A voz simultaneamente surpreendida e encantada tinha vindo de um homem de meia-idade que se levantou assim que a viu.

"Já passou realmente algum tempo, tio!" respondeu Xavia com um ligeiro aceno de cabeça.

"Humph! É como se costuma dizer. Quando se é pobre, ninguém o procura mesmo que se esteja a viver numa cidade movimentada! Quando ficares rico, porém, mesmo o mais distante dos parentes virá a correr ao teu encontro, mesmo que estejas a viver no meio de uma floresta! Pergunto-me se esse ditado se aplica a um certo parente meu que, por acaso, ouviu dizer que a Sião da minha família acabou de ser promovida!" ridicularizou uma mulher sentada num dos sofás - antes de mostrar um sorriso frio enquanto continuava a descascar uma laranja.

Ao ouvir isso, vários dos outros jovens homens e mulheres na sala revezaram-se a olhar para Xavia de forma desdenhosa.

"Há tanto tempo que a sua maneira de falar nunca muda, pois não, tia? Agora que penso nisso, este era também o lugar onde gozavas e enver