A pergunta parecia mais um teste.

Os cílios de Rodrigo se contraíram e, com um ar indiferente, ele disse:

- Se ela escolheu ir, deve ter seus motivos. Talvez eu deva confiar nela.

Rodrigo refletiu por um momento. Realmente, ele não deveria considerar Camila como uma mulher frágil.

Aquela mulher que nunca abaixou a cabeça para ninguém, ele não a conhecia a pouco tempo. Se ela queria fazer algo, poucas pessoas a conseguiriam impedir.

"Será que ela está zangada comigo? Como eu posso agradá-la?"

Distraído em seus pensamentos, ele olhou para Kyra e questionou:

- O gosto de vocês, mulheres, deve ser semelhante, não é?

Kyra hesitou, um sorriso surgindo em seus lábios:

- Nem sempre. Por quê?

- Acho que Camila ficou irritada comigo esta manhã. Estou pensando no que dar a ela de presente.

Absorto em como fazer Camila feliz, Rodrigo não notou a mudança no olhar de Kyra.

Ela mordeu o lábio inferior, um lampejo frio cruzando seus olhos. As unhas se cravaram na palma de sua mão enquanto ela sorria: