Lívia Albuquerque
Cheguei em casa e já era oito e meia, tinha meia hora pra me arrumar até Jason vir me buscar... tomei um banho bem rápido e fui escolher uma roupa, por sorte tinha um vestido que ganhei de uma amiga da tia Lucy. Ele era muito lindo, mas nunca tive a chance de usá-lo, é de cetim, florido e vai um pouco acima do joelho, seria ideal. Passei uma chapinha bem rápida e um batom vermelho. Calcei uma sandália de salto e estava prontíssima.
- Onde vai você Lívia? Pergunta tia Lucy na porta do quarto me encarando curiosa.
- Vou sair... respondi dando de ombros.
- Isso eu sei, quero saber é pra onde é com quem! Ela diz preocupada.
- Vou jantar com um cara, pode ficar tranquila... respondo sorrindo, tia Lucy sempre gosta de saber onde eu vou e com quem coisa de mãe protetora!
Ele é seu namorado?
- Claro que não eu jamais namoraria alguém como ele de verdade! Digo firme até me tocar de como saiu isso.
- O que, como assim? Ela pergunta sem entender.
"Isso, parabéns Lívia!"
- Deixa pra lá tia Lucy vou lá pra fora esperar por ele, fique com Deus... beijo seu rosto.
Assim que abro a porta dou de cara com ele e minha nossa como ele está lindo!
- Você está incrível Lívia! Ele diz me observando dos pés à cabeça.
Sinto minhas bochechas corarem ficar vermelhas.
- Obrigada... respondo baixo tentando me livrar de seu olhar.
- Pensei que ia falar que eu também... ele parece decepcionado com certeza todas devem se jogar aos seus pés, mas eu não sou uma delas.
- Vai sonhando... sorrio...
Eu não ia falar em voz alta, mas ele estava realmente muito bonito. Uma calça preta rasgada e uma camisa branca que o deixava incrivelmente sexy.
Retiro esses pensamentos e pergunto... para onde vamos?
- Ao restaurante "Whend Fisck" conhece?
- Não!
- Vai amar! Foi a última coisa que que disse antes de dar partida no carro.
Então chegamos! Diz Jason...
Ele sai do carro e abre a porta pra mim, em seguida pega minha mão, mas me afasto.
- Por que fez isso? Pergunto desconfortável com o seu toque...
- Estamos fingindo ser namorados ou se esqueceu? Ele devolve a pergunta em um tom rude.
- Na verdade sim... respondo revirando os olhos e pego em sua mão.
"Não vai ser fácil me acostumar com isso".
Na porta havia um fotógrafo...
- Jason... o chamo baixo.
- O que? Ele responde no mesmo tom...
- Por que tem um fotógrafo aqui? Eu estava com medo, não queria encarar a mídia assim tão cedo!
- Eu não sei, apenas sorria, ok?
Faço o que ele pediu e paramos pra uma foto... Jason se aproxima mais de mim e passa seu braço pela minha cintura e sorrio pra foto.
- Obrigado! Agradece o fotógrafo.
Assim que entramos fico encantada com o restaurante é muito bonito e sofisticado.
- Olá Sr. Jason sua mesa é bem ali... me acompanhe por favor... diz um garçom vindo até nós.
Ele nos leva até a nossa mesa e Jason puxa a cadeira pra que eu possa sentar.
"Pelo menos em público ele é um cavalheiro".
- Aqui está o cardápio da noite, qualquer coisa é só chamar... ele fala e sai nos deixando a sós.
Fico sem saber o que conversar com ele até ele falar...
- Tenho que te passar algumas coisas sobre o nosso acordo.
- Pode falar... respondo colocando as mãos sobre a mesa e fitando atentamente.
- Você não pode se envolver com ninguém durante o tempo que estivermos fingindo esse namoro.
- E posso saber o porquê disso? Decido perguntar mesmo sabendo que não teria chance de ter um relacionamento de verdade por agora.
- Porque não quero ser taxado como corno! Ele diz com um sorriso crítico... simples...
Reviro os olhos.
- Está bem e quanto tempo isso vai durar?
- Minha família vai ficar alguns meses aqui, acho que uns cinco a seis, meu pai quer ficar a par de tudo que envolve a empresa e tem muito tempo que não nos vemos... ele explica desviando seu olhar dos meus e folheando o cardápio.
- É muito tempo Jason não sabia que seriam meses... digo incrédula pela falta de senso dele em não ter me comunicado esse pequeno detalhe antes, que seria talvez uma ótima razão pra eu não ter aceitado nessa furada.
- Lívia o acordo há está feito! Todas as dívidas do orfanato foram quitadas eu fiz minha parte, agora cabe a você fazer a sua... ele diz deixando o cardápio de lado e lançando um olhar furioso.
"Meu Deus, que burrada eu fiz em aceitar isso".
