Mason BlakeA raiva fervia em meu corpo. Eu sentia cada músculo tenso, cada batida do meu coração acelerada. Não sabia se era pelo ciúmes, pela falta de confiança, ou se era a frustração acumulada de tanto tempo tentando manter tudo sob controle, mas eu estava com raiva de Elena. De tudo o que estava acontecendo, de como eu me sentia impotente diante da situação.Eu escutei a voz dela do outro lado da porta, frágil, quase implorando. “Mason, abre a porta, por favor.”Era como se o simples som da sua voz fosse uma lâmina, cortando ainda mais minha paciência. Ela não entendia o que estava acontecendo dentro de mim. Não sabia o quanto eu estava consumido pela dúvida, pela insegurança, pela sombra de uma realidade que eu não queria ver. Eu estava perdendo o controle, e isso me aterrorizava.Meu lado lobo estava tomando conta. O instinto, a necessidade de dominá-la, de marcar território. Mas eu não era só lobo. Eu era um Alfa, e isso significava ter controle, mesmo quando a raiva ameaçava
Elena Evans Após a demonstração recente de que as bruxas estavam por aqui, tudo ficou calmo. Mas calmaria não significava exatamente o que deveria. Calmaria significava o contrário, algo estava por vir.Atlas e Gabriel espalharam o boato de que desisti de quebrar o maldito véu, eu não sei se seria suficiente, mas logo Magnus apareceria. Eu tinha certeza disso.Se ele quisesse realmente concretizar seus objetivos, o Alfa desgraçado daria as caras.Estava tudo bem entre mim e Mason, eu sentia que nosso relacionamento estava cada vez mais sólido,apesar dos contratempos.Eu me perguntava.Já amou tanto alguém, que essa pessoa poderia te reconstruir ou destruir totalmente?Era exatamente isso que eu sentia por ele. E esse amor ultrapassava todas as barreiras.Eu daria a minha vida por Mason Blake.Os ômegas, que são um dos grupos mais fortes dentre os lobos, estavam se preparando para qualquer possível ataque. Enquanto isso, eu treinava sem descanso, seja em chuva, sol, neblina, eu preci
O ódio é uma chama insaciável. Ele consome, arde e queima tudo em seu caminho, deixando apenas cinzas.Eu estava sendo consumida por ele.Desamarrei as cordas que prendiam a minha falsa irmã e a segurei, de modo que não pudesse se soltar."Para onde você está me levando?" ela arqueou a sobrancelha."Manti o silêncio."Tínhamos um acordo Elena. Eu ajudaria vocês com os pontos fracos de Magnus, e você me soltaria."Eu a segurei pelo cabelo, fazendo com que ela me encarasse."Isso foi o que eu quis que você pensasse."disse. "Jamais soltaria você, você é ardilosa, traiçoeira, e na primeira oportunidade iria nos trair."Dirigi até o ponto de encontro sem pensar duas vezes, sentindo o gosto amargo da vingança na ponta da língua. Eu não queria apenas derrotar Evangeline. Eu queria vê-la sofrer. Queria que ela entendesse, por um segundo que fosse, o que era perder tudo de valioso que se tinha.A coloquei no fundo do carro. O que me deixava em vantagem, era que evangeline estava fraca, sem a m
Mason Blake.O silêncio entre nós era ensurdecedor.Elena tinha acabado de dizer algo que mudou tudo. Absolutamente tudo.Eu sentia meu coração martelando no peito, um ritmo violento que não combinava com a máscara de controle que eu tentava manter."O que você disse?" Minha voz saiu grave, quase um rosnado.Ela ergueu o olhar, firme. "Magnus precisa do meu sangue até a morte para despertar o Primeiro Lobisomem."Minha mandíbula se contraiu. O ar pareceu ficar pesado ao redor de nós. Eu sabia que Magnus queria poder, mas isso... isso ia além de tudo que eu poderia ter imaginado.Ele sempre soube. Sempre soube que Elena não era apenas uma peça importante. Ela era a peça final.Minha mente processava tudo rápido. Se ele chegasse a ela... se o sangue dela fosse derramado até a última gota...Eu jamais deixaria isso acontecer."Você devia ter me contado antes," minha voz saiu baixa, carregada de fúria contida."Eu precisava ter certeza," Elena rebateu, cruzando os braços. "A bruxa disse q
