Quanto mais Jane pensava nisso, mais ela balançava a cabeça. "Não, Sr. Stewart, não quero ir para o departamento de Relações Públicas." Ela implorou em pânico: “Eu sei que estava errada, por favor, poupe-me, Sr. Stewart. Já cumpri três anos de prisão e paguei o preço pelo que fiz. Dê-me meu cartão de banco, senhor, e irei desaparecer imediatamente. Eu irei para muito, muito longe, e juro que nunca mais me verá. "Tudo que Jane podia fazer era implorar. Ela não percebeu a surpresa nos olhos de Alora quando esta ouviu sobre ela estar na prisão. Alora tinha se mudado para a cidade há apenas dois anos e ela não era uma local, então ela não sabia sobre Jane.Qualquer pessoa que tivesse trabalhado com Sean por mais algum tempo saberia tudo sobre a infame Jane Dunn.Os olhos longos de Sean se estreitaram perigosamente ... Ela ainda estava a tentar escapar?Ela queria que ele nunca mais a visse?"Ahn" Ele suspirou baixinho e puxou o telefone, dando algumas ordens aos seus subordinados. Não mui
Fazia três dias. Três dias depois que Jane foi transferida para o departamento de relações públicas, ela ainda não ganhara um único centavo. Ela olhou para a hora e viu que eram 23h07. Foi exactamente nessa hora que os negócios começava a crescer ali.Todo o departamento de relações públicas estava vazio e ela era a única que estava na sala de espera. Todos os seus colegas no departamento partiram para fazer seu trabalho. Para ser honesta, cada membro do departamento de relações públicas aqui no East Emperor ganhava bastante. Afinal, a clientela consistia nos escalões superiores da sociedade, e os ricos e poderosos sempre eram generosos com seu dinheiro.Jane estava ali há apenas três dias, mas ela tinha ouvido dizer. Jenny, a mulher que ela encontrou a flertar com o Mestre Soros na escada naquela época, estava gabando-se sobre como um magnata de Hong Kong tinha sido generoso com ela ontem. Só a gorjeta dela fora cinquenta mil.Dez vezes cinquenta mil ganharia quinhentos mil, e cem vez
“Eu…” Jane abriu a boca para se recusar instintivamente. Escondido nas sombras, os lábios de Sean alongaram-se. Ele sabia, ele sabia que a orgulhosa Senhorita Dunn não seria capaz de abdicar da sua dignidade e permitir-se ser insultada daquela maneira. “Posso ficar com todo o dinheiro que conseguir apanhar num minuto, não é? E dá-me ainda outros cinquenta mil também, certo?”Jane não conseguia continuar com o que queria dizer após ter dito “Eu”. Aquela cena diante dos seus olhos, fazia-a recordar os tempos negros da prisão e aquela rapariga tonta e ingénua, a única que lhe mostrara gentileza. Aquele sonho que ela lhe contou no leito da morte… tudo isto corria-lhe na mente e Jane forçosamente alterou a sua forma de pensar. O seu orgulho? Restar-lhe-ia algum?Por esta altura, Jane não tinha nada. Não tinha família, familiares, amigos, passado… Tudo o que lhe restava era ela mesma. Qual a utilidade… do seu bonito orgulho?!O rapaz altivo riu-se. “Claro que sim. Cumpro sempre as min
Fora do quarto, Alora deu a volta na esquina. Quando levantou a cabeça, o seu olhar tornou-se astuto, e sorrateiramente andou até estar nas imediações próximas do quarto. “O que estás a fazer, Luna?”A voz fria, surgindo do nada atrás de Luna, que estava expectante fora do quarto, fê-la saltar e virar-se. Ao ver quem lhe falava atrás de si, a sua cara bonita desenhou uma expressão forçada. “N-Nada, não estou a fazer nada…”Luna era a anfitriã do quarto 606. Porém, nenhum dos jovens mestres tinha requisitado os seus serviços. Na vez dela, Alora tinha enviado uma novata.Luna estava, com certeza, descontente por ter sido expulsa do quarto. Como não havia ninguém por ali, ela tinha aberto ligeiramente a porta, espreitando através da fresta. O que vira, tinha-lhe feito abrir os olhos, invejando a inutilidade de Jane.Alora ria-se friamente para si mesmo. Perguntara “O que estás a fazer?”, em vez de perguntar “O que estás a ver”. Luna estava dispersa em si mesma. “Isto não te diz resp
