Olivia observava de longe, escondida atrás de uma árvore robusta, enquanto Sarah e Ethan treinavam. Seus olhos arregalaram-se em espanto à medida que a luta se desenrolava. Esta não era a Sarah que ela conhecia desde a infância, a garota tímida que preferia livros a confrontos físicos.Quando o treino terminou, Olivia não pôde conter sua empolgação. Ela saiu de seu esconderijo e correu em direção à amiga, um sorriso largo estampado em seu rosto."Com licença," Olivia disse, fazendo uma reverência exagerada diante de Sarah. "Poderia me dizer onde encontro Sarah Moonflower? Sabe, minha melhor amiga? Cerca de 1,65m, cabelos castanhos, costumava tropeçar nos próprios pés?"Sarah riu, puxando Olivia para um abraço apertado. "Ah, cala a boca! Eu não era tão desastrada assim.""Não?" Olivia arqueou uma sobrancelha. "Devo lembrá-la do incidente da feira da primavera há dois anos?"As duas amigas riram juntas, a tensão do treinamento se dissipando no ar da manhã."Sério, Sarah," Olivia disse,
Enquanto caminhavam de volta para o castelo, Sarah decidiu compartilhar com Olivia os detalhes da visita de sua mãe."Liv, você não vai acreditar," Sarah começou, sua voz baixa. "Minha mãe veio me visitar ontem e... foi estranho."Olivia franziu o cenho. "Estranho como?"Sarah suspirou, passando a mão pelos cabelos. "Ela estava tão... misteriosa. Falando sobre perigos e sacrifícios. Disse que eu sou 'destinada a muito mais do que ser apenas a Luna de uma alcateia'. O que isso deveria significar?"Olivia assentiu lentamente. "Bem, sua mãe sempre foi um pouco enigmática. Lembra quando éramos crianças e tentávamos descobrir o que ela fazia para viver? Nunca conseguimos uma resposta direta.""Verdade," Sarah concordou. "E ela nunca fala sobre meu pai. Tudo que sei é que ele morreu antes de eu nascer."Um silêncio pensativo caiu entre elas por um momento."Sabe," Sarah disse de repente, "isso me lembra... a correntinha que minha mãe me deu anos atrás. Ela disse que era do meu pai."Olivia
Olivia chegou em casa com o coração acelerado, a mente repleta de pensamentos sobre tudo que estava acontecendo. O familiar aroma de lavanda e canela a recebeu, trazendo uma onda de nostalgia. Ela sabia que, em breve, esse cheiro de lar seria substituído pelos corredores imponentes do castelo Blackthorn.Na sala de estar, seus pais, Robert e Claire, estavam absortos em suas atividades habituais. Robert, com seus óculos de leitura na ponta do nariz, folheava o jornal local, enquanto Claire tricotava o que parecia ser o início de um suéter."Mãe, pai," Olivia chamou suavemente, sua voz tremendo ligeiramente. "Preciso conversar com vocês."Robert baixou o jornal, suas sobrancelhas grisalhas se franzindo em preocupação. Claire parou seu tricô, trocando um olhar rápido com o marido."O que houve, querida?" Robert perguntou, indicando o sofá ao lado dele. "Venha, sente-se."Olivia se acomodou, sentindo o conforto familiar do velho sofá de couro. Respirou fundo, tentando organizar seus pensa
Na manhã seguinte, Olivia chegou ao pequeno hospital comunitário onde estagiava, seu coração pesado com a tarefa de informar sobre sua ausência temporária. O cheiro característico de antisséptico e café fresco preenchia o ar enquanto ela caminhava pelos corredores familiares.Antes que pudesse alcançar o escritório da Dra. Marta, sua supervisora, Olivia foi interceptada por um grupo animado de colegas estagiários."Liv! Liv!" chamou Emma, sua melhor amiga no hospital, os olhos brilhando de excitação. "Você não vai acreditar no que aconteceu!"Confusa, Olivia parou. "O que foi?"Dr. James, o diretor do hospital, aproximou-se com um sorriso largo. "Srta. Harper, que bom que chegou. Temos notícias extraordinárias para você."O coração de Olivia acelerou. "Notícias?""O Alpha Connor entrou em contato conosco esta manhã," Dr. James explicou, sua voz transbordando de orgulho. "Ele solicitou sua transferência imediata para o Hospital Central de Silvercrest."Olivia sentiu suas pernas fraquej
