se mexer ansiosamente, mas até o som dela parecia mais doce e agradável do que o choro do próprio filho que era estridente com ela e isso causou-lhe rejeição.- O que há de errado? - Perguntou meio confuso, não sabia nada sobre bebês. - Dói alguma coisa?- Ele está com fome- assegurou a enfermeira um tanto rabugenta, aproximando-se dele e entregando-lhe a mamadeira que havia preparado para a criança - Se a mãe vai dividir a amamentação entre os dois bebês, ela vai precisar de um pequeno reforço nos primeiros dias - ela explicou - então devem retirar o reforço aos poucos para que o leite suba na quantidade necessária para ambos, se não retirar o reforço não vai subir como deveria.- após dizer isso saiu da sala para caminhar até a creche e preparar outra mamadeira para a outra criança, talvez se a mãe desse depois de amamentar, ele receberia.Eva ergueu os olhos, negando ao perceber o tom raivoso da enfermeira, o mesmo que apareceu quando ela disse que mal tinha leite para alimentar um bebê. Ele sabia que a enfermeira poderia estar certa, mas não suportava que o pequeno continuasse chorando, muito menos permitir que ele fosse entubado quando era um bebê perfeito que só queria mamar no seio da mãe, o anjinho não era culpado por sua mãe não teria sobrevivido ao parto.- Parece que ela estava com fome - explicou Jeremy ao ver que a menina havia se calado automaticamente assim que levou a mamadeira a boca e começou a chupar sem problemas, então ela virou o rosto para olhar para Eva procurando sua aprovação e ficou maravilhado com a imagem que encontrou, seu filho estava comendo, tinha se agarrado perfeitamente ao peito da mulher, mas o que o deixou sem palavras e fascinado foi a beleza que encontrou em seu rosto ao observar seu bebezinho assassino."Claro que ele está com fome, assim como o pequeno Airon estava", ele respondeu
Naquela manhã, Jeremy apareceu no hospital junto com seu advogado, Diddier Smith, que além de ter feito o contrato que ele e Eva assinariam, seria uma das testemunhas de sua união.“Bom dia, tudo bem com você, como passou a noite?” Jeremy perguntou, aproximando-se de sua futura esposa e dando-lhe um beijo suave na bochecha, e em seguida olhando para os dois bebês dormindo juntos em um berço.Eva sorriu assim que viu Jeremy chegar, mandando-o ficar quieto, pois as duas crianças haviam acabado de dormir.-Sim, estou bem. As enfermeiras são muito atenciosas", respondeu ela em voz baixa, deixando escapar um pequeno suspiro ao olhar para os filhos.- O que aconteceu? - perguntou surpreso - Por que cada um não está na sua?Anya não queria dormir sozinha. Ela não conseguiu dormir por mais de 15 minutos, pois acordou chorando, o que acordou Airón, então ela a colocou ao lado de seu irmão e só então o malandro parou de chorar, deixando seu irmão dormir também.Também estava na sala Lupe, que s
Eva nunca teve pessoas ao seu serviço, não era uma das pessoas que precisava que fizessem tudo por ela. Estava acostumada a ser aquela que fazia tudo por si mesma e gostava assim, se cuidando, porque nunca pôde contar com ninguém, nem mesmo com aquele imprestável que a engravidou e deixou um poucos dias antes do parto, então naquela manhã, como era seu costume, ela se levantou cedo para preparar o café da manhã.-Senhora, o que está fazendo aqui?A voz da mulher do mordomo, responsável pela cozinha, não era só de espanto, mas também de censura por ver a mulher do patrão invadindo o seu local de trabalho e cumprindo o que era seu dever."Eu estava preparando o café da manhã para Jeremy", respondeu Eva, terminando rapidamente de colocar uma xícara de café em uma bandeja."Você está planejando levar o café da manhã para o Sr. Jeremy na cama?"Eva não respondeu, apenas lançou um olhar meigo para a mulher enquanto ela terminava de colocar comida no prato.Claro que sim, nem é preciso dizer
“As crianças já adormeceram?” Jeremy perguntou, entrando no quarto e verificando se de fato os dois bebês estavam descansando naquele grande berço que compartilhavam.Eva havia acabado de colocar as crianças para dormir, a empregada retirou-se, assim que viu a patroa entrar no quarto, dando-lhes privacidade"Sim, eles apenas adormeceram, eles não são bonitos", ela perguntou, virando-se para vê-lo.- Se você quiser, posso mandar comprar outro, já que no começo eu só ia ter filho, só mandei colocar um.Ele explicou aproximando-se dela para ver mais de perto, aquela mulher parecia linda de uma forma muito especial e natural, uma beleza simples que, ele tinha que admitir, não teria notado antes, mas tê-la na frente dele parecia perfeito.-Não está certo, algo me diz que esses dois malandros vão acabar chorando de novo se os separarmos.A empregada antes da chegada de Jeremy o havia informado que ele precisava se vestir para receber a nova babá. Embora Eva preferisse a jovem, ela não tinha
