Estou começando a me preocupar ele não tira os olhos de mim e a moça que esbarrei está com os olhos avermelhados como se tivesse segurando o choro. Seguro meu colar involuntariamente, Renan senta perto do Rafael e tenta entender o que está acontecendo.— Desculpa a pergunta, mas qual é o interesse que vocês tem nesse colar? Lembro que o senhor teve a mesma reação quando fez o discurso na formatura.— Sei que parece estranho, mas se importa de tirar ele.— O senhor Rafael fala olhando entre Renan e eu. Estreito os meus olhos desconfiada, mas concordo.— Se prometer me devolver! Não sei o por quê, mas acredito que esse colar é a unica coisa que tenho da minha mãe.— Você não conhece sua mãe?Tiro o colar e o entrego, fico em silêncio sem responder sua pergunta, pois acho estranho falar coisas tão pessoais para alguém que estou conhecendo só agora, ele olha atrás do pingente apertando em suas mãos e leva para o peito, lágrimas escorrem dos seus olhos sem parar, me abaixo tocando em sua mã
Chegando no apartamento não sabia como agir, o que falar ou a hora de falar, é estranho esperar a reação das pessoas, e o pior de dois estranhos.— Vocês querem um café, um bolo, ontem a noite Renan fez um pavê com pedaço de morango que deve esta uma delícia. — Aceito o café, infelizmente não vamos poder aceitar o pave, somos alérgicos a morango.Renan olha pra mim, e eu olho para ele, quase involuntariamente, sabe quando as pessoas se conversam só pelo olhar, então, sei que ele pensou a mesma coisa que eu.— Fiz um bolo de chocolate, acredito que ficou bom.— Amo chocolate, e se for amargo então melhor ainda.— Dou um sorriso pra ela, Evelyn me parece legal, seu olhar é meigo, sua voz é doce, fora que é muito linda, se parece muito com o Rafael, principalmentepelo olhos verdes.— Olha que sortuda, tem uns pedaços de barra amarga também.Busco o bolo e comemos todos juntos, sabe quando você já não tem ideia do que dizer e começa a falar do tempo ensolarado, da noite fria, até do notic
— Duas choronas.— Puxamos para o papai, pensa num homem mantega derretida.— rsrsrs, ele me parece legal.— Pode ter ser certeza que legal é só uma das qualidades que ele tem, nosso pai é o cara mais humilde, mas companheiro que alguém poderia conhecer.— Se for verdade que não sou filha do Júlio isso explica muita coisa.— Ela me olha com tristeza.— Foi tão ruim assim?— Já foi um dia, mas a muito tempo que não os vejo, e para ser bem sincera, prefiro assim.Pego a caixinha e mostro a pulseirinha do hospital.— Meu Deus, oficialmente você é minha irmã. — olho pra ela sorrindo de sua empolgação, mas com duvida do por que ela tem tanta certeza.Evelyn pega o celular dela que tinha colocado na cama e desliza umas fotos até que ele fala empolgada que achou.— Olha, o nosso pai vai surtar.— Não entendi, as pulseiras não são todas iguais?— Não para a família Bronson, sua bisavó que infelizmente morreu um mês antes de você nascer, havia deixado tudo como ela queria, e a pulserinha foi pe
IVEDepois do restaurante ficamos mais um tempo conversando, e sabe, nem consigo acreditar que eu posso ter pais que me amam de verdade, que não desistiram de mim, e o melhor, posso ter uma irmã que é muito além de tudo que imaginei, apesar da pouca idade a sua maturidade é invejável.Será que enfim minha felicidade vai ser real? Eu não vou precisar desenhar ela pra me convencer que eu era feliz.Nos despedimos com muitos abraços e com os olhos cheios de lágrimas, falo comigo mesma que não posso me apegar, tenho medo de depositar esperanças de ter uma família assim, tão maravilhosa, e no fim não ser a filha deles.Marcamos de nos encontrar amanhã para fazer o teste de DNA, estou com a boca até doendo de tanto que estou rindo nessas últimas horas.Assim que entro no carro meus pensamentos voam, estou com medo, e se der negativo, o que eu faço com esse sentimento, saio dos meu pensamento quando sinto os dedos do Renan entrelaçando nos meus, logo em seguidaele leva para seus lábios e dep