Sean Stewart era o patrão de Alora, por isso ela não podia dizer que ele estava errado. Tudo o que conseguia sentir era revolta, ao ver Jane naquelas condições.Que raio teria esta mulher feito para ofender tanto o seu patrão, ao ponto de ser submetida a um tratamento tão cruel?O olhar de Alora agravava-se ao ver Jane cambalear, apoiando-se na parede enquanto caminhava em desequilíbrio constante.O cartão bancário escaldava nas mãos de Alora.Depois, Alora deu meia volta e partiu, quase correndo de volta para o seu escritório, deixando o crtão bancário e todo o dinheiro no seu cofre. Só nesse momento a palma da sua mão deixou de parecer que ardia dolorosamente.Quando Alora regressou ao quarto 606, ao abrir a porta, quase embateu em Sean.“Sr. Stewart,” Alora cumprimentou-o respeitosamente. Sean respondeu com um discreto “mm”, antes de contorná-la e deixar o quarto.Entrando no quarto, Alora ouvia os jovens mestres a falarem sobre Jane. “Aquela mulher era uma coisa tão desagrad
No dia seguinteJane acabava de chegar ao East Emperor quando notou algo peculiar. Todos à sua volta reuniam-se em grupos de dois, ou três, sussurrando e apontando na sua direcção.Jane não estava incomodada. Talvez a razão de tudo aquilo se prendesse com facto de ela, uma simples empregada de limpeza, ter sido transferida para o departamento de relações públicas. Parecia-lhe normal atrair alguma atenção.No entanto, quando entrou na sala de espera do departamento, descobriu que na verdade tinha sido ingénua, ao acreditar naquilo.“Ahahah, aqui está o cão.” Aquela troça repentina fez-lhe empalidecer. Ela reconheceu a pessoa que apontava na sua direcção e que lhe dirigia aquelas palavras, chamando-a de “cão”. Era a anfitriã do quarto 606, Luna.“Não fales tão alto, Luna. Não somos cegas, nós conseguimos ver o cão a chegar.” Luna ria-se compulsivamente. “Ó, mas não a viram por vocês mesmas! Esta mulher usava um disfarce de palhaça, com uma maquilhagem horrível. O Mestre Lynch ia-l
Sr. Jonesson já não tomava em conta o seu lado racional. Não se importava mais com o bem-estar de Jane, concordando com todos os pedidos de Jenny. “Claro, tudo o que pedires.” Ao dizer isto, ele ia descendo a mão perversa pelas ancas de Jenny.“Toma, não digas que não sou generoso.” E, dizendo estas palavras, o Sr. Jonesson retirou da mala um maço de notas. Pareciam estar ali cerca de cinquenta mil dólares. “Recebes mil dólares por cada canção que cantares, se conseguires cantar dez canções, recebes dez mil, vinte são vinte mil. Mas se conseguires cinquenta, recebes todo o dinheiro que aqui tenho na mão.” Cinquenta canções levar-lhe-iam cerca de três horas.“Ah, Sr. Jonesson, porque lhe dá tanto dinheiro?”“Não te preocupes, amor, eu a ti vou-te dar ainda mais.” E lançou-lhe aquele que considerava ser o seu sorriso mais carismático.“Aii, é tão mau, Sr. Jonesson.” E com isto, Jenny agitou a cintura e deslizou para fora do colo do Sr. Jonesson, balançando as ancas, ao ir na direcção
Quando alguém cai num certo nível de depravação, o seu limite costuma ser esse – sobreviver.Ela olhou para a cara infantil e jovem de Susie. Uma vida tão cintilante e colorida como a dela era algo que Jane já não tinha esperança de recuperar.“Tu! Como podes continuar a sorrir?” Susie pisou-lhe o pé. “Acredita no que te digo, Jane, não interessa, não interessa quanto dinheiro ganhes, porque todas te olhamos com desprezo! Até as modelos do departamento de relações públicas que vendem o corpo por dinheiro têm mais dignidade que tu! Deitaste fora todo o teu orgulho quando fizeste aquilo, por isso quem te irá agora respeitar?”Com isto, ela pigarreou friamente e voltou costas a Jane. Jane manteve-se apenas ali, na mesma posição, durante algum tempo, antes de entrar no quarto. Por toda a sua face se escrevia a palavra exaustão, e as palavras de Susie ecoavam-lhe ainda nos ouvidos… ‘Só faço isto para ganhar algum dinheiro para as minhas propinas e custos de vida. Ao contrário de ti, eu n