Capítulo 497
Ele realmente se atrevia?

Por que ele sabia que ela não faria nada.

Ela não chamaria Olga de verdade. Se ela considerava a insistência de Rodrigo como um comportamento desprezível, o que dizer de si mesma?

Querendo tanto quanto ele, mas se segurando com todas as suas forças, não era também um comportamento desprezível?

A pessoa atrás dela, no entanto, soltou um riso mudo.

- Não é confiança, é fé em você.

Ele estendeu a mão, com a palma virada para o centro da mão dela, seus dedos definidos entrelaçam-se nos dela, e ele disse com uma voz rouca:

- Camila, me desculpe. - Seu tom carregava um tom de arrependimento e também de cautela.

Três anos atrás, se ele não tivesse insistido para ela se afastar, talvez aquele acidente não tivesse acontecido.

- Desculpas servem para alguma coisa? - Alicia, com um olhar sombrio, se desvencilhou do abraço dele e se afastou. - Meu pai morreu, Karina também, perdi meu bebê, se naquele dia eu não estivesse na chuva...

- Que bebê?

A garganta de Rodrigo travo
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