Quando conversamos sobre casamento e virgindade em uma das noites em que estávamos juntos, eu disse que essa escolha vinha comigo desde quando eu era criança. Meus pais nunca foram rígidos demais quanto a isso, até porque se não fosse assim, eles jamais me deixariam vir para a cidade grande morar sozinha. E mesmo assim, morando sozinha e tendo conhecido outros homens, eles nunca chegaram a me tocar dessa forma. Eu continuava pura, mas... O Yann estava me fazendo desistir dessa ideia de casar virgem... E quando estava prestes a me deixar levar e sentir os prazeres que aquele homem poderia me dar, ouvimos meus pais chegando. Fiquei vermelha na hora, a vergonha me tomou conta, enquanto o Yann abotoava sua camisa de volta... Espero que eles não pensem que... bem... não pensem no que estávamos quase fazendo. Ajeitei meu vestido, meus cabelos e verifiquei se o batom estava muito borrado, e então depois de pronta eu abri a porta. — Mãe, pai! Ah que bom que vocês já chegaram! — Disse os
Meus pais estavam tagarelas, não paravam de contar ao Yann sobre minha infância e minhas travessuras por aí... tinha algumas que eu nem queria que ele imaginasse! Como a vez em que eu fiz xixi na cama de uma amiguinha da escola... poxa, ele precisa saber disso? O que o Yann fez foi rir, é claro, enquanto eu reclamava com meus pais, que riam também. É um complô contra mim! Eu estava sentada ao lado do Yann, olhando pela janela a noite iluminada pelas luzes dos postes, e os vários carros na estrada. Estava tocando um música baixinho, eu não sei qual era, mas tinha uma pegada festiva, com uma batida que com certeza ficaria muito tempo martelando na minha cabeça. Quando reconheci o caminho e vi que estávamos próximos a chegar, senti minhas pernas se arrepiarem, e engolindo em seco, vi a casa dele ao longe... — É lá, vocês já conseguem enxergar daqui. — Yann apontou para frente, aos meus pais. — Espero que vocês se sintam em casa!
— ESCUTEM! — Yann gritou. — ESSA CASA É MINHA! — Ele falou pausadamente e alto. — Mãe, por favor, essa agora é a minha família também e eu E-XI-JO respeito! Senti meu corpo arrepiar ao vê-lo tão sério... É estranho eu achá-lo extremamente atraente agora? Provavelmente... — Por favor, eu não vejo como continuar com esse jantar agora... — Ele colocou a mão na testa. — Então... eu vou levar os pais da Rachel para casa e... quando eu voltar, quero estar sozinho... por favor. Engoli em seco... que peso... isso tudo era por minha causa... mas o que falta em mim para que a Ciella goste de mim? O senhor Joongi prensou os lábios concordando, com uma expressão meio triste, mas entendendo. E tocando no ombro do Yann, ele fez a mesma expressão do pai. Então ele foi em direção a porta, e logo em seguida foram a irmã dele e o noivo que até agora eu não vi pronunciar uma palavra. Então a Ciella... ela ergueu a cabeça e fez uma cara como se perguntasse se ele estava mesmo fazendo isso, e da mes
Fiquei quietinha na minha cama, como se estivesse dormindo mesmo, e ouvi ele trancando a porta... senti meu corpo arrepiar com isso... Então eu ouvi um barulho de roupas... ele estava tirando alguma coisa? Então finalmente senti a coberta ser levantada, eu estava deitada de lado, de costas para ele, então não conseguia nem ao menos espiar para saber o que ele estava fazendo. Mas eu o ouvi suspirar enquanto permanecia com a coberta levantada antes de deitar... ele estava me olhando...Finalmente senti ele deitar e se encaixar em mim, fazendo a conchinha mais gostosa do mundo...Sua mão passou pela minha cintura, embaixo da minha blusa... me causando um arrepio forte pelo corpo... Me aconcheguei mais perto do corpo dele, sentindo seu rosto se fundar no meu pescoço... ah como era bom tê-lo pertinho assim... — Eu sabia que não estaria acordada... — O ouvi dizer com sua voz grave no meu ouvido... Paralisei por alguns seg
