MiaNo momento, Mia estava com Taylor no escritório da empresa. Era quase meio-dia e eles estavam concentrados no trabalho até que o celular tocou.O barulho a fez pegá-lo às pressas da bolsa. Era da sua mãe. Ela encarou o aparelho, achando isso estranho. Elas não se falavam ao celular com frequência. Se Mia quisesse saber de algo, ela mesma tinha que ligar, perguntar ao seu irmão ou ir diretamente à sua casa.— Não vai atender? — questionou Taylor.Se ele soubesse o quão estranho e assustador era, não faria aquela pergunta.— É a minha mãe. — Sussurrou, como se alguém não pudesse ouvir aquela palavra. — Taylor, eu não disse a ela, nem a ninguém da minha família, sobre nós.— Por que está sussurrando? — Ele levantou a sobrancelha. — Bem, agora tem a oportunidade. Aliás, nossa festa de casamento pode ser na próxima…— Espera, festa? Próxima semana?Ela ficou confusa. O celular estava tocando há muito tempo. Ela deveria atender logo.— Atenda a sua mãe. — Ele mandou.— Claro. — ela que
MiaSeus nervos já estavam à flor da pele antes mesmo de entrar no restaurante. Suas mãos suavam e ela estava com um enjoo fora do comum. Mesmo assim prosseguiu, indo para o seu inferno particular. A ruiva estava rezando para isso acabar logo e de modo quase indolor.As razões para esse convite eram um mistério total. Ela só saberia das coisas quando estivesse no meio da tempestade.Qualquer um que a ouvisse falando assim iria achar que ela era uma exagerada ou fresca — e talvez fosse verdade — se não conhecessem a sua irmã mais nova. O ego dela crescia a cada medalha ou troféu ganho desde que só tinha cinco anos. Ela admitia que a garota era boa e tinha talento, assim como tinha talento para ser uma insuportável de carteirinha, achando que ninguém poderia ser melhor ou igual a ela.Pisar naquele lugar a deu uma dor no lado direito do seu corpo, a qual teve que suportar. Até que as viu sentadas a uma mesa, no meio do restaurante.Bem… Já tinha uma menina pedindo autógrafo e foto para
MiaA ruiva abriu os olhos com um pouco de dificuldade por conta da luz intensa. Ouviu vozes, só que, de início, não conseguiu associá-las a ninguém, até ver a imagem borrada de Taylor, e, lá no canto do quarto, da sua mãe.Tentou se lembrar do que aconteceu, pois parecia que ela tinha sido abduzida e se esquecido completamente do que houve.Logo que a perceberam acordar, foram até ela, fazendo perguntas que a ruiva ainda não sabia responder. A mulher sentiu seu corpo sonolento e sua cabeça confusa, não entendendo absolutamente nada.— O que aconteceu? — perguntou, sem saber se as palavras saíram da sua boca ou se só foi um pensamento.— Não lembra? — Taylor a perguntou e, aos poucos, sua imagem ficou nítida aos seus olhos. — Você fez uma apendicectomia. Achamos que fosse algo pior, mas, graças a Deus, não foi.Sua mente buscou por evidências e, aos poucos, fui se recordando das coisas.— Você está melhor? — sua mãe perguntou. — Ah, querida, me deixou assustada.Foi estranho por um mo
Mia1 ano depoisMia nunca pensou que estaria em um lugar como aquele na vida. Sempre teve o sonho de viajar pelo mundo e visitar o máximo de lugares possível, porém tinha uma barreira entre o sonho e a realidade. E essa barreira se chamava grana.Claro… Quando ela pensava no seu futuro, ela se imaginava sentada atrás de uma cadeira de escritório, anotando e atendendo ligações do patrão. O que ela realmente fazia. No entanto, deu uma pausa no trabalho quando descobriu que estava grávida do seu chefe/marido.Taylor parecia mais um ditador, e não era aquele típico que conheceu quando espiou pela porta entre aberta do escritório em Nova York. Aquele homem era até suportável se comparado ao pai que ele se tornou, tão preocupado com o bebê que estava na barriga da esposa. Só faltava a pôr em uma almofada de ouro, de onde ninguém poderia chegar perto.Ela deu graças a Deus por já ter poder o suficiente para o controlar. Entretanto, teve que concordar em diminuir um pouco o seu ritmo quando
