Theo JamesEu não sei o que é pior: essa dor de cabeça terrível ou o meu corpo todo dolorido da briga. Parece que um caminhão passou por cima de mim. Ainda estou irritado com toda essa história, mas vou tentar relevar e entender melhor a situação.— Para onde você está nos levando Nathan? — Pergunto, percebendo que essa não é a direção do apartamento dele.— Para o hospital. Onde mais? — responde ele, concentrado na direção.— Deixa de sandice e nos leva logo para o seu apartamento. Eu estou perfeitamente bem. A menos que seu amiguinho aí esteja precisando de atendimento médico. — Aponto Mattew sentado na parte de trás do carro.— Até parece. Estou ótimo. Melhor que essa sua cara amassada. — Ele rebate— Como eu sei que vocês não estão batendo bem da cabeça, depois de tanta pancada, acho melhor levar vocês para fazerem um raio-x e verificar se ninguém teve alguma costela quebrada.— Que merda. — ResmungoChegamos ao hospital e fomos atendidos rapidamente pelos médicos, que devem ter p
Theo JamesAcordo e sinto uma dor tremenda rasgar meu corpo ao tentar me mexer. Olho ao redor para me situar e me recordo que estou no apartamento de Nathan. Saio da cama devagar, sentindo tudo queimar e arder. Acho que dessa vez exagerei com a briga com Mattew. Vou até o banheiro e me olho no espelho.— Que merda.Kate tem toda razão de não me querer naquela casa até meus machucados sararem. Meu rosto está completamente inchado, com vários hematomas. Mal consigo abrir o olho esquerdo. Se meus filhos me vissem assim, teriam um colapso.Faço minha higiene da melhor maneira que consigo, já que não posso fazer movimento bruscos, e saio do quarto procurando por Nathan, pois ele já teria voltado nesse horário.— Bom dia! — Cumprimento assim que vejo alguém na cozinha.— Bom dia, menino Theo. — Encaro surpreso Dona Helena, a antiga babá de Nathan.— Dona Helena, o que a senhora está fazendo aqui?— Oras, isso é jeito de me receber menino.— Desculpa, mas onde está o Nathan?— Ele foi compra
Theo JamesApós o almoço, tentamos descansar um pouco. Dona Helena tinha ido embora, e deixou avisado que voltaria logo cedo no dia seguinte, mas que o jantar estava na geladeira, que era só esquentar.Nathan nos contou como foi na empresa, e fiquei satisfeito que tudo saiu como planejado. O novo CEO, já tem tudo o que precisa. E eu posso descansar sem esquentar a cabeça com trabalho.Mais tarde, na hora do jantar, mesmo Nathan reclamando que não era nosso empregado, esquentou o nosso bendito jantar.Comemos em um silêncio constrangedor. Nathan não abriu a boca, o que foi um milagre vindo dele. Acho que isso é um indício de trégua, afinal.— Quando é que vocês vão colocar os pingos nos is, hein? — Ele pergunta depois de um tempo, enquanto estávamos sentados em sua sala, olhando cada um para uma parede.— Nathan tem razão. Acho que já está na hora de termos nossa conversa Theo.— Okay — Digo, respirando fundo. Seja lá o que ele vai contar, preciso ter paciência. — Pode nos dar licença
Theo JamesMatthew respirou profundamente, tentando encontrar as palavras certas para continuar.— Eu sei que nossa relação foi afetada por mal-entendidos e por escolhas difíceis que todos nós fizemos. Eu também cometi erros, especialmente na forma como lidei com a situação. Mas, Theo, eu nunca quis prejudicar você.— Até parece. — Debocho — Agora que você é pai, sei que entende a intensidade desse amor e o que somos capazes de fazer pelos nossos filhos. Eu seria capaz de acabar com a sua raça, sem a menor piedade. — Tudo o que eu queria era proteger o legado de Alessa e garantir que as crianças crescessem em um ambiente seguro e amoroso.— E é claro que você pensou que comigo as crianças não teriam nada disso.— Theo, eu entendo que minhas ações possam ter parecido horríveis para você, mas eu juro que nunca quis tirar as crianças de você. Tudo o que eu fiz foi baseado no que Alessa queria para as crianças. Ela sempre colocou o bem-estar delas acima de tudo, e eu prometi a ela que fa
