Theo JamesDepois daquelas semanas conturbadas com a audiência, a história que Kate nos contou e a travessura das crianças, eu pensava que teríamos semanas mais tranquilas, mas pelo visto o caos resolveu reinar.— Algum problema? — Falo ao ver Kate andar de um lado para o outro na sala com o celular na mão. — KATE!— O quê? — Aponto o seu celular — Só estou esperando uma mensagem, não é nada demais. — Ela fala, indo se sentar com as crianças que estão jogando baralho, e sendo roubados pela Yasmin.— Aposto o dobro. Quem vai querer continuar? — Ela pergunta com aquele rosto maquiavélico.— Não é possível que você tenha a melhor carta novamente — Josh fala incrédulo. Até ele está perdendo para ela.— Querido, você até pode ser o mais inteligente dessa casa, mas se você não souber como blefar e enganar seu adversário, contar as cartas não servem de nada. — Ela explica, com um sorrisinho de lado.— Que barulho foi esse? — James pergunta nos olhando.— Não ouvi nada — Respondo, estranhando
Theo JamesDepois de tentar tirar um pouco da culpa das costas de Kate eu volto para o quarto depois de me despedir da família do Nathan e de Kate. Ela queria que eu fosse para casa, tomar um banho, mas eu já consegui tudo o que precisava com Eric, já tomei um banho logo cedo, só preciso ficar de olho nessa movimentação. Ainda estou com minha arma, e não mediria esforço em usala.— Olha para mim, não fica brincando com a minha cara. Você me conhece muito bem, sabe que não aturo essas suas brincadeiras Nathan. — Escuto uma voz conhecida dentro do quarto dele e encosto o ouvido na porta, querendo saber que merda é essa.— Aí, para querida. Se você quiser me dar amor eu aceito, mas agressão não. Já estou muito dodói, tenha piedade desse homem.— Querido, olha para mim e responde que você não me reconhece. Se você mentir eu juro que quebro sua cara.— Calma querida, também não é para tanto. Sei que sou lindo e gostoso, se você está dizendo que você é minha dona, fico feliz da vida. Me dá u
Kate CarterA festa estava ótima. As crianças estavam felizes, correndo e brincando pelo jardim, e o trio de amigos, Theo, Mattew, e Nathan, estavam colocando o papo em dia. No entanto, eu não conseguia tirar da cabeça que precisava fazer algo o mais rápido possível para encontrar o verdadeiro testamento de Declan.Percebendo minha aflição, minha amiga Liana se aproximou e perguntou o que estava acontecendo. Sem conseguir esconder mais, contei a ela o que Nathan havia descoberto sobre o testamento. Liana, surpresa e preocupada, perguntou o que eu pretendia fazer.— Vou até a casa de campo procurar o documento — confessei.Liana ficou chocada com a minha resposta e, visivelmente temerosa, tentou me dissuadir.— Kate, isso é uma loucura! Pode ser perigoso. Se a Victoria descobrir, ela pode tentar algo contra você.— Eu sei, Liana. Mas eu preciso tentar mesmo assim — respondi com determinação.Vendo que eu estava decidida, Liana suspirou e disse:— Então eu vou com você.Agradeci pela su
Kate CarterFrustrada com toda essa situação, decidi agir. Peguei meu celular e liguei para minha amiga Liana, desabafando:— Se você realmente quer me ajudar, a hora é agora. Estou partindo para a casa de campo para encontrar o testamento de Declan. Que Deus me ajude, e que o Nathan esteja certo. Preciso encontrar isso o quanto antes.Liana respondeu prontamente que me esperaria na esquina da mansão para não chamar atenção. Subi para o quarto e arrumei uma bolsa simples com algumas peças de roupa, sem saber se ficaria muito tempo fora. Depois, saí do quarto procurando por Theo e o encontrei em seu escritório, sentado na poltrona, observando o movimento pela janela enquanto bebia um copo de uísque.Entrei vagarosamente e pedi um minuto. Ele assentiu, e então eu disse que sairia com Liana e não sabia que horas pretenderia voltar. Pedi para que ele cuidasse de Dylan e das crianças enquanto estivesse fora. Theo apenas assentiu com a cabeça, pedindo para que eu voltasse logo.Me virei par