- Quando a minha família for embora terminamos e cada um segue sua vida, simples!
"Simples pra você, idiota!"
- E tem mais uma coisa, você não pode falar pra ninguém desse acordo... será somente entre nós, estamos entendidos? Ele pergunta sério...
- Sim Jason, mas agora não vou falar as minhas condições... falo me endireitando na cadeira.
- Diga!
- Nós não vamos ter nenhum tipo de relação sexual, durante esse tempo...
- O que? Mas porquê? Está louca? Ele pergunta indignado o que é até engraçado, pois já deveria saber que eu não iria pra cama com ele, no entanto, como não foi assim, adorei cortar o seu barato.
- Isso mesmo que você ouviu, não tem necessidade de transarmos, devemos nos passar por um casal apaixonado somente na frente das pessoas quando estivermos sozinhos não quero que me toque.
Jason fecha a cara e responde.
- Está bem!
Sorrio vitoriosa...
- Vamos pedir então estou faminta... digo procurando pelo garçom com os olhos.
Jason chama por ele que bem até nossa mesa e anota nossos pedidos saindo logo em seguida nos deixando novamente.
- Temos que nos conhecer, meus pais vão perguntar várias coisas e não sei nada de você... Jason diz nos servindo vinho que o garçom nos trouxe.
- Tenho 25 anos, nasci e cresci aqui mesmo em Nova York sou formada em jornalismo e moro com minha tia Lucy só isso... respondo dando de ombros.
- Creio que já sabia muito sobre mim... ele diz.
- Nem tanto, mas não quero saber acho que seja necessário pelas fofocas... respondo friamente.
Jason revira os olhos.
- Me fale então sobre sua família... por que não mora com seus pais? Ele pergunta demonstrando curiosidade.
Abaixo o olhar... odeio falar desse assunto.
- Eu não tenho pais eles morreram em um acidente de carro quando eu tinha dez anos, desde então fui criada pela minha tia Lucy.
- Sinto muito... ele tenta me confortar, mas sem resulto.
- Já faz muito tempo, mas a saudade nunca vai embora... deixo uma lágrima cair.
Falar nos meus pais é meu ponto fraco...
Jason que estava calado se aproxima de mim e alisa meu rosto.
- Eles não iam querer ver você chorando...
Olho pra ele e nosso olhares novamente se encontram depois de um tempo assim parados só nos encarando voltamos a nos conhecer até que nosso pedido chega!
Jason me contou um pouco sobre a sua família enquanto comíamos... sua mãe se chama Thays e seu pai Lion e seus avós que também viriam passar um tempo aqui, Ananda e Jordan.
Depois que jantamos o clima ficou meio estranho estávamos sem assunto então pedi a ele que me levasse pra casa... nos despedimos e ele disse que me mandaria mensagem quando seus pais chegassem pra me apresentar pra eles.
Será bem tenso fingir algo que na qual não queria nem estar com ele, seu que ele é bonito mais as fofocas sobre ele me faz não querer estar com ele por ser um cara que leva qualquer uma pra cama e que eu só seria uma, porém terei que fingir bem não é mesmo afinal acordo é acordo!
Simples assim...
Clarck JasonEu já devia imaginar que a dona certinha não ia querer ir de fato, pra cama comigo, pelo menos não tão cedo, por enquanto vou ter que me contentar com apenas beijos e demonstrações de carinho em público, mas ter Livia em meus braços se tornou um jogo e eu sei que vou ganhar.Por incrível que pareça, nosso jantar foi até agradável, quanto mais ela contava sobre si mais intrigado eu ficava. Quando me contou sobre seus pais eu pude ver o quão machucado seu coração estava, apesar de se passar por durona na maior parte do tempo ele sentia falta deles e com certeza deve ser desesperado perder os pais ainda criança e crescer sem ambos.Enfim, depois que a deixo em sua casa parto para o meu apartamento e antes mesmo de eu entrar meu telefone toca, era Marcelo...- Oi, atendo!- Parti
Livia Albuquerque Quando Jason sugeriu treinar o beijo para não me pegar desprevenida perto de outras pessoas eu tentei recusar, mas ele estava tão certo do que queria, não tinha como saber minha reação... então seria mais fácil que o nosso primeiro beijo fosse assim, sem ninguém por perto.Minha respiração estava bem acelerada, rezava a Deus para que ele não notasse meu nervosismo, suas mãos seguraram meu rosto, não pude evitar em olhar pra ele e foi nessa hora que não quis mais relutar, eu queria de fato beija-lo apesar de que nunca admitira isso em voz alta.Não posso negar que ele não vale nada, mas sentir uma pequena atração por ele, acredito que isso não queria dizer nada, não é?Afinal realmente ele é lindo, mas eu não quero admitir isso, até porque
