OscarA viagem deveria ter terminado muito antes, se não fosse por uma mulher que achei que era mais próxima de mim.Admito que aproveitei desta posição, misturando as coisas, mas deixei sempre bem claro que era somente sexo. Nunca me apaixonaria por ninguém, muito menos por uma mulher tão arriscada quanto Jéssica.Ela agia como se eu devesse satisfação em tudo o que faço, com quem sai e caso. Não faz diferença quanto tempo nos conhecemos ou se trabalha ao meu lado, não seria difícil dar o fora nela. No último dia daquela longa e intolerável viagem de negócios no oriente médio, ela veio me seduzir, querendo o que eu não podia dar.A partir do momento em que Morgan aceitou aquele acordo, nenhuma outra mulher conseguiu mais nada de mim.O que mais queria era chegar em casa e ouvi-la falar sobre o seu trabalho. Fiquei surpreso com essa novidade, mas a deixava contente e não tinha nada melhor do que ver ela animada.Porém, foi só ouvir a novidade sobre meu casamento e o desejo de um filho
MorganAcredito que não consigo confiar em Oscar 100%. Nosso encontro, a meses atrás, me marcou. Ele era um bom esposo, carinhoso, e é claro que estava conquistando o meu amor, mas nada me faria esquecer que tudo isso começou com um contrato.Sempre que o ouvia dizendo que resolveria tudo, sabia que ele falava da sua grande quantia no banco, o que me deixava triste.Claro, pode ser meu instinto ainda inconformado por assinar um acordo, mas estava tentando deixar essas barreiras de lado e aproveitar a vida de casados.Ainda mais agora que estou grávida.Cheguei atrasada no trabalho, mas não levei bronca. Magno, estranhamente, olhou-me de longe, saindo da sua sala, e, quando voltava, deixando a porta aberta, percebia que me fitava.Tratei de continuar com meu trabalho. Talvez seja por conta do meu atraso e, se pudesse, tentaria compensar com um trabalho em dobro.Antes de sair de casa, recebi inúmeras recomendações, e não, não foi do médico, entretanto, do meu marido, que mais parecia q
MorganO copo com água não acalmou o meu pânico, mas, pelo menos, eu não estava chorando. No meu peito, sentia uma dor imensa, um peso. Engoli as palavras, era melhor ficar calada.Só pensava em estar em casa com Oscar, protegida. Relembrei-me do bebê e isso deixou-me mais uma vez em estado de choque.O que aconteceria naquela sala? Ela abusaria de mim? Me machucaria se eu me negasse?Bem, a resposta era sim para tudo. Ainda podia sentir os seus dedos no meu rosto e a boca na minha. Isso me fez querer lavá-la.Sentada na beirada da cama, pensava em como dizer isso para Oscar. Não tinha como negar que nada aconteceu. Trevor diria o que aconteceu, mesmo sem saber os detalhes.Não disse nada, mas, com toda certeza, ele não era burro e podia deduzir que meu chefe, ou qualquer outro que estivesse, havia me ferido ou assustado-me.Como explicar esse meu estado ao meu marido, que, furioso, desejaria matar o meu ex-chefe, pois, depois do que me aconteceu, nunca mais poria os meus pés lá?A po
MorganApós recarregar as baterias, levantei da cama e resolver as pendências. Magno não ia me marcar ou me deixar como uma mosca amedrontada.Não tenho dúvidas de que sinto o meu coração palpitar todas às vezes que lembro ou saio de casa, mas não deixarei que isso diga como vivo ou me impeça de fazer algo, como ir à editora esclarecer o que realmente aconteceu.Com Trevor ao meu lado, não achava que ele seria capaz de se aproximar de mim para me machucar novamente.Ontem foi relaxante e quase me fez esquecer que o mundo não era perfeito e que meus problemas não existiam, mas tivemos que sair daquela fantasia e voltar à realidade.Oscar tinha que voltar ao trabalho, mesmo não querendo. Ele estava tão animado em ser pai que não parava de pensar nisso. Até planejava montar o quarto do bebê, mas tendei puxá-lo para a realidade, antes de começar os preparativos, temos que ir ao médico e esperar pelo menos os quatro meses.Ele foi um bom ouvinte e tentou me fazer desistir de ir à editora,
