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Capítulo-3- Voltando Para Casa

Pov- Maria Cecília.

Maria Cecília - Eu gostava do horário do refeitório porque simplesmente podia descansar um pouco depois de tanto tempo trabalhando E para falar a verdade eu gostava disso, era o tempo que eu tinha para pensar na minha vida aí depois pensar em tudo que eu podia fazer para abrir minha clínica, tudo que eu iria precisar para colocar dentro da clínica para começar atender e também arrumar um espaço para abrir um centro médico em cima onde Maria Cristina poderia trabalhar, então eu e ela poderíamos trabalhar juntas mas a minha preocupação era Maria Clara, eu sabia que o sonho dela era abrir sua própria empresa, só esperava que ela realmente pudesse aprender isso o mais depressa possível e que nada de ruim possa acontecer com ela, eu não quero que minha irmã acaba sofrendo por causa de não conseguir realizar os seus sonhos, quando saímos para o lado de fora da faculdade, Raquel estava segurando meu braço então sentamos em um dos bancos do Jardim até porque não tinha como nós nos sentarmos na raiz das árvores porque era de noite.

Raquel- Por que será que aquele cara acho que é o dono do mundo? Só porque a família dele faz parte das famílias mais ricas da cidade significa que ele pode ficar praticando bullying com as outras pessoas? Aquele tal de Damon Carter, ele é perigoso Então graças a Deus eu estou indo embora daqui a dois meses - eu não falei nada, mas estava feliz por ver que ela estava irritada porque ela ficava engraçada quando estávamos desse jeito.

Maria Cecília- eu ainda não faço a menor ideia mas para falar a verdade eu sou feliz porque a gente vai acabar se formando quer dizer que a gente não vai ter que ficar aturando esse cara durante muito tempo e se depender de mim nunca mais eu vou poder fazer isso - Ela acabou sorrindo com isso afirmando com a cabeça, então eu deixei um sorriso aparecer para ela quando você sentou dando mais um daqueles doces que ela tanto gostava para mim, abriu o pequeno docinho colocando na boca e começando a mastigar, era muito mais gostoso do que os doces que a minha mãe comprava para mim quando era criança mas ainda assim lembrava casa. - Então você realmente quer voltar para o Brasil depois de tanto tempo que você passou estudando aqui na Inglaterra?

Raquel- sim, eu tenho que admitir que vou sentir falta da Alameda dos Anjos mas ainda assim é o meu lar, eu amo o Brasil e também eu gosto muito do clima quente e fresco ao mesmo tempo eu gosto muito do clima tropical e também já estou cansado do tempo chuvoso e frio da Inglaterra eu não estou acostumada com o tempo desse jeito, eu sinto falta de andar de biquíni na praia e comer meu churrasquinho - então para falar a verdade ela sentia mais falta da comida, então ficamos ali durante algum tempo antes de ter que voltar para sala de aula, sinceramente essas últimas aulas eram as melhores porque eu podia dormir em paz quando eu voltasse para casa, eu apenas iria tomar um banho, comer alguma coisa e me jogar na cama para acordar no dia seguinte, a melhor coisa na minha vida era o final de semana ao qual eu podia ficar sentada na frente de casa conversando com as minhas irmãs durante longos períodos sem ter medo que alguém pudesse me atrapalhar eu ficar me ligando dizendo que tem trabalho para fazer e também reclamando com a falta do horário no trabalho.

Então quando o sinal finalmente tocou, eu respirei profundamente antes de dar um abraço em Raquel, ela iria para o apartamento onde estava morando e eu voltaria para minha casa junto com as minhas irmãs pelo menos assim eu teria tempo suficiente para descansar para ir trabalhar amanhã, Quando ela for embora, eu olhei para trás percebendo Damon Carter, ele estava se aproximando de uma garota que estava do meu lado então Eu tratei de apressar meu passo e atravessar a rua com a minha e apressadamente até chegar na frente da biblioteca e me sentei no banco do ponto de ônibus estava cheio de pessoas Então mas eu também já estava segura .