Casamento arranjado.Acordo.Bebê por contrato.Uma dívida herdada.Mentiras e obsessão.Morgan perdeu os pais em um acidente e descobriu que eles a deixaram uma dívida como herança. Sem lar, trabalho ou familiares, teve que se render ao encanto de um dos amigos mais antigos do pai, Oscar Jones.Oscar viveu sua vida muito bem, atrás das câmeras, sem chamar atenção. Um homem que só pensava em trabalhar, após os olhos na filha única do seu amigo, que morreu, usaria a dívida que ele deixou para ter o que desejava. Morgan.Ele precisava de um herdeiro. Ela não sabia como pagar a dívida. Um acordo de casamento que beneficiaria os dois lados, só que as coisas não acabaram por aí, pois a cada dia que se passava, Morgan descobria a teia de aranha onde se meteu.***Capítulo 1MorganSe me dissessem que estaria endividada, tendo que vender tudo o que já foi da minha família, para quitar essa dívida, eu riria.Depois que os meus pais morreram em um acidente de carro, achei que tinha superado tu
OscarMorgan Wilson cresceu e se tornou uma mulher bonita, apesar de não ter os traços mais sensuais.Há dez anos não procurava por coisas assim na menina. Era doce e delicada. O olhar de inocência era um bônus. Acho bom estar nesta posição hoje.O idiota de seu pai sempre buscou por mais e mais dinheiro. Sabia que não devolveria, mas mesmo assim deixei uma generosa quantia de dólares na sua conta.O acidente fatal não só deixou Morgan órfã, como também a deixou numa situação difícil, pois não era só eu que o seu pai devia. Apesar de ele ter quitado a dívida do pai, Morgan logo descobriria que havia muito mais.A observei desde o princípio dos fatos. Eu era o amigo mais próximo de Robert e, apesar de odiar o canha, tinha um acordo onde eu tomaria conta da sua filha se algo ruim acontecesse. E aconteceu.Minha ideia era primeiro deixar a jovem confortável, pois seu estado atual era bem difícil. Depois, proporia um acordo onde ela teria certeza de que eu jamais a abandonaria.O problema
MorganAbrir os olhos foi um grande desafio, pois a cama onde eu estava era macia e aconchegante. O ambiente era bom, limpo, e não havia barulho nenhum, apenas escuridão..Embora esteja acordando, ainda me sinto cansada e, por isso, bocejo.Sentei na cama macia e não consegui compreender o que estava se passando. Como vim parar nesse lugar?Aos poucos, minha memória voltou e percebi que algo estava errado.A última coisa que me lembro é de estar conversando com Oscar e de ele sugerir-me um casamento de conveniência, incluindo o combo de ter um filho com ele.Liguei o abajur que estava na mesa de canto com pressa. Olhei em volta e percebi que aquele não era o hotel.Os móveis do grande quarto eram brancos, com traços cinzas e pretos. A grande cama de casal tinha lençóis caros e claros, da cor do quarto. Usava a mesma roupa que coloquei mais cedo e não tinha a menor ideia de por que estava ali.Pude levantar e acender a luz para ver tudo com mais clareza. A riqueza era clara e, em um fl
MorganComo consegui aceitar aquele acordo?Não sei se foi a opção mais adequada, mas era a única que eu tinha. O pior era saber que me casaria com um homem que mal conhecia e, de certo modo, despertava-me interesse.Os poucos namorados que tive nunca me fizeram sentir dessa maneira, como Oscar Jones. É claro que éramos adolescentes, mas, mesmo com os hormônios à flor da pele, nunca cheguei a me jogar em seus braços.Minha não experiência me preocupava. Jones era experiente, já teve várias amantes, mas queria algo comigo, uma virgem tímida que assinou um acordo com um ex amigo do meu pai, que ele devia até os dentes.O medo de que aquilo fosse uma venda e não um acordo me deixava apreensivo. Eu daria tudo a ele e, em troca, Oscar pagaria as dívidas com esses homens perigosos que nunca vi na vida.Dormir foi um verdadeiro desafio. Passei a noite imaginando o que faria ou o que aconteceria ao assinar o papel.Acordei e ele já não estava mais na casa. Foi desconfortável, pois era nova e