149. Um pouco enxerido

Alguns momentos antesYahyaEsse lugar é muito mais grandioso do que eu esperava.Por mais que tenha aceitado a ajuda de Undine, não pensei que ficaria tão embasbacado com a grandiosidade do evento, afinal, vivo no meio de pessoas que se animam vendo o que eu faço.Mas aqui as coisas são diferentes, o interesse dos indivíduos é completamente destoante. Acredito que muitos deles nem se encaixem, assim procuram pelas pessoas com as quais podem unir as suas motivações.Olho o meu reflexo no espelho e estou bem melhor do que em qualquer outro momento em que decidi ir para uma festa. Aceitar os conselhos de Undine foi o mais correto para não acabar pagando um grande mico, dado que não sei muito sobre o mundo dos ricos.— Você voltou da sua viagem mais rápido do que o seu pai calculou — fala um homem conversando com outro sujeito. Eles parecem muito animados com o assunto. Me sinto um enxerido, mas sair antes de lavar as mãos seria mais estranho.— Meu pai queria que eu ficasse mais tempo f

150. Eu preciso

Alguns momentos antesYahyaEmbora tenha ficado com muitas dúvidas, não consegui mencionar o assunto para Undine quando voltei para a mesa onde a família Gardner se reuniu. Acredito que poderia parecer meio estranho se eu o chamasse para somente contar o que ouvi.Posso estar sendo muito dúbio em minha escolha, mas tenho que pensar com cuidado, afinal, nós não somos tão próximos assim. É óbvio que esse fato tem mudado nos últimos dias. Além disso, o nosso encontro foi muito divertido.No entanto, ainda somos amigos recentes.Ademais, tem um sorriso tão bonito em seu rosto. Fazer com que ele fique chateado devido a outra pessoa parece ruim demais para que eu queira seguir em frente. O que é correto nessa situação?— Você já está satisfeito? — Me pergunta Chelsea, inclinando-se um pouco de lado. Duvido que a comida seja tão importante. Provavelmente notou que remoo o que está na minha mente sem parar.Nos conhecemos há tempo o suficiente para que isso seja nítido.— Não, quer dizer, est

151. Armadilha

UndinePensei que se eu continuasse pressionando ele se afastaria, no entanto, mesmo que as suas orelhas estejam pegando fogo, Yahya mostra que o seu corpo é muito mais quente.Nossas bocas se encaixam perfeitamente, ainda que seja a primeira vez. Continuo querendo que elas permaneçam juntas, ainda que também experimente uma queimação em meu peito.Os sentimentos parecem estar se sobrepondo enquanto calculo que parte das palavras que o moveram a tomar essa decisão. Se ele tivesse recuado, eu teria aceitado tranquilamente. Ainda poderíamos continuar sendo amigos.No entanto, o que faço agora que sei que beija tão bem?A mão pressionando a minha cintura, como se precisasse usar um pouco mais de força para impedir que ela se mexa sozinha, faz com que eu anseie mais pela sua boca. Preciso ter certeza de que isso está acontecendo.No final, com a sua força de vontade, foi aquele a afastar minimamente nossas bocas, já que persisti em ficar perto, com os meus braços passando pelos seus ombro

152. Doses de amor

Kenneth— Estou realmente puto — falo, mantenho as pernas cruzadas enquanto a mão de Dionísio continua me segurando pela cintura. Está um pouco irritado por parte da minha roupa ter sido tirada. — Achei que poderia ter jeito para você Arthuro, mas me seguiu sem muitos problemas. Mesmo sabendo quem eu sou.O homem sentado sobre as suas pernas enquanto os dois sujeitos truculentos o seguram pelo ombro para mantê-lo no lugar, continua fazendo com que ele fique muito assustado.— Você ousou falar que tentaria brincar com meu irmão antes de se casar e em seguida me caçou, que filho da puta — pontuo, com minha língua queimando, já que eu queria fazer muito mais, porém, esse não é o lugar adequado e ele não chegou a fazer algo ridículo.Eu estava preparado para agir, mas Yahya tomou a frente.Me fez gostar muito mais dele.— Deve se sentir incrível sempre que alguém abre as pernas para você — declaro, porem, Arthuro não abre a boca para retrucar. Seu medo é muito maior do que o seu desejo de

153. Problemas que perseguem, parte 1

Chelsea— Você é muito boa dançando — me elogia Archie, quando, na verdade, estou somente tentando impedir meus pés de tropeçarem nos seus. Tenho alguma facilidade em seguir os seus passos, mas acho que tem mais a ver com a minha capacidade de deixar que me guie do que com habilidades para dançar.— Obrigada pelo elogio — brinco.É uma provocação, mas no momento ele sabe se conter, então apenas põe um sorriso malicioso no rosto, baixa seu rosto até perto do meu e sussurra no meu ouvido:— Se continuar me olhando assim, teremos que inaugurar um dos quartos desse hotel — fala, com seus dedos aumentando a pressão contra a minha carne. De que modo ele pensa que isso vai me ajudar a negar a sua vontade?Só me lembra de como fico acesa com tudo o que faz.— Desde que te vi entrar nesse salão, estou me segurando para não parecer um louco depravado — me conta, com seus braços ficando em torno de mim, igual a como me mantenho colada nele.A diferença de nossas alturas parece ficar mais evident

154. Problemas que perseguem, parte 2

ChelseaSempre soube que sou azarada.Perdia os ônibus por questão de segundos. Atrasava nas aulas porque acabava chovendo quando eu não estava com o guarda-chuva. Perdi empregos por atrair atenção de um modo ruim.Perdi dinheiro mesmo o colocando em um lugar seguro. Trombei com pessoas escrotas em muitas esquinas. Caia tropeçando no nada. De alguma maneira, sempre havia algo ruim acontecendo em torno de mim.As desgraças menores eram mais fáceis de relevar, mas a do tipo que Miknelia traz são sempre mais difíceis, e elas costumam se apresentar nas situações em que mais me sinto feliz.Assim como quando descobri que não poderia fazer a minha exposição.— Namorado rico? — Olho para Archie, ele põe um sorriso no rosto e dá de ombros, como se não pudesse negar o fato de que é rico. — Tem razão, ele tem muito dinheiro. Porém, o que isso muda na nossa relação? Ainda te odiaria estando com Archie ou não.— Se tivesse apenas me ouvido, continuar a me ajudar não iria te quebrar — reclama, acr

155. Problemas que perseguem, parte 3

156. Não se assuste, parte 1

Kenneth— Pensei que um idiota era o suficiente para uma noite, mas estava enganado — murmuro, vendo a mulher amarrada na cadeira na minha frente. — Tem ideia do que você fez? Queria tanta atenção para se arriscar desse jeito?— Quem é você? Por que está fazendo isso comigo? — Me questiona.Sua face continua marcada pelos tapas que Chelsea desferiu com força contra ela. Fez um bom trabalho, creio que teria sido ainda pior se não estivesse gestante. Como minha bela cunhada não teve a chance de terminar o trabalho, é melhor que eu cuide disso.— Por algum motivo, gosto quando as pessoas perguntam quem sou — digo sorrindo. — Mostra que elas são idiotas ao ponto de não averiguarem com quem mexeram. Me dá mais oportunidades de agir.— Eu já pedi para eles analisarem cuidadosamente quem ela