82. Lua cheia

A lua cheia pairava sobre a floresta, derramando sua luz prateada sobre as copas das árvores. O vento sussurrava entre os galhos, e o som dos uivos preenchia o ar, como uma canção antiga chamando por mim. Eu estava ali, descalça sobre a terra fria, sentindo cada batida do meu coração se alinhar com algo mais profundo, algo selvagem.

Olhei para o céu, e a lua parecia pulsar. Meu corpo inteiro tremia, mas não de medo—era uma energia desconhecida, um fogo correndo pelas minhas veias. Quando abaixei o olhar, vi olhos dourados me encarando no escuro. Um lobo enorme, de pelo branco como neve, parado à minha frente. Seu olhar era tão intenso que me paralisou.

Ele se moveu em minha direção, e então percebi—não era apenas um lobo. Era eu.

A sensação me atingiu como um choque elétrico. Minha respiração falhou. Meu peito doía como se estivesse sendo rasgado de dentro para fora. Um uivo escapou da minha garganta sem que eu quisesse, e o lobo branco me olhou como se estivesse esperando algo.

De re
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