No dia seguinte ele iria interrogar a misteriosa sereia que caiu na sua rede. Encantado com a estranha mulher nua e selvagem, e linda, olhos verdes. Como não tinha roupas femininas, já que era casado e tinha dois filhos que moravam na capital Porto Alegre. E, sua esposa nunca aparecia na sua casa da praia.
Estava ansioso para interrogar a bela mulher que estava enlouquecendo ele de vez. Amanheceu o sargento levantou e tomou seu café, não dormiu direito, e com olhos cansados pela noite mal dormida.
Comeu pão, e tomou uma xícara de café com leite de vaca que havia nas redondezas em que uma família de agricultores costumavam vender leite e queijo para o sargento que gostava de morar sozinho. Embora por vezes fosse para a capital ver sua esposa que se chamava Luciana.
Uma professora que ensinava o idioma inglês e francês. Mas como seu trabalho era estar sempre em campos de treinamentos passava maior tempo na casa da praia onde morava temporariamente até acabar o treinamento de novos soldados que serviam o exército.
E, sempre chegava mais soldados inexperientes. Com a xícara de café ele foi descendo as escadas que dava acesso ao porão onde estava presa a tão sonhada e desejada caçada a misteriosa mulher sereia. Que estava sobre efeito do sonífero que havia sido atingida com uma flecha! Presa sem forças para reagir, acordou assustada olhando com olhos arregalados, e assustados, para o homem responsável pela sua prisão. E, ironicamente, ele falava com ela.
— Hora, Hora! A princesa acordou? Vai me dizer como se chama? — A misteriosa mulher não disse nenhuma palavra até porque não entendia nada do que ele falava, só ficava olhando assustada.
— Então, o rato comeu a língua? Há não ser que não entenda a minha língua? — E nada da mulher responder. Continuava olhando assustada para o sargento Renato. E, olhou fundo nos olhos dele e constatou haver algo negativo, e ficou tonta caindo ficando desacordada deixando Renato preocupado com o que estava vendo na sua frente. Uma linda mulher com trajes de homem.
Já que não havia roupas femininas em sua casa. Tentou acordá- la, mas não conseguiu, pegou o jipe e foi até a cidade em busca de um médico para saber o que ela tinha. Não queria que nada de errado acontecesse com seu objeto de desejo. Após tanto trabalho para capturar além de estar enfeitiçado por ela.
Enquanto o sargento se dirigia com jipe para a cidade mais próxima em busca de um médico. Seu primo que se chamava Gabriel chegava para uma visita surpresa. Ele era o único parente sempre que podia, visitava seu primo e amigo. Os dois se criaram juntos desde criança. Renato perdeu seus pais ainda cedo.
E sua mãe era irmã da mãe de Gabriel, e desde então ele foi criado pela família de Gabriel. Os dois cresceram como dois irmãos.
Gabriel era um jovem empresário dono de uma construtora e de uma companhia imobiliária que comprava prédios velhos e reformava em novos, além de ser um engenheiro e arquiteto. Ele mesmo desenhava as plantas dos prédios sendo construído pela própria construtora de sucesso. Um milionário com muito dinheiro em sua conta bancária.
Mas o dinheiro ganho sempre foi com honestidade e muito trabalho, filho único casado duas vezes. Mas que nenhum deles foi feliz. Não tinha filhos. Cansado da cidade grande, o esporte preferido nas horas vagas era pescar e fazer análises no fundo do mar.
Seu sonho na juventude é ser um biólogo! Estudava biologia. Gostava de salvar animais silvestres e marinhos, assim como pequenas baleias, peixes feridos e golfinhos doentes pela poluição em vários rios do sino e da região da lagoa dos patos. Perto dali era dono de um laboratório que continha toda espécie de animais silvestres, e marinhos, que eram doentes pela poluição. Eram pássaros coloridos, papagaio, beija-flor, sabiá, pombas.
E entre outros animais vítimas de caçadores predadores que não tinham licença para caçar e atiravam nos animais por diversão. Alguns morriam e outros eram só feridos, e Gabriel sempre gostou de fazer este trabalho. E naquele mesmo dia resolveu tirar umas férias passando na casa de seu primo Renato sem avisar. E chegou de surpresa, mas foi surpreendido ao chegar à casa de Renato.
Na verdade, a casa era dele. Tinha mais direito sobre ela do que Renato, apenas deixou para que seu primo não gastasse em hotéis. E a casa servia como um refúgio nos fins de semana, tinha quarenta e cinco anos, alto moreno, cabelos pretos e bem conservado pela idade que tinha.
