O sangue jorrou, os gritos de Liam pareciam rasgar sua garganta, e eu me senti liberado.Esperei por alguns segundos, deixando-o soltar o sangue entre gritos de dor e palavrões que, para mim, eram como música para meus ouvidos. Permaneci sereno, com um sorriso nos lábios, apenas observando sua dor, até que o barulho começou a diminuir.O transmissor em meu ouvido ficou em silêncio por um tempo, parecia que, ao ouvir que eu havia começado a tortura, Roberto decidiu me dar espaço.-Como pôde me insultar dessa maneira depois de me oferecer amor eterno? – perguntei com sarcasmo.-VOCÊ ESTÁ LOUCO! – exclamou ele, desesperado.Arranquei a faca de sua virilha e o golpeei com força na cabeça, usando o cabo. Ele arregalou os olhos, tonto, e um filete vermelho de sangue começou a escorrer pelo seu rosto. Levantei-me de seu colo, pois ele parecia que ia ficar inconsciente e eu não ia deixar.Dei-lhe um tapa com toda a minha força e Liam pareceu reagir, continuou gemendo, gritando por aju
Os dias seguintes foram maravilhosos. Acordar ao lado do homem que amo, fazer meus exercícios e treinos, que não eram mais obrigatórios, mas haviam se tornado uma rotina para mim, sorrir o dia todo. Até o dia da sessão com o psicólogo, quando minha felicidade foi reduzida.-Mayra, como você está hoje?-Absolutamente e completamente feliz. – Respondi com um sorriso enorme.-Sim? Que bom, e posso perguntar por que você está tão feliz?-Finalmente consegui, me vinguei do Liam, fiz com que ele pagasse pelo que me fez, fiz com que ele sofresse tudo o que eu sofri. – Expliquei com muita animação.-E é isso que lhe traz felicidade.-Obviamente que sim. – Revirei os olhos.-E você acha que isso vai mudar alguma coisa?-Sim, pelo menos minha autoestima, para começar. – Afirmei.-Então é disso que depende sua autoestima, Mayra? De se vingar dos outros?-Não… Bem, não só disso. – Comecei a duvidar.-Você fez os exercícios que pedi para fazer, Mayra? As meditações, a busca d
-Bom dia! – gritei do patamar da escada, segurando-me no corrimão para que meu nervosismo não transparecesse.Todos pararam de gritar e imediatamente se viraram para me olhar. Desci as escadas devagar, graciosamente, como uma dama, mantendo uma postura formal.Ninguém disse nada, todos apenas me observaram descer, exceto o menino que ainda estava chorando. Cheguei à porta e parei na frente da mulher.-Prazer em conhecê-la, meu nome é Mayra.Hugo e Zoila, a governanta, olharam para mim com certa confusão, enquanto a mulher me olhava de cima a baixo com certo desprezo.-Acho que você é a nova amante do Roberto. – rosnei.-Você está enganada. – Levantei minha mão, morrendo de raiva internamente, mas escondendo-a. – Sou prima dele.-Bem, prima. – Ele acentuou a palabra com sarcasmo. – Vá ligar para o Roberto imediatamente, preciso falar com ele. – Ela exigiu, acenando pela primeira vez para o garotinho que chorava em seus braços. Aquela mulher era mesmo a mãe dele?-Isso é i
Assim que cheguei, Hugo saiu do meu quarto, Roberto não quis me dar muitos detalhes do que viria a seguir, o que me incomodou. Ele ficou no meu quarto o dia todo usando meu computador, a empregada trouxe a comida para o nosso quarto muito discretamente e eu passei o dia entediado.Quando a noite chegou, Hugo passou pelo meu quarto mais uma vez, conversou com Roberto por um momento entre murmúrios e saiu depois de um tempo.Eu estava de mau humor, que dia péssimo eu estava tendo. Eu estava tão ansiosa que alguém estava armando uma cilada para o Roberto, eu queria participar, me envolver mais no plano, ajudá-lo, mas as recusas do Roberto me deixavam bastante frustrada.-Sabe, eu não tinha percebido, até agora, que esta é a nossa primeira noite neste quarto.Roberto veio até a minha cama, onde eu já estava de pijama e deitada. Ele se sentou de um lado de mim, e eu me virei para o outro lado, de costas para ele, irritada.-Sempre achei que seria ótimo se fizéssemos amor em todos os