Morgan2 meses depoisNão tinha como não estar empolgada hoje.Quatro meses e eu estava ansioso para descobrir o sexo do bebê.Oscar não parava de se divertir e de me mimar, como se eu já não fosse. Agora, ele me enche de presentes e, com todo o cuidado, ele estava agindo como um general mandão que sabe cada passo que dou. — Oscar! — Chamei sua atenção. Ele pegou minha mão e, praticamente, levou-me para o consultório onde faríamos o ultrassom do bebê. — Não estou debilitada, sei como andar.— Só quero ajudar. — Deu de ombros.Revirei os olhos e ele riu. Enquanto esperava, as mulheres suspiravam ao olhar, mesmo que estivessem com seus maridos ao lado ou que eu, esposa dele, notasse essa atenção.Eu não era ciumenta e sabia que Oscar só tinha olhos para mim. Toda a dedicação que ele me dava demonstrava isso.Quando a médica nos chamou, fiquei apavorada. Já havíamos vindo aqui outras vezes e foi muito emocionante ouvir o coração do bebê. Agora imagino como será quando descobrir se será
MorganEu não queria acreditar no que aquela mulher falou. Como acreditar? Era loucura!Meu pai era muitas coisas, mas não acredito que ele me venderia a Oscar.Já meu marido, ele tinha a faca e o queijo na mão, por que me magoaria desse jeito?A volta para casa foi silenciosa. Notei que Trevor observava pelo espelho, porém, não disse uma palavra. Minha cabeça borbulhava, meus pensamentos me confundiam e a única coisa que deseja agora era de um banho e depois, tirar satisfação com Oscar.Ao chegar em casa, não falei com ninguém, passei direto para o quarto e depois, o banheiro.Deixei a banheira encher, não consegui me concentrar em nada. Quase deixei a água derramar sobre o piso do banheiro.Ao entrar, descansei as costas, apoie minha cabeça na borda, e fechei os olhos, pensando que assim controlaria o que se passava na cabeça.Hoje foi um dia bom, assim como foram os últimos dois meses. Nossa relação se fortificou, não queria estragar tudo, mas não consegui ter 100% de confiança nel
MorganSemanas depoisOs dias se passaram e desde aquela conversa, Oscar e eu não trocamos palavras.Me sinto magoada, traída e uma burra. Parte de mim quer acreditar na sua versão dos fatos.Claro que uma mulher trocada e demitida quer se vingar, mas Oscar não era santo. Havia coisas que ele não me dizia, tramoias que me envolvia e como não sabia muito sobre ele, não consigo confiar em mais nada do que falava.Isso era péssimo. Me sinto presa, achando que aquele contrato assinado era a chave do meu cativeiro, então lembrava de tudo o que vivemos e o que sinto por ele.Nosso filho crescia no meu ventre. Seríamos pais e isso não podia afetar a vida dele. Só que eu não achava que esqueceria isso com tanta facilidade.Durante esses dias, ele tentou se aproximar. Vi que essa distância afetou mais a ele do que a mim. O sentia me observando, ou quando entrava no quarto escuro, durante a noite, e beijava meu rosto.Quero esquecer o que descobri e viver sem mágoas, porém, a outra parte, que e
MorganMeses depoisQuando comecei a sentir as contrações, meu coração foi a boca, achando que teria o bebê ali mesmo.Bobagem da minha cabeça, aquela dor não se comparou com a de horas depois.Acredito que tenha se passado cinco horas até que o nosso Darci estivesse em meus braços.Se antes eu já estava feliz, com ele ali, na minha frente, foi mil vezes mais emocionante.Ele era tão pequeno e perfeito que me fez chorar. Foi cansativo, devo dizer que uma das coisas mais difíceis de se fazer, porém, ao lado do homem que eu amava, tudo se tornou uma experiência magnífica.Oscar não parava de admirar nosso filho, desde que nasceu. Ele passou a segurá-lo nós braços, ninando, para que eu pudesse dormir.Não durou muito, pois o bebê precisava se alimentar e eu tinha o alimento bem no meu peito.Ao chegar em casa, foi babado por Margot o tempo todo. Ela se tornou uma espécie de babá e vovó, tão besta quanto o pai, que tirou alguns dias de folga para aproveitar ao nosso lado.Na verdade, agra