Theo JamesEu estava completamente inquieto. Kate saiu há horas e ainda não voltou para casa. Tentei ligar para o celular dela várias vezes, mas só caía na caixa postal. Isso não era típico dela.Sentado à mesa da cozinha, peguei o celular mais uma vez e discei o número dela. O telefone chamou algumas vezes antes de ir para a caixa postal. Suspirei profundamente, preocupado com o que poderia ter acontecido. O pensamento de que algo de ruim poderia ter ocorrido começou a rondar minha mente, deixando-me ainda mais angustiado.Caminhei de um lado para o outro na pequena sala de estar, tentando racionalizar a situação. Talvez ela tenha perdido o celular ou ficado sem bateria. Talvez tenha se metido em algum problema e não pôde avisar. Mas algo no fundo de minha mente dizia que algo estava errado.Peguei o telefone novamente, decidido a tentar mais uma vez. Disquei o número de Kate e esperei, meu coração batendo mais rápido a cada segundo que passava sem resposta.Decidi tentar ligar para
Theo JamesO delegado chega acompanhado de Nathan, que me lança um olhar tranquilo. O delegado cumprimenta Victoria.— Boa tarde, senhora Carter, vejo que você agilizou meu trabalho — ele fala, entregando um documento a ela.— O que é isso? — ela pergunta, confusa.— Isso é uma ordem de restrição emitida por um juiz a meu pedido, já que a senhora está sendo investigada por duas tentativas de assassinato.Victoria ri, achando graça daquilo.— Ah é? E com quais provas estou sendo acusada?— No momento, eu gostaria de ouvir sua declaração na delegacia. A senhora poderia me acompanhar?— É claro que não — ela fala. — Eu vim aqui somente para levar meu neto dessa casa e é isso que eu vou fazer.— Receio que a senhora não esteja compreendendo a gravidade da situação — o delegado fala com o semblante sério. — A senhora está sofrendo acusações sérias, e foram me entregues provas bem chocantes. Então acho melhor a senhora vir por livre e espontânea vontade.Ela o encara revoltada.— Ok, então
Em um lugar distante da mansão JohnsonAbro os olhos e sinto como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. Tudo no meu corpo dói e mal consigo me mexer. Olho ao redor e fico confusa. Onde estou? Que lugar é esse? Começo a me desesperar achando que devo estar em algum cativeiro. Não, isso é impossível, aqueles bandidos nunca iam me salvar, eles estavam tão determinados a me matar.Minha mente gira em busca de pistas. O quarto é pequeno, com paredes claras que refletem a suavidade da luz que entra pela janela. Ao meu lado, uma cômoda simples complementa a cama onde estou deitada. A sensação de estar longe de casa e de tudo que conheço me invade, aumentando minha angústia. O que aconteceu depois do acidente? Quem me trouxe aqui? As perguntas se acumulam, mas não tenho forças suficientes para me levantar e procurar por respostas.Meu coração dispara ao perceber que não estou sozinha. Há alguém do outro lado do cômodo, uma sombra indistinta na penumbra. Minha respiração acelera enqua
Kate CarterUma semana se passou depois de todo aquele episódio. Já me sinto bem melhor. Minha perna está se recuperando bem, e o tiro que levei não passou de um susto. Como John disse, tive muita sorte da bala ter atravessado meu corpo sem se alojar. O final dessa história poderia ter sido outra.As crianças, ao perceberem que estou melhor, decidiram me deixar um pouco sozinha. Antes disso, passaram dias dormindo no meu quarto - ou melhor, no quarto de Theo. Eles organizaram um tipo de acampamento, espalhando colchões por todo lado apenas para ficarem ao meu lado durante a recuperação.Infelizmente, Theo e eu ainda não conseguimos ter uma conversa sem sermos interrompidos. Sei o quanto ele precisa entender a razão de eu ter feito isso sem o comunicar.— Bom dia! — Liana aparece no meu quarto novamente, com um sorriso caloroso.— Bom dia, Lia. Pensei que você fosse descansar hoje. Não precisa vir até aqui todo dia, amiga.— Eu sei, só quero garantir que Theo esteja cuidando bem de voc