Rapidamente o garoto foi levado para a enfermaria da escola até que a ambulância chegasse, lá recebeu os primeiros cuidados da enfermeira, Sra. Mercedez, muito experiente, constatou a torção no tornozelo que estava muito inchado e roxo, então ela colocou uma tala para imobilizar até chegar ao hospital, havia a possibilidade de fratura devido ao estalo que os garotos ouviram no momento do acidente e ela percebeu também que Tom estava debilitado, talvez sofresse de uma possível anemia, o que seria a explicação para o desmaio,. Pouco tempo depois chegou a ambulância, Tom estava retomando a consciência e bastante atordoado, mas seu batimento cardíaco e pressão estavam estáveis, colocaram ele na maca em seguida na viatura e seguiram para o Hospital Municipal da Vila Matilde, as sirenes soavam no ritmo da velocidade da ambulância.
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Quinze dias se passaram até a retirada do gesso, Thomaz aos poucos vai apoiando o pé para andar, com cautela e um medo normal após o trauma. Foram dias difíceis, não fosse a presença da família e de Gabriel para lhe dar força e fazê-lo sorrir, certamente o garoto teria entrado em depressão. Ele já estava conformado de que não entraria mais para o time de futebol da escola, que, aliás, já estava formado e na próxima semana iria fazer a primeira partida do campeonato interescolar. Alguns poucos dias depois e Tom já consegue andar sem apoio, porem ainda sentia receio de correr. Na verdade ele já está pronto para iniciar alguma atividade física moderada, por ser jovem a recuperação é rápida. Na escola as pessoas evitam no assunto com ele, o tratam como se n
_Eram mendigos? – Gabriel cortou a história. _Não! Eram pessoas normais, mas que enfrentavam algo muito horrível, eles sofriam muito. _Talvez fosse uma guerra? – Gabriel novamente interrompe. _Sim, acho que era uma guerra, mas não como as que conhecemos, era uma guerra diferente, como se a humanidade estivesse acabando. – Tom respira fundo, com as mãos em palmas ele coloca entre as pernas e se encolhe. _De repente essas pessoas começaram a me pedir ajuda, eles esticavam as mãos, como se eu pudesse ajuda-los. _E você não podia? _Como poderia?
Na manhã de sábado, ainda muito cedo, por volta das cinco horas, o sol nem havia contemplado o dia, mas a campainha da casa passou a gritar incessantemente. Regina resiste em despertar, luta contra o travesseiro, se estica de um lado da cama, se encolhe do outro. A campainha é incansável, parece entrar no meio do cérebro dela que está a um ponto de estourar e ver seus miolos espalhados na cama, ela se estica abruptamente socando a cama e grita. _Já vai! – Após gritar sentiu um grande alívio, sua mente relaxou e a campainha parou. Lentamente a mulher ia se levantando da cama, enquanto vestia seu hobby surge na porta do quarto Aninha, toda torta com os cabelos em pé e esfregando os olhos. _O
Todos se encontraram na divisa entre a água e a areia seca, Gabriel olhou rapidamente para os olhos de Regina, mas não falou nada, seguiu em frente, escutou Tom dizer algo para Aninha, porém estava tão impressionado com o que presenciara que não fez força para entender o comentário entre as crianças. Em seguida Regina cruzou com Alejandro, este sem papas na língua e sem modos não escondeu sua surpresa com a beleza da mulher. _Estás mui bela senhorita! – O ticano falou encarando e medindo Regina da cabeça aos pés. _Obrigada! – Regina respondeu de forma seca e seguiu em frente. O ticano ainda ficou por ali um tempinho, admirando a beleza singular de Regina com cara
O dia amanhece com o sol majestoso invadindo o apartamento, e o mormaço esquentando o ambiente, logo as crianças estavam em pé ansiosas para aproveitar o dia, o ticano surge com seu “modelito” cafona de praia e Gabriel está sentado na sala em silêncio observando a movimentação da turma, ele sabe que este dia é especialmente fundamental para Tom, um presente de despedida, porém nem mesmo ele como ser celestial tem certeza do que poderá acontecer no futuro. Regina surge pelo corredor elegantemente com traje de praia, um biquíni que valoriza suas curvas e uma canga presa na cintura, carrega uma bolsa de sisal e na cabeça um chapéu de buriti muito elegante que juntamente ao óculos escuro transforma a dona de casa em uma verdadeira celebridade, apesar de todo o charme ela se mantém uma pessoa simples, como sempre foi, naturalmente bela.&nb
“_Olha Gabriel, lá embaixo, um pouco á sua direita, tem um homem viúvo, de boa índole... – antes que o cupido continuasse foi interrompido por Gabriel.” “_Aquele careca de barbicha grisalha? – Gabriel estava indignado com as opções passadas pelo cupido.” “_Isso! – Por sua vez, o cupido Lucas não levava em consideração a idade, condição física, apenas a compatibilidade de caráter que poderia fortalecer a relação entre os possíveis casais.” “_É um idoso, logo a Regina vai ter que trocar as fraldas dele. – Gabriel está irritado. _Pelo amor de Deus cupido, me diz que ainda temos &
Cinco horas da manhã de segunda feira, á noite houve uma mudança na temperatura, o tempo está gélido e no telhado do quarto de Gabriel a garoa bate fazendo um som relaxante, convidativo para manter-se embaixo da coberta. De repente um estrondo dentro do quarto faz Gabriel saltar da cama com os olhos arregalados de susto, ao pé da cama está o cupido, flutuando, ao materializar no quarto desastradamente ele batera com a cabeça no lustre estourando uma das duas lâmpadas. O anjo percebeu imediatamente que se tratava de Lucas pelo tamanho da silhueta que pairava flutuando próxima a cama, o fato de o cupido ter quebrado a lâmpada do lustre, foi apenas a assinatura de confirmação de quem se tratava. _Meus Deus! – Gabriel demora alguns segundos para entender o que está acontecendo. 
Até o fato acontecer, Tom sentia uma felicidade que nunca sentira antes, estava ansioso para contar á sua mãe a novidade e agradecer ao seu amigo Gabriel, agora ele estava abalado, os sentimentos de horror e felicidade de conflitavam dentro de si, primeiro o prof. Mateus deixou Jonas na casa dele, e conversou com a mãe do garoto deixando-a horrorizada com tudo que lhe contaram, abraçou seu filho e chorou de felicidade por ele estar bem, em seguida foi a vez de Tom ser deixado em sua casa, Mateus parou o carro em frente a residência de número 295, Tom desceu do carro e entrou em casa chamando por Regina._Mãe! Mãe!Regina estava terminando o almoço e se surpreendeu com os gritos._O que houve Tom? Você está bem?Ele agarrou a mão de sua mãe e deu um abraço longo nela. Regina ficou sem entender nada, ainda segurando a mão dela ele a puxou para fora