Connor caminhava inquieto em seu escritório, seus pensamentos fixos em Sarah. A lua cheia pairava no céu, visível através da janela alta, intensificando seus instintos e desejos. O luar banhava o cômodo em uma luz prateada, criando sombras dançantes que pareciam refletir a agitação em seu coração.Ele fechou os olhos, recostando-se em sua cadeira de couro, deixando que as memórias o inundassem. O toque suave da pele dela, como seda sob seus dedos, o aroma inebriante que o envolvia toda vez que ela estava por perto - aquela mistura única de baunilha e lavanda, com um toque sutil de canela que o fazia querer mergulhar nela e nunca mais sair. Sarah havia despertado nele uma fome que ia além do físico - era uma necessidade profunda de conectar-se, de unir-se a ela em todos os níveis.Connor sentiu seu corpo responder a esses pensamentos, o desejo crescendo dentro dele como uma onda, um calor que se espalhava por cada fibra de seu ser. Seu lobo interior se agitava, ansioso, quase doloroso
A lua cheia derramava sua luz prateada sobre o quarto, criando um ambiente íntimo e envolvente. Sarah estava deitada na cama, envolta em um vestido de seda preta que parecia derreter sobre sua pele. O tecido fino e brilhante destacava suas curvas, caindo em dobras suaves que se moviam com cada respiração. O decote em V revelava apenas um vislumbre de seus seios, enquanto a abertura lateral deixava entrever suas coxas. Cada detalhe do vestido era uma provocação, uma promessa do que estava por vir.Quando a porta se abriu silenciosamente, Connor entrou, sua silhueta imponente destacando-se contra a luz suave. Ele parou por um momento, seus olhos escuros percorrendo o corpo de Sarah com uma intensidade que a fez tremer."Você está deslumbrante," ele sussurrou, sua voz rouca e carregada de desejo. Cada palavra parecia acariciar sua pele, deixando-a ainda mais consciente de sua própria nudez sob o tecido fino.Connor se aproximou lentamente, como um predador seguro de sua presa, mas quando
Após recolher o restante das coisas de Sarah, Olivia se despediu de Evelyn, sua mente agora um turbilhão de perguntas e teorias. A caixa com a correntinha parecia queimar em sua bolsa, um lembrete constante dos mistérios que cercavam sua melhor amiga.De volta ao castelo Blackthorn, Olivia sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao passar pelos imponentes portões de ferro. O sol da tarde lançava sombras longas pelos jardins bem cuidados, dando ao lugar uma atmosfera quase mística. As árvores centenárias sussurravam segredos ao vento, como se soubessem mais do que revelavam.Enquanto caminhava em direção à entrada principal, seus passos ecoando no caminho de pedra, Olivia teve a súbita sensação de estar sendo observada. Olhando ao redor, ela notou uma figura na janela do segundo andar: Lydia.Os olhos frios de Lydia encontraram os de Olivia, e por um momento, o tempo pareceu congelar. A intensidade daquele olhar fez Olivia sentir como se estivesse sendo avaliada, julgada. Forçando um s
Connor permanecia em seu escritório, os olhos fixos nos mapas espalhados sobre a mesa. A chegada de Nathaniel Steele, o Alpha de Bluelight, havia trazido à tona todas as preocupações que ele vinha tentando conter nas últimas semanas. As tentativas de invasão dos Redfangs na fronteira e os planos descobertos por Sarah no escritório ainda ecoavam em sua mente."Marcus," Connor chamou seu beta, que estava parado perto da janela. "Precisamos reavaliar nossa situação com os Bluelight."Marcus se aproximou da mesa, seu rosto tenso. "É uma situação delicada, Alpha. Com sua decisão de não se casar com Lydia, a aliança com os Bluelight está por um fio."Connor assentiu, passando a mão pelos cabelos em um gesto de frustração. "Eu sei. A união com Lydia era a base do nosso acordo. Mas não posso sacrificar minha felicidade e o futuro de Silvercrest por uma aliança política.""O que pretende fazer, Alpha?" Marcus perguntou, sua voz carregada de preocupação.Connor ficou em silêncio por um momento,