38. Medo e desejo

Elena Evans

O coração martelava no peito enquanto meus dedos insistiam na gaveta trancada. Empurrei, puxei, mas a maldita não cedia. Meu corpo inteiro tremia com a urgência de cada movimento. Era ali — eu podia sentir. As respostas que tanto buscava estavam ao meu alcance, mas o tempo parecia esgotar-se depressa.

O estalo suave do trinco da porta ecoou como um trovão nos meus ouvidos.

Meus pulmões congelaram.

Passos. Firmes. Determinados.

Ele estava voltando. Que droga.

Olhei desesperada ao redor. Não havia tempo para pensar, apenas agir. Atrás de mim, uma pesada cortina pendia sobre a janela. Corri para lá e me encolhi contra o canto mais escuro, escondendo meu corpo atrás do tecido grosso. O ar preso nos pulmões doía, mas não ousei soltar o fôlego.

A porta se abriu devagar.

Mason entrou.

Mesmo sem o ver diretamente, eu sentia sua presença, uma força crua que preenchia o ambiente, carregada de poder e tensão. A madeira do assoalho gemeu sob seus pés. Ele estava falando ao telefone, a
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