Mason BlakeDepois do acontecimento de ver o corpo de Evangeline jogado a nossa frente, os ânimos da alcateia precisavam ser acalmados."Está tudo bem, voltem para suas respectivas tarefas, por favor." eu rosnei."Os lobos ainda observavam aquela cena, e Evans estava encarando aquilo perplexa. Magnus não apenas matou Evangeline. Ele queria que ela sofresse.Marcas de garras em seu pescoço eram possíveis de ser observadas, seu corpo estava com marcas. E por um momento, eu me senti aliviado de não ter que lidar com essa mulher que nos causou tanto mal.Mas Elena não parecia sentir isso.Seu coração era puro, genuíno, por mais que Evangeline tivesse destruído a sua vida, ela não conseguia se sentir vitoriosa."Gabriel."chamei o beta." Peça que recolham esse corpo."Ele assentiu. Então a minha única reação foi afastar Elena de lá. Eu a seguro a levando para longe da matilha, ouço o farfalhar das árvores e nenhuma palavra sequer vindo dos lábios dela.Sua pele está fria.Até que ela se s
Elena Evans.A floresta ao redor parecia prender a respiração enquanto avançávamos em silêncio por ela. O solo úmido abafava os nossos passos,mas os lobos rugiam e uivavam a procura de um dos nossos. Cada sombra entre as árvores parecia se mover, cada rajada de vento parecia carregar um sussurro de perigo.Mason caminhava à frente, seu olhar fixo no horizonte escuro. O grupo de elite se movia em sincronia perfeita, os olhos atentos a qualquer sinal de emboscada. Eu sentia o coração batendo acelerado, mas não era apenas pelo perigo da missão. Havia algo mais. Algo dentro de mim que parecia... vibrar. Como um fio invisível sendo puxado, chamando por mim."Não era para você vir, eu cuido desses problemas." Mason uiva.""Eu vou precisar fazer algo bem pior que vir em uma floresta atrás de um lobo, e você sabe disso.""Temos uma filha. Se algo acontecer a você, eu não irei me perdoar Evans.""Se eu não participar disso, nossa filha ficará sem mãe de qualquer jeito." ponho a mão em seu ombr
Mason BlakeA mulher adentrou a nossa casa e observou Elena, que parecia estar imersa em pensamentos distantes."Ela está assim desde que voltamos da floresta." eu disse enquanto encarava Elena.""Elena está em transe, o véu está a chamando.""E o que isso significa?"arregalei os olhos.""Significa que vocês precisam acabar com isso logo, Alfa. As outras bruxas estão ajudando Magnus nisso, pois elas querem poder, um poder sujo, que só o primeiro lobisomem pode fornecer. Mas isso causaria mal a todos.""Como sei se posso confiar em você?"minha mandíbula estava tensa."A mulher, de codinome, Silvia, me encarou de volta."Está no seu direito, minha descendência não vem sendo muito honesta ultimamente, mas eu quero que esse véu seja quebrado o tanto quanto com vocês."Eu não acreditava em nada que saia de sua boca, até que ela mencionou o real motivo de querer tanto nos ajudar a quebrar o véu."Eu realmente era amiga da falecida Evans, e ajudei ela e Elena a fugirem. Mas o real motivo, é q
Elena EvansEncaro um dos únicos vestidos que ainda me cabiam enquanto eu estava grávida de Melissa e sorrio. Enquanto eu dobrava as pequenas roupas da bebê, eu encarava a janela me perguntando pela milionésima vez como eu faria o que devo fazer.Me recordo do quão aconchegante era quando ela estava em minha barriga, eu sentia que podia a proteger de toda a maldade deste mundo e de Magnus.O nome fez revirar meu estômago.Guardei as roupas que recolhi do varal, eu me sentei no sofá, e folheei meu livro. Frustrante.Nada de bom saia. Eu não conseguiria escrever, talvez não fosse tão boa escritora como a minha mãe.A minha cabeça só conseguir focar na situação que eu tinha diante de mim. Hoje,iriamos até o cemitério, hoje eu quebraria finalmente esse véu.Jogo o notebook para longe e pego o diário da minha mãe que estava na penúltima gaveta do pequeno armário a minha esquerda. Eu nunca mais o li.Retiro o marcador da página onde eu havia parado, e começo a ler um pequeno trecho.Elizab