P.O.V Ana- (ATUALMENTE)
Como já devem imaginar, naquele domingo ficamos apenas assistindo filme e dormindo, curtindo aquela preguiça, mas segunda é dia de trabalho e a gente não faz negócio deitado, então lá fomos nós, trabalhar!
2032 - São Paulo, Segunda-feira.
-Você sabe que temos reunião com os sócios hoje, né? - perguntou Juliana entrando na minha sala.
-Pode entrar, amiga! - falei ironizando a forma que ela entrou, ela apenas revirou os olhos. - Sim, eu sei, vai ser depois do almoço. Por quê? - perguntei levantando o olhar do computador para ela.
-Porque senhores Santiago, Gabriel e Vitor vão vir! - falou como se fosse algo obvio.
-Amiga, se a sua preocupação é de haver um clima estranho, pode esquecer, primeiro que o Santiago já está casado e eu sou amiga da esposa dele, segundo que o Gabriel já está se pegando com a Lari a muito tempo, e terceiro, Vitor acabou de começar a namorar, então não tem nenhum motivo pra desconforto, e essa não vai ser a primeira reunião que fazemos juntos! - falei calma.
-Certo, mas você não se sente nenhum pouco incomodada? - perguntou ela arqueando a sobrancelha.
-Não, todos eles são meus amigos e fazem parte da minha vida, independente do que tenhamos vivido no passado! - falei dando de ombros e voltando a minha atenção ao que estava escrevendo.
-Bom, queria eu ter essa mesma capacidade! - falou ela rindo.
-Não é nenhuma "capacidade", é só que diferente de você, eu consegui dividir as coisas! - falei a fitando por cima dos óculos de grau.
-Ah vá a merda! - falou ela se levantando e saindo. - Vou te esperar para almoçarmos, abriu um lugar novo aqui perto.
-Se for de hambúrguer eu agradeço, mas não obrigada. - falei vendo ela parar. - Que foi?
-Qual, quanto tempo você ainda vai levar pra querer ir comer esses lanches comigo? - falou ela fazendo drama.
-Da última vez eu passei mau por uma semana inteira, não estou afim de deixar trabalho acumular de novo! - falei séria.
-Tá bom, então... - falou ela baixando a guarda. - E que tal aquele restaurante perto do centro, aquele tailandês? - perguntou se animando.
-Está bem! - respondi e acenei pra ela sair.
Ainda faltavam algumas horas pro horário do almoço então fui revisar os assuntos da reunião, já que o Lima iria apresentar uma outra parte dos novos projetos que temos pros sócios.
Era meio louco, trabalhar em empresa, sentada atrás de uma mesa e um computador nunca foi minha maior vontade, na realidade sempre me acreditei o contrário da pessoa que usa terno e gravata, mas se tornou uma enorme realização minha, e do pessoal em si, acho que exatamente por isso, por eu não estar simplesmente trabalhando numa empresa qualquer, mas trabalhando junto de pessoas que se tornaram minha família e que vem me acompanhando a uma década, essa vida combinou comigo, e no fim, eu também tenho meu sonho realizado de estudar medicina, minha vida não é nada mau, devo admitir!
Acredito que minha maior dificuldade foi lidar com as coisas mais pessoais, mesmo, falo da família, não é atoa que já faz quase um ano e pouco que não vejo minha mãe, eu até falo com ela pelo telefone, mas ver realmente já faz um bom tempo.
Não que eu não quisesse é apenas que eu foquei muito nas minhas conquistas, e bom, sendo sincera, me afastar da minha família foi um ato "egoísta" da minha parte, porque eu também, inconscientemente, ou não, sabia que seria o melhor pra mim e pra minha saúde mental.
Como já havia dito, minha família sabe ser bem tóxica quando quer, e mesmo que eu ainda queira manter isso por baixo dos panos é inevitável.
Trabalhar pensando nisso sempre me deixa estressada, ou com dor de cabeça, precisava urgentemente falar com minha terapeuta!
-Ei! Porquê você não atende o telefone?! - falou Sofia entrando na sala com cara de preocupada.
-Ah desculpa, eu devo ter posto no silencioso. Por quê? - falei esfregando minhas têmporas.
-Os sócios já chegaram pra reunião e Lima quer saber se podemos adianta-la! - falou um pouco nervosa.
-Como assim? A reunião está marcada pras 14:15 da tarde, são 11:40, o que eles já estão fazendo aqui? - perguntei tentando esconder minha irritação, eu odiava quando aconteciam esses imprevistos.