Embora (sendo) um rico empresário de princípios éticos e conservador, e romântico. E sempre sonhou em encontrar um grande amor. Embora desiludido com as mulheres que só teve decepção com elas.
E não pensava mais em se casar. O que ele mais queria era se dedicar ao seu trabalho particular que era seu laboratório de pesquisas, uma espécie de clínica para animais feridos. Com ele trabalhava uma assistente veterinária que cuidava diariamente dos animais feridos, e muitos da região traziam para cuidar.
Antes de chegar à casa onde Renato estava hospedado Gabriel foi pescar. Havia pegado alguns peixes pequenos e quando entrou não encontrou ninguém. Gritou várias vezes, mas ninguém respondeu. Sentou-se na sala e ficou esperando com seus peixes que pescou.
Tinha a ideia de fazer um almoço para os dois, o amigo e primo que há muito tempo não se viam. Estava ansioso com a demora de Renato. Levantou-se do sofá e desceu até o porão. E o que ele viu mudaria a sua vida para sempre. Uma linda mulher com trajes de homem. E perguntou: a ela quem era? E o que estava fazendo acorrentada numa gaiola? Mas ela não respondeu, e ficou olhando para os peixinhos que estava sobre as mãos de Gabriel. Ela apontou sua mão para os peixes, mas não falava nada.
— Há os peixes, disse ele! — Dando-lhe ela que avançou sobre os peixes e devorou em segundos para a estranheza de Gabriel vendo aquela mulher selvagem linda com fome que há dias que não se alimentava. Gabriel confuso perguntou: como se chamava, ela não respondia. Pensou consigo mesmo.
“Será que ela é muda?”. Ficava olhando ela devorando os peixinhos mesmo sendo crus, e pensava com ele mesmo: — Será que ela é uma alemã misturada com japonês? Porque só japonês come peixes crus! Renato terá que me explicar o que ele está escondendo? E quem é esta bela mulher presa acorrentada? Que mistério que ele esconde? Quem será essa mulher?
Eram tantas perguntas martelando na cabeça de Gabriel que estava deixando ele confuso e tonto. E além disso ela não respondia às perguntas que ele fazia. Os dois se encontraram no olhar. Gabriel ficou paralisado com a beleza e a intensidade do olhar.
A sensação de que o conhecia de algum lugar! Ela sentiu seu coração bater forte no peito assim como o dele, que não estava entendendo nada o que estava acontecendo: estava decidido nunca mais se apaixonar por ninguém. Por ter se decepcionado com as mulheres. Porque elas só o queriam devido ao dinheiro?
Mas vendo aquela linda mulher alta de cabelos louros longos e lábios finos olhos verdes. Bela como nunca havia visto em toda sua vida as curvas bem definidas que aparentava ter uns 23 anos. Rosto claro e exuberante. Ele conheceu diversas mulheres quando jovem.
Não era namorador e mesmo assim tivera diversas namoradas. Embora (sendo) um jovem romântico e bem-sucedido podia ter a mulher que quisesse, mas estava diante de um mistério! Aquela que estava vendo na sua frente de alguma forma mexeu muito com ele. Sentiu algo especial, seu coração batia forte e ardente ao mesmo tempo. Ela sorriu para ele como se conhecesse de algum lugar?
Ela por ser uma criatura especial como se fosse de outro planeta, conhecia o instinto das pessoas que eram do bem e do mal. Ela soube na hora que era do bem. Sentiu poder confiar nele. Embora não podendo dizer com as palavras, mas com o brilho dos olhos.
— Quem é você? — Perguntou Gabriel? — Ela não respondeu: ficou olhando para ele com ternura que ela estava sentindo por ele, embora desconhecendo a condição humana, mesmo sendo metade humana e metade peixe pelo que diz a lenda. E que por um milagre da natureza foi engolida por uma baleia e depois nasceu com as pequenas baleias que estavam no ventre da mãe baleia.
E sentia a sensibilidade do ser humano. Era um encontro de dois mundos diferentes. Um entraria para história, e outro faria a própria história. E naquele momento ambos precisavam um do outro. Ela dele para salvar do cativeiro em que se encontrava aprisionada por uma obsessão sem limites, disposto a tudo para manter sobre seu domínio objeto do desejo.
Mas que na verdade não passava de uma experiência científica. E, Gabriel cansado com a vida da cidade grande e as decepções amorosas com suas duas mulheres e seus dois casamentos que na opinião dele foi um erro.