Pelo menos assim, eu chegaria em casa segura sem que nada de ruim poderia acontecer comigo, para falar a verdade eu estava tão feliz por estar indo para casa que eu já estava quase chorando de felicidade, sendo que a única coisa que eu queria realmente era cair deitada na minha cama,

Então quando o ônibus chegou, eu passei a mão pelo meu rosto quando pude perceber que já estávamos entrando na vila dor e saímos fisicamente quase meia hora do centro da cidade o que era muito bom, significa que a gente está perto de casa e poderia tomar um banho antes de comer alguma coisa e dormir, eu simplesmente rezava para que pudesse chegar o final de semana o mais depressa possível porque sinceramente, eu estava cansada do meu chefe.

Quando o ônibus acabou parando no meu ponto, eu não pensei duas vezes antes de descer praticamente correndo antes de chegar na minha casa eu fui correndo do ponto de ônibus até na frente da casa onde acabei encontrando Maria Clara do lado de fora, ela estava com uma lata de cerveja nas mãos e também havia em cima da mesa uma latinha de energético fechada onde eu joguei a minha mochila no chão ao lado da mesa e me sentei olhando para ela pegando ela tinha nas mãos, ela sempre fazia isso quando me esperava chegar da faculdade.

Maria Clara - eu estava esperando que você pudesse voltar - eu acabei olhando para ela quando tomei um pouco daquele energético eu tenho que admitir que aquilo estava me deixando um pouco mais calma depois de tudo que eu acabei sofrendo durante o dia todo - Como foi na faculdade essa noite?

Maria Cecília- Sinceramente eu estou cansada, mas a faculdade foi legal e Raquel acabou levando mais uma das suas comidas brasileiras, ela vai embora daqui a dois meses e vai voltar para o Brasil - eu acabei avisando, então Maria Clara respirou profundamente olhando para a rua vazia, alguns vizinhos ainda estavam sentados na frente da casa como se estivesse conversando, principalmente os mais idosos porque eles estavam felizes por causa da aposentadoria - o que aconteceu com a Maria Cristina?

Maria Clara - eu ainda não sei, mas eu tive que arrumar um jeito de conversar na clínica paga pela empresa enquanto estiver trabalhando, para que eles pudessem me arrumar uma máquina respiratória para Que ela possa dormir, eles vão deixar comigo durante alguns meses para Que ela possa melhorar - respire profundamente afirmando com a cabeça, eu precisava urgentemente terminar a faculdade ela depressa possível e abrir a minha clínica eu poderia juntar dinheiro começa a cidade para pagar a maldita cirurgia para Maria Cristina, ela embora fizesse tudo para agir como se não estivesse importando com a falta de ar, eu ainda estava preocupada, ninguém fazia a menor ideia que ela estava doente, apenas a nossa mãe mas para nós era apenas uma carne esponjosa no pescoço e no nariz, mas então acabamos descobrindo que era uma carne esponjosa na via respiratória e que ela precisava de uma cirurgia para que pudesse respirar normalmente, enquanto isso ela sofre de asma e precisa de uma bombinha para respirar, e o pior era que estava piorando porque a carne esponjosa estava crescendo e ela iria precisar de uma máquina para continuar respirando se eu não conseguir se juntar o dinheiro suficiente para pagar a cirurgia - eu posso ver que você acabou ficando nervosa por, fica tranquila porque nós Ainda temos tempo, 2 anos no mínimo para conseguir o dinheiro eu também estou fazendo de tudo para conseguir uma promoção e com a promoção eu vou conseguir receber melhor e então vamos conseguir juntar o dinheiro.

Maria Cristina- que dinheiro?- ela apareceu na porta tomando um copo de água mas ela estava trazendo aquela pequena máquina respiratória com ela que estava ligada no seu nariz, se sentou na escada que ficava na frente da nossa casa e ficou ali enquanto olhava para nós com o celular nas mãos.