Tudo começou com aquele beijo, até então Jeremy acreditava que ninguém mais conseguiria acordá-lo, ainda mais tão cedo, tudo dentro dele era um emaranhado de sentimentos confusos. Ele deveria estar de luto, não beijando a mulher com quem se casou por conveniência.Mas as coisas raramente saem como planejado e Jeremy Duncan, ele se sentia cada vez mais atraído por Eva, ela era tão diferente de todas as mulheres que ele havia conhecido até então, ela parecia tão bonita para ele com sua beleza natural, tão pura, recém-criada como antes de sair.A pobre coitada quase vivia com um ou outro desses bebês permanentemente presos ao seio, e o que mais o fascinava era que ela parecia feliz fazendo isso, parecia-lhe a soma da feminilidade em sua expressão mais pura, dava-lhe vontade de mimá-la e protegê-la, talvez fosse instintivo, ele não sabia, mas estava convencido de que aquela mulher estava se tornando cada vez mais especial para ele.Como ele não havia notado antes a beleza que uma mulher q
Chegando lá, ela ficou muito surpresa com o local, era uma das empresas onde um dia ela quis se candidatar, mas por causa da gravidez não conseguiu. Ela estava bastante nervosa, principalmente quando chegou ao escritório e se apresentou.- Tem hora marcada para falar com o Sr. Duncan?- perguntou a secretária, olhando-a com estranheza, ele nunca recebia visitas de mulheres e todas as reuniões de negócios eram marcadas com antecedência.-Não, mas ele vai me receber.- Eva assegurou sorrindo."Eu não acho que o Sr. Duncan o fará." Além disso, não sei quem você é.Eva mordeu o lábio nervosamente antes de responder ao secretário insolente.-Diga ao Sr. Duncan que o dele é...Nesse exato momento, Jeremy Duncan estava saindo de seu escritório e a secretária aproveitou para se dirigir a ele.-Senhor, esta senhora quer vê-lo, já lhe disse que está muito ocupado, mas...Jeremy fixou o olhar em sua secretária e ela se calou, ela trabalhava com ele há anos e ela sabia quando ele estava chateado e
- Adoro seu estilo e suas roupas e tudo que tem a ver com você - Explicou enquanto descia do pescoço até o decote, revelando os seios e lambendo fracamente a umidade que havia neles."Eu quero ser digna de você..." ela respondeu, levantando a mão direita para a cabeça do marido, apoiando o corpo dele com a esquerda.A forma como ele percorria seu corpo a deixava não só querendo, mas também molhada, nem mesmo com o pai de sua filha, ela sentia aquele tipo de desejo, como aquele que Jeremy despertava com os lábios, em seus seios.Primeiro ele lambeu um e depois o outro e depois continuou seu caminho perscrutador até a barriga dela, onde ainda se percebia uma certa protuberância e que o lembrava de algo que no meio de sua excitação ele não havia notado.- Eva... não podemos, você ainda tem pouco mais de uma semana para terminar sua quarentena.E se algo acontecer com você?-Mas... - ela tentou refutar, mas era verdade que faltava pouco mais de uma semana para a quarentena.Embora não esti
Mais uma vez, ela acordou com aquela sensação de ausência, procurando um corpo quente ao seu lado e só encontrando o buraco vazio e frio deixado por Jeremy. Eva deu por si a tomar o pequeno-almoço sozinha na enorme sala de jantar e a passar o resto do dia na única companhia do pessoal do serviço, a babá e os filhos.Após o encontro na companhia do marido. Ele parecia estar fugindo cada vez mais de ficar sozinho com ela. Apesar de lhe ter dito que deveria visitá-lo mais no escritório e tê-lo feito mais algumas vezes, o que aconteceu não se repetiu, ele agiu de forma muito diferente, com distanciamento e alegando ter muito trabalho. aquele dia.Eva não sabia o que fazer, por mais que o procurasse ou por mais que tentasse estabelecer uma conversa com o marido. Jeremy encontrava todo tipo de desculpa para evitar falar com ela mais do que o estritamente necessário, parecia se apegar a qualquer desculpa para não tê-la por perto.Nem mesmo quando se tratava dos filhos ele a ouvia, até para s