Estando disposto a mudar de vida. E se dedicar mais às suas pesquisas sobre a biologia. E contratou um gerente de confiança para continuar trabalhando no seu lugar. E ao ver aquela mulher o fez ter a certeza de que fez a coisa certa.
E subiu as escadas e ficou à espera do seu primo e amigo criado como dois irmãos esperando uma explicação a respeito da mulher estranha sendo acorrentada sobre seus poderes, e justamente na sua casa que era mais dele do que de Renato. E, quando chegou da cidade em que foi procurar um médico para saber o que estava acontecendo com sua prisioneira.
E ao entrar em casa com uma sacola plástica com remédios que pretendia dar a sua prisioneira foi surpreendido com uma visita que não esperava. E ao ver seu primo sentado na sala, não gostou do que viu. Em pensamento disse a si mesmo. “O que este idiota está fazendo na minha a casa?”.
Mas tivera que esconder o descontentamento para que Gabriel não percebesse se não colocaria tudo a perder sobre seus planos com a misteriosa mulher que mantinha presa no porão e torcia para que seu primo não a visse. Tarde demais.
— Mas que surpresa amigo te ver na nossa casa?
— Porque a surpresa? Sabe muito bem que costumo vir aqui no verão e desta vez vim para ficar!
— Como assim ficar?
— Gabriel percebeu que a sua presença não estava agradando e sentiu que Renato estava escondendo algo.
— Porque contratei um diretor-executivo para tomar conta das empresas lá na capital que você me recomendou, e vou me dedicar mais a biologia sabe disso que eu sempre gostei desta vida. Entretanto estou cansado do agito da cidade grande e agora tenho certeza do que eu quero!
— Ao ouvir aquilo foi a pior coisa que podia acontecer para Renato. Não sabia como fazer para convencer a não ficar junto dele, naquele momento, até resolver a questão da misteriosa mulher que estava presa sobre seu poder.
— Bom, o que posso dizer! A casa é sua, quanto a isso não posso fazer nada. — Ela é sua também se esqueceu do que combinamos. A propósito, pode me explicar porque está mantendo aquela mulher presa no porão? — Renato ficou chocado ao descobrir que seu primo viu a tal mulher. E, não tinha saída, teve que revelar detalhes com ele a respeito de sua experiência científica, mas escondeu estar apaixonado pela misteriosa mulher selvagem. Então por ordem de seu primo já que a casa era dele. A misteriosa mulher foi libertada das correntes e deixou no quarto de hóspede, e para a surpresa dos dois ela começou a brincar com as roupas de Renato e de Gabriel como se fosse uma criança. Para ela tudo era estranho, estava num mundo desconhecido. Enquanto ela brincava no quarto como uma criança que nunca havia visto um brinquedo em toda sua vida. Os dois voltaram à sala para colocar o papo em d
Não tinha noção do que estava sentindo e levaria tempo até descobrir a palavra mágica! Amor. Gabriel que se apaixonou duas vezes sabia o que era, mas o que ele estava sentindo por ela era algo muito mais forte e prazeroso que nunca imaginou sentir um dia na vida, quando havia desistido de amar alguém. E com Madalena era uma sensação mais leve e gostosa, sentindo um ar de paz e amor verdadeiro que talvez nunca soubera o que era. E certamente não abriria mão dela por nada deste mundo. Os dois estavam conhecendo um mundo que eles nunca conheceram. Madalena vindo de um lugar que nem ela mesma sabia explicar de onde viera. E como ser humano estava evoluindo rápido demais, e, confusa em relação aos seus sentimentos, porque gostava de estar ao lado dele. Mesmo gostando de Luciana, mais nova e primeira amiga, e era bem diferente, e mais confusa ficava quando se lembrava de Renato. Um sentimento de ódio e c
Que não parava de beijar enfiando a língua sobre a boca não deixando respirar. Gabriel estava sentindo seu corpo tremer e suar ao mesmo tempo, até que ele a convidou para ir até seu apartamento em que tinha no centro da cidade, e estava abandonado desde o dia que ele resolveu passar uns tempos em seu laboratório e não tinha previsão de quando voltaria. Madalena nem sequer olhou para a decoração, estava excitada e não conseguia parar de beijar assim como Gabriel. A excitação era enorme, quando entraram no quarto Gabriel pegou nos braços levando para o ninho do amor e perguntou: — E agora o que vai acontecer? — Gabriel mais uma vez ficou sem ação com aquela pergunta: — Como assim? — Porque estou confusa, nunca estive com um homem antes, me sinto uma boba sem saber o que fazer. — Embora difícil de acreditar, Gabriel com toda paciência fe