Roberto chegou à minha cintura, senti que ele parou, começou a abaixar minha calcinha e, enquanto a abaixava pacientemente, lambia a parte de tras das minhas pernas.Quando a calcinha foi jogada para fora da cama, ele se sentou levemente sobre minhas panturrilhas, agarrou meus quadris com as duas mãos, com força, e começou a lamber minha bunda.Eu estava perdida, o desejo estava tomando conta de mim, meus tremores e gemidos não paravam, eu estava até me curvando para dar a ele mais acesso à minha bunda para lamber mais.Roberto se levantou, ainda de barriga para baixo, abriu minhas pernas e se ajoelhou entre elas. Ele continuou lambendo e chupando, mas agora deslizando uma de suas mãos até minha barriga, inserindo os dedos em meu centro.Eu estava me movendo, balançando em sua mão, buscando mais prazer, eu queria mais, eu queria mais, minha mente estava começando a embranquecer e a sensação dele chupando minha bunda com mais força estava me excitando ainda mais.Ele abriu um pouc
Eu me escondi atrás da parede, não podia vê-los sem correr o risco de ser descoberto, então me concentrei em ouvir com atenção.-Não, senhor. Sei que era a última dose de soro que nos restava e que temos tido problemas para obtê-la ultimamente porque não podemos nos movimentar muito, mas como a mulher não queria falar e o senhor me pediu especificamente para não deixá-la ser tão maltratada pelo menino, não tive escolha. – Hugo.-E daí? Pelo menos você conseguiu algo bom com isso. – Roberto.-Sim, de fato a mulher foi enviada para cá, ela recebeu uma grande quantia em dinheiro, na verdade, o menino nem é filho dela, é sua irmã mais velha. – Hugo.-Sim, foi o que pensei. E quem a enviou? – Roberto.-Ela não sabe, eles não lhe deram os nomes, mas eu consegui uma boa descrição dos caras e acho que posso adivinhar quem foi. – Hugo.Esperei que eles mencionassem o nome, mas eles não disseram nada por um tempo, ou pelo menos baixaram a voz, decidi dar uma espiada, eles ainda estav
Era hora de falar, de confrontar Roberto. Depois de tudo o que ouvi sobre a conversa que ele teve com Hugo, eu estava mais confuso do que nunca e sabia que Roberto estava escondendo informações importantes de mim, eu tinha certeza, e ele demonstrou isso ainda mais graças à expressão de surpresa em seu rosto.-O que você está fazendo aquí? – murmurou Roberto, franzindo a testa.-Acho que é óbvio, eu o segui. – Cruzei os braços sobre o peito.-Vá para seu quarto agora mesmo. – Ele estalou ameaçadoramente, estreitando os olhos.-Você acha que eu vou embora só porque você mandou? – Levantei o rosto, arrogante.-Mayra…” Ele pressionou a base do nariz com o polegar e o indicador.-Chega de mentiras, Roberto! Estou cansada de tudo isso! – Levantei minha voz com autoridade.-Eu nunca menti para você. – Ele respondeu com firmeza.-Mas você esconde coisas de mim, o que é a mesma coisa. – Eu o rebati, apontando para ele – Agora, eu preciso da verdade, preciso de explicações.-E
Estávamos na estrada há várias horas, essa viagem foi a mais chata de todas, mas valeu a pena. Pelo menos valeu a pena ver a cara de fúria do Roberto quando entrei no carro com o Ivan, a pesar de eu ter pensado que ele ia fazer um escândalo, ele não disse absolutamente nada, acabou abrindo a porta que tinha aberto para mim, dando a volta no carro para ir para o banco do motorista e ligando o motor a toda velocidade, deixando uma nuvem para tras.Ivan me olhou sério, com certeza ele já sabia algo sobre o que havia acontecido naquela mesma manhã entre Roberto e eu, mas eu não me importava.Pensei muitas vezes em como abordar o assunto do mafioso italiano Don Marco com Ivan sem parecer suspeitamente curioso, mas não me ocorria nenhuma boa ideia, o tempo estava se esgotando, já estávamos perto da cidade e, embora eu não soubesse se aquele era o nosso destino, pelo menos tinha que ser uma parada segura.Então, decidi improvisar, na esperança de aprender algo que pudesse me ajudar.-Vo