Kate EvanAcordei cedo no dia seguinte, ainda sentindo o peso da briga da noite anterior. As crianças ainda estavam dormindo, então aproveitei o momento de silêncio para tomar uma xícara de café e organizar meus pensamentos.Logo, os pequenos começaram a acordar, um por um, com seus rostos sonolentos e sorrisos despreocupados. Eles entraram na cozinha, cheios de energia e prontos para começar o dia.— Kate, onde está o papai? — Perguntou Bella, olhando ao redor.Respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas.— O papai teve que sair ontem à noite. Ele vai ter que ficar por um tempo na casa do tio Nathan. Mas ele está bem, não se preocupem.— E o tio Mattew, ele nem se despediu da gente, já que o chato do James nos expulsou da sala. — Yasmin fala irritada.— Papai e Mattew tinham um assunto para resolver. — James responde, fazendo uma careta de dor ao pegar sua xícara de café.— Ele está bravo com o tio Matthew? — perguntou Luiz Miguel, com uma expressão séria que me lembrou tan
Kate CarterDepois que Theo voltou para casa, as coisas começaram a voltar ao normal. As crianças estavam mais tranquilas, sem mais perguntas na mesa do café da manhã sobre quando ele voltaria. A noite foi longa, com Theo querendo saber todas as novidades das crianças. Ele se sentou com cada um deles, ouvindo pacientemente enquanto contavam sobre a escola, os amigos e suas pequenas aventuras diárias.Na manhã seguinte, estávamos todos reunidos na sala de jantar para o café da manhã. Theo parecia mais relaxado do que nas últimas semanas, e as crianças estavam animadas para começar o dia com o pai em casa.— Tenho uma notícia para vocês — Theo anunciou, olhando para todos nós com um sorriso. — A partir de agora, vou trabalhar na empresa apenas meio período.As crianças pararam o que estavam fazendo e olharam para ele, surpresas.— Isso significa que você vai passar mais tempo em casa, papai? — perguntou Bella, seus olhos brilhando de esperança.Theo assentiu. — Sim, exatamente. Vou ter
Kate CarterFiquei um tanto surpresa pelo pedido do Theo. Apesar da sua postura com a minha revelação do término com Gabriel ter sido um tanto fria. Ver a sua animação sobre o namoro do seu filho mais velho, foi uma bela surpresa.Sabia da importância do jantar para formalizar o relacionamento de James e Luna. Era uma responsabilidade que assumiria com seriedade, mas também com um toque pessoal para tornar o evento memorável para todos.Com a ajuda de Nanda e Paul, começamos a providenciar tudo o que precisaríamos para o jantar de amanhã.O dia começou com uma promessa de tranquilidade. A luz suave da manhã filtrava-se pelas cortinas, iluminando a cozinha onde eu e Nanda já estávamos em movimento para preparar o café da manhã.Paul, sempre eficiente, estava ocupado com outros preparativos, organizando os ingredientes e utensílios que usaríamos mais tarde para o jantar. O ambiente estava começando a tomar forma, mas focamos inicialmente na refeição matinal.Ao longo da manhã e da tarde
James JohnsonDias se passaram e aquela harmonia que tínhamos na casa parece ter se dissipado entre Kate e meu pai. Agora, eles parecem estar andando em corda bamba. Sempre os vejo com olhares preocupados e muita tensão. Às vezes, encontro Kate sentada no jardim, abraçada ao filho, com um olhar distante fixo no nada. Meu pai está passando pela mesma coisa. Não sei o que está acontecendo; tentei perguntar a ele, mas ele desvia da conversa.— Como assim ele não está Paul? — Escuto a voz irritada do tio Nathan — Eu falei que eu precisava falar com ele ainda hoje.— Sinto muito senhor Ferraz, mas o senhor Johnson saiu e não quis me dizer para onde iria. O senhor gostaria de esperar ele?— E eu tenho outra escolha? — Ele fala nervoso.— O que está acontecendo, tio Nathan? — Pergunto, indo em sua direção— Olha só quem veio dar o ar da graça. O garoto rebelde apaixonado. — Ele diz, me dando um abraço. — Soube que você teve um jantar e tanto, obrigado por não ter me convidado. Saiba que você