Pii pii pii pii - pii pii pii pii Quando abri os olhos naquela manhã de sexta-feira ensolarada, senti imediatamente meu coração acelerar e a euforia me tomar por inteiro! É amanhã... É amanhã! Meu casamento finalmente é amanhã! Meu Deus...Quando finalmente acordei dos meus pensamentos animados, percebi onde estava. Por um momento eu tinha esquecido que estava na casa do Yann e que, inclusive, ele estava dormindo comigo. Ele está dormindo comigo? Droga, já amanheceu, e se meus pais acordarem e virem? Subi um pouco o corpo, vendo que o braço do Yann estava em cima de mim, ele estava de bruços dormindo com o rosto perto ao meu ombro... ah que visão...Que homem lindo... eu gostaria de ficar o dia todo aqui... ainda bem que essa será a minha realidade em poucas horas! Tirei o braço dele cuidadosamente de cima de mim, e me levantei pegando minhas coisas pra ir tomar um banho... acho que eu deveria acordá-lo, ele deve es
— Que isso? Quem te autorizou a entrar na minha sala? — Perguntei franzindo o cenho.Vi ela soltar uma pequena risada nasal, cruzando os braços.— Sua sala? É... realmente... eu te subestimei... Vi ela dando alguns passos ecoando aquele salto pela sala. Fiquei de pé pronta para mandá-la embora, mas ela abriu a boca pra falar de novo:— O Yann não está aqui? Onde está o verdadeiro dono, dessa sala? — Ela disse dando ênfase na palavra dono. — Que eu saiba ele ainda não consegue se tornar invisível. Caso não tenha percebido, ele não está na nossa sala. — Falei dando ênfase na palavra nossa. — O que você quer? — Falar com você, queridinha... quero dizer o quanto eu estou impressionada com toda essa atuação sua! Você deveria ganhar um prêmio, sabia? — Ela dizia se aproximando de mim. Franzi o cenho de novo, sem entender que história era essa. — Bem que a Ciella tinha razão sobre não gostar de você, golpista... — Olha aqui Mirella, já que você não se tocou ainda, eu tenho muito trabal
Senti todo o meu corpo se arrepiar da cabeça aos pés, e uma dor tremenda na ponta dos dedos das mãos... além de uma dor no peito indicando um começo de um ataque de ansiedade... Comecei a respirar aceleradamente, e colocando a mão no meu peito, me escorei na minha mesa sentindo uma forte vontade de chorar... Não... isso não pode ser verdade... O Yann não faria isso comigo... Mas como ela iria descobrir essas coisas? Como ela saberia que tinha três meses no início do acordo? ... não... não não...Ninguém mais sabia a não ser eu e o Yann... ah... O Yann não iria me trair... ele não... — Rachel, preciso que você pegue aqueles relatórios que a Ana entregou semana passada e lance no sistema para... Rachel? O Yann estava ali... eu nem tinha... Reparado...— Ei, meu amor... você não está se sentindo bem? — Levantei o rosto vendo ele se aproximar de mim, levantando meu queixo.Olhei bem nos olhos dele, engoli em seco enquanto sentia meu coração disparado, e perguntei:— Como a Mirell
Eu não sabia direito pra onde andar naquele prédio... Ao sair daquela sala, parece que tudo ficou estranho, as pessoas começaram a parecer apenas sombras andando para lá e para cá, e eu já não conseguia ouvir suas vozes, seus passos, nada... Estava sentindo meu coração disparado, e minha respiração acelerada... coloquei a mão no peito, fechei os olhos e tentei respirar fundo... eu precisava sair dali. Fui direto para o elevador, e apertei o botão para descer. Enquanto fazia isso, ouvi o Yann falando alto o meu nome, tentando me fazer esperar. Apertei mais vezes, segurando ao máximo minhas lágrimas...O vi correr na direção do elevador, e quando ele estava perto, vi as portas começarem a sr fechar, porém, ele colocou o braço empurrando a porta, a fazendo abrir de novo. Eu logo o empurrei quando vi que ele entrou, e me virei pra sair do elevador e procurar outra saída, mas ele me segurou de volta me colocando contra a parede do elevador, enquanto dessa vez as portas se fechavam de