-Bom, um deles precisou remarcar uma viagem pras 14hrs, e precisa que adiantemos a reunião, já que ele precisa participar. - falou cautelosa, qualquer um que me conhecesse como ela me conhece perceberia que eu estava me irritando. - Então, o que fazemos?
-Como o que fazemos? Vamos fazer a reunião logo! - falei me levantando pegando o pen-drive com as páginas de apresentação, dando uma ajeitada no terno e minha água. - Vamos Sofi, sabe que eles odeiam esperar por "respostas simples"! - falei usando as aspas e revirando o olhar, ela apenas sorriu e seguimos para o andar de reuniões.
Subimos até a sala anteriormente preparada para aquela reunião, claro, não imaginávamos que fossemos usa-la agora, mas as vezes temos que lidar com algumas circunstâncias complicadas. Já estou até vendo que não vai ser hoje que vou almoçar cedo!
-Bom dia, senhores! - falei ao entrar e ver quatro homens sentados nas cadeiras destinadas a eles, e Adri, que estava em pé arrumando uma coisa da TV.
-Olá, bom dia, senhorita! - responderam, me sentei sendo seguida pela mulher que anteriormente estava de pé.
-Bom, antes de qualquer coisa, quero pedir desculpas pelo imprevisto de hoje, sei como é complicado organizar seus horários para esses encontros, mas realmente precisei cometer essa gafe hoje! - falou Gabriel com uma expressão de preocupação no rosto.
-Está tudo bem, essas coisas acontecem! - Lima falou e eu apenas concordei. - Vamos começar, então! - falou se levantando.
-Não vamos esperar até os outros chegarem? - perguntou Adri olhando a ficha que tinha em mãos.
-Não, eles não puderam adiantar seus horários, então concordaram em aceitar as decisões acatadas por nós se pudessem dar uma ou outra modificação no projeto! - Lima falou sério, ela apenas concordou com a cabeça.
Lima apresentou as taxas de alta nas vendas e novos produtos, além de mostrar os gráficos de lucro com as aberturas de casas noturnas e de festas, enquanto eu apresentei o novo projeto que seria feito com uma empresa conhecida de Chiapas no México, era um projeto de negociar algumas ações com o intuito de abranger o alcance da empresa na cidade e ampliar as afiliações também, proposta feita pela própria presidente da empresa diretamente a nós, o claro foi um pra ganhar um ponto a mais conosco, já que normalmente essa propostas são feitas por administradores da empresa comandados pela presidência.
Os ali presentes acharam que seria uma ótima oportunidade de correr com o nome da empresa e ainda aumentar o número de associados e aumentando assim a versatilidade da empresa, podendo atingir assim todo e qualquer publico, o que sempre o foi o desejo de todos ali.
Esse tipo de reunião acontecia todos os meses, pra apresentar as altas e baixas de ganho da empresa e decidir sobre algo que atingisse todos os sócios, e dessa vez não foi diferente, o único problema é que demorou um pouco mais que o esperado, pois discutimos sobre uma proposta a fazer para a empresa de Chiapas, então foi algo mais demorado e um tanto estressante, digamos que porque uns são mais ambiciosos que outros.
Mas, finalmente acabou e eu não via a hora de sair dali e ir comer alguma coisa!
-Ana! - chamou Santiago.
-Ah oi! Como você está? E a Carol? - perguntei sorrindo.
-Bem, estamos bem! - respondeu me devolvendo o sorriso. - É, Ana, eu queria te pedir algo! - falou nervoso, parei o que estava fazendo e o olhei.
-O que precisa? - perguntei me preocupando um pouco por sua expressão.
-Você é formada em ginecologia, certo? - perguntou e eu concordei com a cabeça. - Bom, é que eu e Ana queremos ter filhos, e apesar de os médicos dizerem que está tudo bem eu ainda fico aflito sabe, ela já teve problema com cistos antes e eu sei que isso prejudica a fertilidade, então, bom... - ele estava quase gaguejando.
-Santiago, se acalma! - falei o parando. - Não precisa ficar se explicando, eu falei que poderia contar comigo pra tudo e sabe que eu não brinco com essas coisas! - falei séria o vendo concordar. - Bom, me mande os exames dela, e se você tiver feito, os seus também, vou analisar e se preciso vou pedir mais exames, não se preocupe, provavelmente seu medo é apenas algo psicológico e ela só não engravidou ainda por ficarem com medo demais e aproveitarem de menos! - falei o vendo relaxar e soltar um suspiro pesado.
-Tem razão! Hoje mesmo eu envio todos os exames, mas por favor, não se sinta pressionada ou algo assim, sei que tem muito trabalho na empresa, então. - falou ainda nervoso.
-Santiago, você tá precisando de umas férias cara, relaxa! Não é nada demais, vai me ajudar muito poder fazer isso por vocês e eu fico feliz que tenha vindo falar comigo! - falei sorrindo animada.
-Certo, então, me ligue se precisar de alguma coisa! - falou e eu apenas concordei.
Ele acenou para os outros ali na sala e saiu, nunca vi ele tão preocupado assim, e olha que o conheço melhor que ele mesmo!
Santiago é um amigo que conheci nesse mesmo grupo que os outros, apesar de que nossa amizade tenha tido seus altos e baixos e já tenhamos chegado a namorar, é um tanto complicado explicar o porque de termos nos tornados quase "irmãos" hoje em dia, já que ele está casado, e agora até decidiu ter filhos, algo que ele sempre foi dividido sobre, mas uma boa colocação seria: Eu estraguei tudo! Eu o afastei, o fiz de minha "lata de lixo" sem nem perceber, e quando menos esperava o perdi!
Ainda dói pensar nisso, não que eu continue o amando como antes, já tive tempo o suficiente pra me curar, mas porque pensar que eu fiz mau a ele e ele continuou ali comigo, sendo meu amigo e me apoiando chega a ser loucura!
Apesar disso, eu quero ver ele feliz, assim como sua esposa, que é pra ele o que eu jamais chegaria a ser, e quero que eles realizem o sonho de serem pais, por isso vou me esforçar para ajuda-los!
Mas agora eu vou comer, porque se acontecer mais um imprevisto hoje é capaz de eu pular no pescoço de alguém!
-Ana! - ouvi meu nome sendo chamado quando abria a porta para sair da sala e amaldiçoei-me por tê-lo!
-Sim? - falei olhando por cima do ombro.
-Se estiver indo almoçar, posso te levar em algum restaurante, é caminho para o aeroporto! - falou Gabriel me olhando apreensivo.
-Ah não precisa, você chegará atrasado! - falei me virando de vez.
-Não, que isso, eu atrapalhei seu dia e ainda tomei seu horário de almoço todo, deixe-me leva-la pelo menos! - falou chegando próximo a mim, pude sentir seu perfume, Dolce Gabbana.
-Bom, tudo bem, mas apenas me deixe na porta e já está de bom tamanho! - falei abrindo a porta novamente saindo, sendo seguida por ele.
Saímos em silêncio até o elevador, apertei o botão do estacionamento, ele me olhava de canto e eu sabia que queria falar algo, mas esperei até entrarmos no elevador para perguntar.
-Certo, diga de uma vez! - falei um pouco alto assim que as portas se fecharam.
-Só estou meio mau! - falou baixando a cabeça e suspirando, odiava ver ele assim. - Sabe, as coisas com a Lari estavam indo bem, mas ela complica tudo demais. Eu digo que a quero de verdade e ela fica nessa de vai num vai, e isso tá me cansando, não sei o que fazer, Ana! - falou com lágrimas nos olhos se arrastando na parede até o chão, meu coração se apertou, ele a ama de verdade.
-Querido, olhe pra mim! - falei levantando sua cabeça. - Eu já falei sobre dar tempo ao tempo, mas se nenhum dos dois toma uma atitude de impulsionar o negócio pra frente, esperar não adianta de nada! - falei séria. - Tenho certeza que você não a disse tudo que sente e que acha muito mais fácil falar o quão gostosa ela é na cama do que falar que a ama e a quer pra toda vida! - falei e vi seu olhar vacilar.
-Porquê você adora jogar as coisas na minha cara? - perguntou e eu ri.
-Não gosto, mas é preciso! Querido, apenas acreditar que as suas "indiretas" deixadas nos momentos em que estão dividindo a cama, ou o apartamento, vão fazer com que ela entenda as coisas vai ser o resumo de nadou, nadou e morreu na praia! Vocês dois se gostam, isso é obvio pra qualquer pessoa, até cego enxerga, mas vocês não veem algo que está a frente de vocês! - falei bufando. - O que há de errado em chegar na pessoa e m****r a real? Apenas chama ela e fala "Olha aqui, você é uma mulher maravilhosa, linda, inteligente, divertida, tem tudo o que eu poderia querer na minha companheira e eu amo você com todos os pedaços da minha alma e do meu corpo, quer namorar/casar, o que seja, comigo?". - perguntei séria.
-Acontece que eu já tentei, mas eu sempre me embolo na hora de falar e acabamos na mesma, apenas sendo amantes mais uma noite! - falou passando as mãos pelo rosto. - Eu sou mesmo um covarde! - falou se levantando já que o elevador havia parado.
-Presta bem atenção no que eu vou falar! - falei brava o segurando. - Você não é um covarde! Você é um cara incrível, que está passando por dificuldades de se expressar e é normal, isso não te faz alguém ruim, te faz humano! - falei vendo ele se virar pra me olhar. - Olha, você pode ser o que for, mas covarde não! É louco, porque afinal, você cometeu a loucura de se envolver comigo enquanto apaixonado por outra, mas a gente releva essa parte! - falei e ele riu, sabia o que aquilo significava.
-Foi uma loucura que valeu a pena, não é como me arrependesse! - falou convicto.
-Não estou falando disso, estou falando que você foi louco pois sabia quais consequências poderiam haver dessa situação toda, e isso prova por si só que você não é nenhum pouco covarde! - falei e ele suspirou pesado. - Gabriel, você vai aproveitar essa viajem que irá fazer pra descansar a cabeça, organize seus pensamentos e sentimentos, mas tenha em mente de que a decisão que tomar afetará os dois! Depois, quando voltar, venha falar comigo e eu te ajudo no que precisar, combinado?! - perguntei sorrindo.
-Combinado! Agora, que tal me soltar para que possamos ir? - falou apontando pro seu braço.
-Ah desculpe! Realmente, preciso comer! - falei saindo e sendo seguida por ele. - Seu carro é o mesmo? - perguntei apontando, ele acenou com a cabeça.
-Entre, bela dama! - falou abrindo a porta pra mim.
-Obrigada, senhor! - falei sorrindo enquanto me sentava no banco.
-Qual restaurante? - perguntou lingando o carro.
-Aquele tailandês que fomos uma vez, se lembra? - perguntei pegando o celular para m****r mensagem pra Ju.
-Claro, eu comi lá à uns dias. - falou dando partida no carro para irmos.
Abri meu celular no W******p, para m****r mensagem pra Ju e vi duas ligações perdidas dela, provavelmente pra me perguntar onde estava e porque demorava tanto pra ir almoçar.
O restaurante ficava a uns 10 minutos do prédio, então não seria demorado, mas resolvi m****r mensagem para ela pra ver se ainda estava lá, recebi a resposta um tanto revoltada logo depois e sorri.
-O que houve? - perguntou Gabriel.
-Juliana disse que vai pedir pro chefe do restaurante me preparar como prato principal se eu não chegar logo! - falei e ele começou a rir.
-Você havia combinado de almoçar com ela? - perguntou recuperando o folego da gargalhada.
-Sim, e ela está possessa de raiva por eu estar quase uma hora atrasada! - falei rindo, vendo ele estacionar o carro na porta do restaurante.
-Bom, pois ela pode se acalmar, você já chegou! - falou soltando o cinto e saindo do carro para abrir a parto pra mim. - Está entregue! - disse sorrindo.
-Obrigada, vê se toma cuidado hein! - falei o abraçando.
-Pode deixar, bom almoço! - falou me soltando e voltando pro carro, vi ele saindo e acenei.
Fui até a recepção e falei com a atendente que já tinha alguém me esperando, ela me guiou até a mesa e eu agradeci me sentando.
-Sabe que eu não estava brincando, né? Eu já falei com o chefe da cozinha, ele concordou em te cozinhar. - falou ela me olhando brava.
-Pra servir no jantar? - debochei e ela me mostrou o dedo do meio discretamente.
-Ah vá a merda! - falou baixo pegando o cardápio da mesa. - O que vai pedir? - perguntou sem me fitar.
-Acho que o de sempre, gosto do curry daqui! - falei e chamei o garçom com a mão.
Fizemos nossos pedidos e ficamos conversando enquanto esperávamos, eu estava muito cansada, minha cabeça pesava demais, mas pensava ser pela fome, então quando a comida chegou me animei e comemos.
Realmente, estava uma delícia e deu uma melhorada na minha dor de cabeça, saímos de lá depois de pagar a conta e fomos pro carro da Ju voltar pra empresa, pois ainda tínhamos que trabalhar.
Voltar pra empresa e começar a trabalhar freneticamente sem tomar um remédio foi uma péssima ideia, eu estava quase acabando os relatórios do projeto novo e morrendo de dor de cabeça, parecia que minha cabeça pesava uma tonelada, e eu queria apenas arranca-la fora.
Depois de mais uma hora trabalhando saí da minha sala a fechando, me despedindo do pessoal enquanto ia em direção ao elevador e olhava um pouco o celular percebendo que havia mensagens da minha mãe sobre uma festa ou algo assim, resolvi ignorar por enquanto. Entrei no elevador suspirando, realmente, é ótimo ter esse trabalho e tudo, mas parece loucura o tanto de trabalho que é preciso pra administrar uma empresa e suas filiações.
Cheguei ao primeiro andar e avistei Lima conversando com Marcos, Carlos e Renato, outros amigos e sócios nossos, ele parecia estressado com alguma coisa, ou estava cansado demais pra ser "carinhoso".
-Boa noite, rapazes! - falei ao chegar perto deles.
-Boa noite! - responderem se virando pra mim.
-Achei que já tivesse ido em bora, seu horário já passou! - falou Lima olhando o relógio.
-Eu quis terminar logo o projeto e a proposta para enviar para os sócios, já mandei tudo pra você aprovar, mas faça amanhã, vá pra casa! - falei calma.
-Ainda tenho umas coisas pra fazer. - falou.
-Eu não estou pedindo, Lima! - falei ficando séria.
-Olha, se vocês vão ter briga de casal, acho melhor sairmos. - falou Marcos rindo da cara que fiz.
-Eu concordo, inclusive, tenho certeza que ouvi meu telefone, tchau! - falou Renato saindo.
-Espera aí cara, deixa eu atender pra você! - falou Carlos saindo atrás dele, Marcos apenas sorriu.
-Vou tentar ver essa situação dos caminhões, Lima, não se preocupe. - falou ele e saiu indo atrás dos outros.
-Não trabalhe demais! - falei e o vi acenando em concordância. - Viu, ele pelo menos me obedece! - falei me virando pra Lima.
-É que no caso você é a chefe dele, e eu o seu! - falou um tanto irritado.
-Até onde eu sei, você é meu chefe dentro da empresa pelo tempo da minha carga horária, e como você mesmo disse, ela já acabou, ou seja, me trate como sua amiga, não empregada e não jogue suas irritações em cima de mim! - falei brava, dava pra ver que nós dois estávamos cansados.
-Desculpe, me desculpe, o dia hoje não foi dos melhores, e eu sei que o seu também não! - falou passando a mão no rosto e cabelos.
-Tudo bem, apenas, vá pra casa, seja lá o que aconteceu com os caminhões, podemos resolver amanhã! - falei o olhando calma.
-Está bem, vou apenas me desculpar com os rapazes, acabei gritando com eles por isso e sei que não é culpa deles! - falou cabisbaixo.
-Ótimo, que bom que não vou precisar brigar com você quanto a isso! - falei sorrindo.
-Você não é minha chefe! - falou me desafiando.
-Não sou, mas sou sua amiga, a mais sensata delas diga-se de passagem, e a única que pode jogar na sua cara o quão grosso pode ser por estar irritado! - falei vendo ele vacilar.
-Ok ok, você venceu! - ergueu as mãos em rendição.
-Bom, vá pra casa, amanhã nos vemos! - falei beijando sua bochecha e saindo.
Sai de casa depois de finalizar o expediente, tomei um banho um pouco mais demorado, comi uma comida que já tinha guardada na geladeira, tomei um remédio pra dor, li um pouco enquanto tomava um café, e fui dormir, amanhã teria que ajudar no problema com os caminhões, seja lá qual fosse, e já imaginava que teria que acalmar os nervos do pessoal, pra isso eu precisaria estar calma.
Dormi deitada de mau jeito na cama e nem percebi quando a música que coloquei pra tocar parou!
P.O.V Ana - 2032Bom, mais de uma semana havia se passado desde minha conversa com o Lima na recepção da empresa e as coisas estavam pegando fogo!Eu normalmente cuidava das gestão dos funcionários e da minha equipe principal que cuidava das gestão de entrega dos produtos, o problema é que havia acontecido uma coisa muito estranha com alguns caminhões de entregas que havíamos enviado pra Chiapas e Santiago no México, pois haviam sido encomendados para testes de vendas lá, mas nunca chegaram nas cidades que deviam.E claro, tudo aquilo recaia sobre nós, pois era de nossa responsabilidade que houvesse a entrega de tudo para que fosse começado a implantação da empresa lá fora, ou
P.O.V Ana- (ATUALMENTE)É acho que já deu pra perceber que minha família não é das melhores, e realmente, eu tinha vontade de internar meu tio em uma casa de reabilitação, mas não era tão fácil quanto parecia e eu não tinha cabeça pra forçar aquilo, pelo menos não naquele momento.Vocês devem estar se perguntando o motivo de ele entrar em uma discussão com a ex esposa e com a filha! O negócio é que minha prima é lésbica, e meu tio é do tipo de religioso que finge seguir os ensinamentos da bíblia e abomina a comunidade LGBTQI+!Por quê de eu dizer que ele finge? Bom, além dele ser um alcoólatra sem buraco, um revolta
P.O.V Ana - 2032 Brasília.CHAMADA ON--Oi, Guillermo! - falei sorrindo aliviada por ouvir sua voz.-Oh, Ana! Que bom ouvir sua voz, já faz tanto tempo! - falou se animando.-Concordo, sinto muito por não ligar, tenho estado bem carregada! - falei calma.-Ah que isso! Não tem problema, sei bem como é! - falou e pude ouvir um bocejo. - O que te fez me ligar? - perguntou gentil.-Um pesadelo, eu precisava conversar! - falei meio receosa.-Bom, então pode falar, sou todo ouvidos! - fal
P.O.V Ana-Quando finalmente cheguei em casa me senti tranquila, aquela loucura toda, o barulho incessante que eles faziam me trazia certa segurança, é incrível como há muito tempo eu tinha perdido a noção de que havia encontrado um novo conceito familiar, e o quão maravilhoso ele poderia ser!-Oi! Cheguei! - gritei enquanto fechava a porta e tirava os sapatos.-Aí galera, é a Ana, esconde a verdinha! - falou Davi aparecendo na porta com um pote de manteiga na mão.-Já falei sobre usar essas coisas dentro dessa casa! - falei dando um pescotapa nele.-Ai! Relaxa, sabe que a gente só usou uma vez,
P.O.V Ana-Estava sentada na cadeira do aeroporto esperando meu voo, que sairia uma hora atrasado por um incidente que ocorreu entre outros aviões no ar.Não que fosse um problema, mas eu confesso que não queria passar por todo aquele processo de me despedir, os outros três já haviam viajado horas antes e estivemos nos despedindo uns dos outros desde então, o que fazia parecer que nunca nos veríamos de novo, e essa possibilidade me perturbava.-Pode se acalmar? Daqui a pouco você fura o chão com o salto de tanto balançar a perna! - Lima falou começando a ficar nervoso também.-Desculpe, eu estou uma pilha de nervos, parece que vai ser pra sempre! - falei
AVISO Bom, esse capítulo é o primeiro de um especial de casais, que será feito em homenagem a umas pessoinhas, e este capítulo é dedicado a minha amiga que inspirou a personagem da Juliana, amo você! Segunda coisa, ele tem BDSM e pode trazer alguns gatilhos para algumas pessoas, então se você não se sente bem, ou não gosta, NÃO LEIA!
P.O.V Ana- (ATUALMENTE)Eu lembro da sensação estranha que tive ao pisar no México, eu sabia que seria estranho nos primeiros dias, mas a sensação que senti não era exatamente de saudade ou algo assim, eu acho que sentia medo, e bom, não era de se surpreender já que a cada metro quadrado tinha uma pessoa com uma arma, um jeito estranho de criminoso ou algo assim.Apesar disso, todos lá eram incríveis, era difícil não se encantar com as pessoas e suas histórias, a cidade era linda e tinha um clima quase espiritual!2032 - Chiapas, México.Quando eu desembarquei após vá
P.O.V Autora-Ana se encontrava sentada no sofá da sala tomando um café depois de chegar do trabalho cansada e estressada, nunca achou que fosse ser tão difícil lidar com aquelas pessoas, mas todos aqueles meses a faziam mudar de ideia quanto a isso!Seu foco não deveria ser esse, e sabia bem, pois havia acabado de falar com quem seria seu foco naquele momento.Ela se levanta ao ouvir batidas na porta, abre para que a outra passe e logo sorri ao vê-la tão estressada quanto si - o que não era difícil, já que entre os amigos a moça fosse conhecida como "explosivinha", devido seu forte temperamento.-Dá pra relaxar um pouco, é seu aniversário