Lívia AlbuquerqueAcordo e vejo que Jason não estava lá no quarto vou ao banheiro e coloco meu vestido em seguida desço e vejo sua avó Ananda junto de Thays na sala.- Bom dia querida! Diz minha sogra ao me ver e vem na minha direção pra mim abraçar.Cumprimento às duas e por fim, pergunto.- Onde Jason está? Preciso que ele me leve pra casa.- Ele saiu com meu marido e meu pai, disse que voltava logo... Thays explica voltando a se sentar...- Tudo bem... digo e abraço meu corpo.- Quer tomar café? Pergunta Ananda gentilmente.- Obrigada, mas acordei sem fome... recuso.- Por que tem que ir embora tão cedo Lívia? Dessa vez foi Thays quem perguntou.- Vai ter uma aniversário surpresa no orfanato onde traba
Clarck Jason"Ual, quando ela não é perfeita?"Esse é meu pensamento quando bato meus olhos em Lívia.- Oi meu amor... digo me aproximando e deixando um suave beijo em sua testa.- Oi amor, deixe-me eu te apresentar minha tia... ele se aproxima da senhora que nos olhava atentamente... tia Lucy esse é Jason e Jason essa é minha tia.Me aproximo e digo:- É um prazer conhecê-la senhora Albuquerque.Lucy é uma senhora de aparência agradável tem cabelo loiros e seus olhos são azuis como de Lívia...- O prazer é todo meu e pode me chamar apenas de Lívia querido... Lívia sorri e me abraça carinhosamente.- Vamos?
Lívia AlbuquerqueEu não sabia porque tinha aceitado sair com ele, mas lembrar do que perdi e do que já passei me fez querer esquecer tudo e me afogar em um copo de bebida. No entanto passei dos limites, não estava nos meus planos ficar tão bêbada e muito menos beijar Jason.Onde vou enfiar minha cara depois disso?Quando o efeito do álcool passar vai ser dureza e como se já não bastasse vamos aparecer em todos os jornais, revistas e sites de fofocas amanhã.Enquanto voltamos para o apartamento de Jason ele permaneceu todo o percurso em silêncio eu notei que seu lábio sangrava levemente, apesar de ter dado uma boa surra no outro cara e acabou levando alguns socos também.Queria perguntar como ele estava, mas decidi ficar na minha o resto do caminho.Quando chegamos tia Lucy e os pa
Clarck JasonAssim que cheguei em casa fiquei com medo de contar para meu pai que me meti em outra briga e perder a presidência da empresa, mas ele pareceu entender que foi por uma boa razão.A caminho para casa de Lívia fomos todo o caminho em um completo silêncio? nem mesmo a sua tia conversou... assim que chegamos sua tia se despede de mim e nos deixa a sós e pela primeira vez eu não sei o que dizer, nem mesmo nenhuma brincadeira para irritá-la então nos despedimos rapidamente e sigo para casa.Depois de um banho bem relaxante me deito e penso em como me sinto atraído por Lívia.Enquanto aqueles caras a desejavam meu único pensamento era arrancar os olhos de todos eles e o mais estranho é que não sei o motivo disso eu não costumo sentir ciúmes, nunca fui assim, sempre tive tudo somente para mim
Lívia AlbuquerqueMas tarde, quando saio do orfanato sigo em direção a estação de trem, que não demora muito até chegar...Aguardo algumas pessoas entrarem e quando chega minha vez avisto um acento vago ao lado de um rapaz então vou até lá e me sento.- Oi! Diz o cara ao meu lado assim que sento...Me viro pra ele e posso ver melhor o seu rosto, que alias é um homem muito bonito, cabelo loiro muito bem penteado para trás, olhos azuis como uma mistura de céu e mar, postura séria, físico bem malhado e dono de um sorriso lindo. Aparenta ter uns 26 anos, não mais do que isso.- Oi... sorrio...- Sou Jack Muller, ele estende a sua mão para mim...- Prazer sou Livia Albuquerque... aperto e respondo educadamente.- Sempre pega o trem? Estou aqui praticamente tod
Lívia AlbuquerqueComo falei antes ele passou por muitas coisas, aos seus 17 anos começou a andar com pessoas erradas virou melhor amigo de um cara que tinha acabado de sair da cadeia por venda de drogas.Começou também a usar, beber e até mesmo se meter em brigas pelas ruas como marginal quase foi preso umas cinco vezes por isso ele estava andando muito alterado o consumo de drogas e outras coisas tinham o afetado muito, tentamos de tudo para afastá-lo dessas pessoas, mas não conseguimos até que surgiu uma esperança quando Jason conheceu a Rebeca uma jovem que se mudou para casa vizinha da nossa cidade em Paris.- Então Jason já se apaixonou? Pergunto mais para mim do que para ela não podia acreditar que aquele coração de gelo já sentiu algo por alguém.- Sim, eles logo s