E, por causa disso, resolveu ficar longe de tudo, e ficar perto da natureza, acreditando que a cidade grande corrompe as pessoas, principalmente as mulheres. E queria que Madalena não gostasse da cidade. Contratou um diretor-executivo para administrar suas empresas. E assim pôde viver sua vida sossegada com a sua amada Madalena. Renato terminou a missão de treinamento e finalmente voltou para casa onde Gabriel e Luciana Madalena Estavam hospedados. Pensava numa forma de afastar Gabriel e sua esposa da praia. E, temia que algo mais sério pudesse estar acontecendo entre Madalena e Gabriel. O que ele não imaginava que o pior estava por vir, na opinião dele Gabriel jamais se apaixonaria por uma mulher desconhecida e misteriosa e que ela também não iria se apaixonar por ele, este pensamento estava deixando Renato obcecado com a ideia de ter aquela mulher a qualquer preço. Mesmo que tivesse que passar por
— Porque você despreza meu primo pode me dizer o que ele fez? — Sinceramente! — Sim, quero que seja sincera comigo, diga o que ele fez? — Madalena sabia que Gabriel gostava muito de seu primo e que confiava cegamente e achava muito cedo para dizer que Renato não era essa pessoa que ele imaginava e precisava ganhar mais tempo para contar a verdade, ela temia em perdê-lo, já que ele e Luciana eram as únicas pessoas que ela confiava. — Simplesmente não confio e não gosto dele, satisfeito? — Tem algo estranho nessa história e você não quer me contar? — Vamos dormir que estou cansada, por favor! — Amanheceu e Gabriel foi para suas pesquisas no mar de águas doce. Queria descobrir se havia mais animais mortos ou feridos para depois levá-lo ao seu laborató
E, ela estava percebendo isso ficava preocupada imaginando que pudesse estar apaixonado por outra mulher durante viagem na Amazônia, sem imaginar que a grande paixão, na verdade era sua amiga Madalena. Sonhava todas as noites com ela. Para matar a curiosidade do seu quarto ele fizera uma fresta na parede. E quando Luciana caia no sono ele ficava espiando o casal do quarto ao lado fazendo amor, e se torturava vendo a mulher que ele mais desejava em toda a sua vida se entregando de corpo e alma, e coração para seu maior inimigo na opinião dele, porque, na verdade Gabriel tinha outra opinião a respeito dele. Gabriel confiava cegamente nele. Além de admirar e gostar dele como amigo e irmão, tinha Renato como um ídolo, desde que se criaram juntos. Enquanto Luciana dormia num pesado sono Renato se torturava vendo aquele corpo nu de Madalena sendo bem-amado e desejado pelo homem que ela amava, ele vê aqueles seios pequenos e durin
— Por dentro Renato estava feliz por estar se livrando definitivamente de seu primo que odiava com todas as forças do seu coração. Gabriel entrou no quarto e sentou sobre a cama sentindo a sensação de que a sua amada estava por perto sentia o perfume dela e não esquecia as noites maravilhosas que tivera, após chorar tudo foi arrumando as malas e colocando suas roupas dentro dela quando de repente caiu uma carta do bolso de uma de suas camisas! Era de Madalena? Suas mãos tremiam, estava com medo de ler a carta destinada a ele, medo de que ela dissesse que não o amava mais. E pensou consigo mesmo. — Deixa de ser covarde leia esta carta e pare de fugir será melhor para você! — Ele levantou-se da cama e fechou a porta caso Renato quisesse entrar ele diria querer ficar sozinho. Não queria que soubesse caso Madalena não o amava. Mas depois voltou, sentou-se sobre a cama com as mãos trê
Nem ele mesmo sabia se era paixão! Ou seu ego foi atingido por ser rejeitado e pelo fato dele ter muita inveja do seu primo Gabriel. E, queria tirá-lo dele para o ver ele sofrer. Era tantos sentimentos que se misturavam dentro dele. Estava bebendo ainda quando Gabriel chegou do trabalho em que costumava fazer suas pesquisas tarde da noite quando não havia mais sol. Louco de cansado e de saudade da sua amada Madalena foi entrando e deu de cara com Renato bebendo. — Renato, o que você está fazendo e bebendo há essa hora pode me dizer o que está acontecendo? — Ela foi embora! Dissera ele. — Eu sei que Luciana foi embora mais cadê Madalena? &