Maria Clara- eu estava falando do dinheiro para comprar algumas coisas para colocar em casa, eu já estou com um bom dinheiro na conta então vou fazer compra amanhã, você pode guardar o dinheiro para comprar sua nova bombinha esse mês - ela abriu os olhos como se estivesse lembrando que precisava da bombinha para respirar então afirmou com a cabeça olhando para rua, aquele aparelho para respiração estava do seu lado e aquela cordinha fina estava conectada no seu nariz, eu tenho que admitir que era meio doloroso olhar para minha irmã e ver que ela precisava disso para sobreviver, se não fosse o maldito do nosso pai que foi embora e não ajudou a mamãe nem com a pensão, com toda certeza absoluta Maria Cristina estava bem melhor agora porque minha mãe poderia ter corrido atrás do tratamento para ela quando criança e nada disso estaria acontecendo.

Maria Cecília- está doendo muito?- Eu aprontei com o dedo para o nariz e ela acabou negando com a cabeça, sinceramente já acho que já estava acostumada com isso que nem acaba percebendo - como foi hoje?

Maria Cristina- como sempre, eu trabalhei durante o dia todo e quando cheguei em casa fiquei jogando, O bom é que eu estou no campeonato mundial de street fighter, pelo menos vai servir para que eu possa me distrair um pouco - eu afirmei com a cabeça olhando para Maria Clara que respirou fundo.

Maria Clara- então parece que nós vamos ter que arrumar um lugar melhor para nós mudar, nem parece que a gente cresceu a vida toda dentro dessa casa - eu olhei para casa que era praticamente quase colada com a casa dos vizinhos, era aquela típica casa inglesa mas ainda sentia o seu toque antigo e charmoso - não tem como você abrir a sua Clínica aqui então temos que mudar para outra rua aqui da vila dor, Pelo menos vamos estar em casa e também você vai trabalhar para você mesma, eu tenho certeza que os vizinhos vão gostar porque não tem nenhum veterinário por aqui.

Maria Cristina - muito menos um posto médico que possa cuidar de nós, é por isso que eu quero abrir uma clínica médica, Pelo menos eu vou poder ajudar os nossos vizinhos da vila dor - É verdade, basicamente esse bairro Era mais pobre da cidade e parecia que o governo não ligava para nós pelo grande fato de que nós mas eu realmente não existiríamos para eles o que era completamente doloroso muitas pessoas idosas moravam nesse lugar e precisavam de atenção e muitas crianças também, infelizmente às vezes a maldade humana acabava me surpreendendo mais ainda.

Maria Clara - Maria Cristina, eu deixei alguns lanches prontos em cima da minha, tem como você trazer?- ela afirmou com a cabeça e saiu empurrando aquele aparelho respiratório junto com ela, então eu olhei para Maria Clara porque sabia que ela tinha alguma coisa para me dizer - eu vou precisar viajar durante três meses com o meu chefe para terminar de resolver algumas coisas, eu ainda não sei se isso é realmente verdade porque estou concorrendo a ser a recepcionista da presidência e Se isso for verdade, e se eu realmente consegui, vamos conseguir pagar a cirurgia - Eu segurei a mão dela, meus olhos estavam marejados, era tanta coisa pesando nas minhas costas que às vezes eu esqueci que ela também estava lutando.

Maria Cecília - pelo menos com a cirurgia eu vou ter certeza absoluta de que ela não vai precisar mais dessa máscara para respirar - ela tomou um pouco mais da sua cerveja e então nós duas olhamos para rua vendo alguns carros passar e alguns vizinhos levantar a mão em cumprimento - E como vai o trabalho? Tem certeza que vai conseguir passar?

Maria Clara - eu ainda não sei mas eu estou me esforçando demais, o gerente que toma conta da recepção é um pouco ríspido demais com as pessoas, mas eu tenho certeza que tudo vai mudar quando eu começar a trabalhar na presidência Então vamos ter dinheiro suficiente para fazer a operação da Maria Cristina e também podemos fazer o possível para encontrar um lugar para abrir a clínica - eu vou dormir com a cabeça, e se era um bom plano Então eu só tinha que esperar esses dois meses acabar para Que ela possa voltar de viagem com a resposta, e só então eu vou ter certeza se a minha irmã vai conseguir realizar o seu sonho de ser a recepcionista do presidente e só então eu vou poder respirar aliviada Por que não vai faltar dinheiro para a cirurgia da Maria Cristina e então, vou poder abrir a minha clínica e realizar o meu sonho...

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