Renan me olha e sorri. — Sua amiga tem uns parafusos a menos, ela é bem doida. — Nem me fale.— Brinco. Vou correndo abrir, e está ela, Fábio e minha irmã Evelyn, umas latas de cerveja, lembro que não estou vestida adequadamente para receber visitas, corro pro quarto deixando a porta aberta pra eles entrar, visto um conjunto mais fresquinho só que comportado, e volto como se nada tivesse acontecido. — Eu vi... viemos jantar.— Dani fala rindo. — Na verdade ela veio ver o que vocês tanto fazem nesse apartamento? — Não queira saber. — Dois safados, encontramos essa moça no elevador, ela disse que é sua irmã. Achei estranho, sua irmã não é aquela vagabunda da Eduarda? — Meu Deus Dani. — Tô mentindo? — Espero que não se importe, eu queria ficar com você. — Seja bem vinda cunhada, sinta-se se em casa. — Sim meu anjo, fica o tempo que quiser, bora fazer o jantar então? Nós já jantamos, mas ce acredita que estou com fome de novo?— Falo adimirada comigo mesma.— Vocês vão assar essas
Depois da adrenalina a madrugada seguiu agitada com o pessoal no apartamento, falei que os vizinhos iam chamar a polícia. Mesmo que eu pareça bem, eu estava me segurando para não me isolar, meus pensamentos só se perguntavam o que Taylor pretendia me gravando em um momento que era só meu e do Renan? Jogamos uns colchões no chão e fizemos tipo um cinema na sala, já era tarde da madrugada quando o pessoal pegou no sono. Estava deitada no colchão quando acabo sendo despertada sentindo os braços do Renan me carregando. — Volta dormir amor.— Ele me aperta em seus braços e deposita um beijo na minha testa. com cuidado ele me deita na cama, logo se deita do meu lado, sinto seus braços novamente, mas dessa vez me puxando para seu peito, me aconchego nos seus carinhos e volto a pegar no sono.— Te amo muito princesa, durma bem. — Também amo você.— Falo com a voz um pouco falha pelo sono. Foi a noite mais gostosa de todos os tempos, Evelyn chamou de noite do pijama. Combinamos de fazer no p
Olho para o Rafael e me sinto emocionada. — Bom dia pai. Evelyn e eu falamos juntas, ele da um beijo na Evelyn e um abraço apertado e um beijo na minha testa. — Nunca vou cansar-me de ouvir você chamando-me de pai. — Oi meu amor.— Minha mãe diz nos abraçando.— Rafael! Deixa um espacinho para mim nesse abraço, pois estou precisando tanto dele. — Ah mãe, a senhora não tem ideia de como quero que realmente isso seja verdade, que vocês nunca saiam da minha vida. — Vai dar tudo certo.— Renan diz quando percebe que estou chorando, ele se aproxima e abraça-me, meus pais foram tirar sangue, logo o médico me chama para fazer o mesmo. Pensei que ia demorar dias, mas minha mãe mexeu os seus pauzinhos e em poucas horas vamos ter os resultados. Despedimos-nos e ela foi atrás de um advogado para ver o que vou ter direito no pedido de divórcio, eu já tinha feito isso, vou sair sem nada. Foi o que ficou registrado nos documentos que assinei, quando ele me entregava, dizia que precisava da minh
Depois do resultado fomos comemorar, minha mãe tinha tanta certeza do resultado que no mesmo dia fomos acrescentar o sobrenome deles no meu, foi um pouco burocrático, mas no fim valeu muito a pena.Agora sou Ive Bronson Kenedy.Parece que tudo está fazendo sentindo na minha vida, as coisas estão em fim dando certo, ganhei um pai e uma mãe que se emociona a cada abraço que me dão, uma irmã que é bem mais perfeita que nos meus sonhos, amigos leais, um namorado maravilhoso e o principal, aprendi a me amar e me respeitar, sei que vamos enfrentar muita coisa principalmente com o Taylor me cercando desse jeito.Minha mãe trocou meu advogado, ela disse que ele não era compete suficiente e me apresentou o advogado da família Bronson, que a anos está com eles, sempre leal e impecável nas suas ações.TRÊS DIAS DEPOISHoje enfim conseguimos marcar com o juiz para sair o divórcio, esse advogado é o cara, ele pegou Taylor de surpresa na empresa e meio que arrastou para ir me encontrar, estamos sen