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NA MANHÃ SEGUINTE DO PÔR DO SOL

A ANSIEDADE DOS MENINOS

Nataly acordou e começou a se arrumar para ir para o colégio, seu pai que trabalhava no centro da cidade como promotor de justiça, a apressou pois ele a levava todos os dias e naquele dia não seria diferente, ela terminou de se arrumar e desceu as escadas, seguiu pra cozinha para tomar seu café, que já estava pronto pois seu pai como todos os dias preparava, assim que a viu entrar na cozinha ele a olhou e falou:

Onde você foi ontem quando saiu daqui correndo daquele jeito? Saí sem rumo pra dar uma volta — ela falou sentando-se e pegando a xícara de café que ele colocou a sua frente, ela tomava seu café em silêncio pois ainda estava muito zangada com ele, e pensava no motivo da discussão deles na atrde anterior, onde ela ficou revoltada com ele que achou seu diário e leu as coisas que ela escrevia sobre Thomas, para completar, ele exigiu que ela parece de escrever tudo aquilo como ele falou, ou jogaria aquele caderno palavras dele também, fora, sentada ali com o coração doendo ela falava em pensamento:

“Como eu vou fazer isso? Ele não pode me obrigar a parar de escrever sobre meus sentimentos”

— Nataly, Nataly!

— Hã, Oi,

— O que você tem? Tá aí toda distraída, eu estou te chamando, você pensou no que eu te falei ontem?

— Sobre o que?

— Sobre parar com aquilo — ele falou olhando-a sério.

— Pai eu o amo, mas ele nem tem ideia dos meus sentimentos por ele, isso é coisa de adolecente, você não sabe nada sobre isso! Como eu queria que a mamãe estivesse viva, eu sinto muito a falta dela principalmente, nessas horas que eu não tenho ninguém pra conversar e me estender, — Filha eu também queria muito que ela estivesse aqui, principalmente nesse momento que é bem complicado pra mim! Mas mesmo assim eu não quero saber de você com nenhuma história de namoro, entendeu Nataly. Foca no seus estudos que já está muito bom!

Enrugando os lábios ela começou a se lembrar que se apaixonou pelo Thomas, há três anos atrás! e tem o amado em silêncio, desde então, e só naquele momento que seu tinha descoberto e estava lhe proibindo e o que ela iria fazer pois jamais que se desfazer de tudo que já escreveu pois em seus diários tinha muitos detalhes de momento que nem o Thomas sabia que ela tinha visto, na qual eram momentos dele jogando de suas manias de morde os lábios quando está sobre cobrança, e o jeito de olhar por baixo achando que ninguém percebe. e depois de todo esse tempo o seu pai está exigindo a proibição de seus pensamentos.

Onde a fez pela primeira vez enfrentá-lo e brigar com o pai na tarde pouco antes de encontrar os rapazes no lago onde seu pai não podia saber que viram o pôr do sol juntos no lago.

Ela e o pai acabam de tomar café, ela escovou os dentes e saíram em seguida, alguns minutos depois, ele parou seu carro no portão do colégio e quando ela sai do carro os quatros meninos já estavam no portão do colégio, disfarçando pra poder vê-la chegar.

Mas ela passou por eles e sem nem ao menos olhá-los muito menos falar, eles ficam sem entender nada, mas depois que o pai saiu com o carro, ela olhou na direção deles e sorriu, Cal o mais saliente ficou todo assanhadinho pro lada dela, e em seguida falou pros outros, que iria conquistá-la porque queria muito namorar com ela, já Pol e Rick, falaram:

Então que vença o melhor, porque eu também quero conquistá-la!

Já Thomas, como sempre, não falou nada, ele ficou calado na dele como sempre, pois ele era de guarda seus sentimentos pra ele mesmo, ele já a amava, mas não queria que ninguém soubesse e além do mais ele não queria dividi-la com mais ninguém, então fingia que não estava nem aí pra ela, mas enquanto todos entra no colégio, ele a olhava discretamente.

Ao entrarem na sala de aula, ela seguiu para se sentar em seu lugar de costume, eles fizeram o mesmo.

No intervalo todos foram para a quadra jogar futebol, Nataly e suas amigas sentaram na arquibancada pra assistir, as amigas começaram a falar sobre os rapazes inclusive dos quatros, e quando Sônia falou sobre o Thomas, Nataly ficou quieta, por gosta dele ela não queria ouvir outra garota fala nele, principalmente do jeito que a amiga estava falando com admiração e desejo, ela ficou com ciúme dos comentários sobre o Thomas, ela inventou que precisava ir ao banheiro e saiu, seguiu pro vestiário e lá sentou-se e ficou até o sinal tocar, depois saiu e seguiu para a sala, antes que as amigas chegasse, contudo, no momento que ela estava passando no corredor, ela escutou eles vindo, ela correu e entrou depressa na sala sentando-se em seu lugar, as amigas logo chegaram e ao vê-la falaram:

Oi Nataly, por que você não voltou pra ficar com a gente na quadra?

— Ah, eu demorei e quando estava indo o sinal tocou, então, achei melhor vir pra sala!

— Tá bom — falou Sônia.

— Mas me fala, quem ganhou o jogo?

— Ah, foram os nossos meninos — disse Amanda toda sorridente após ela gostar do Rick.

— Que bom, eles jogam bem, então mereceram né! — disse Nataly tentando esconder seu desagrado com Sônia.

— Sim — falou Amanda respondendo-a.

Os meninos não demoraram e logo entraram todos eufóricos, falando e rindo alto. Thomas disfarçando a olhou pois estava preocupado com ela, já que tinha visto na hora que ela saiu cabisbaixa da quadra, mas ele como sempre soube muito bem disfarçar seus sentimentos, no momento que ele a olhou ela também o olhou e os olhares deles se cruzam, mas ele logo desviou pro outro lado, ao ver o gesto dele ela se entristeceu achando que ele não gostava dela e muito menos se lembrava daquela tarde na estrada.

UM LEMBRA DO OUTRO MAS…

Ela queria muito que ele se lembrasse, mas na cabeça dela, ele não se lembrava, só que o que ela pensava dele, ele pensava a mesma coisa dela.

As horas passaram e chegou a hora de ir embora, eles como sempre foram de carona com Thomas que como é o mais velho deles já tinha seu próprio carro, e sempre levava os amigos, Nataly viu todos entrarem no carro, mas não falou nada, pois a senhora, Eva a zeladora do colégio trabalhar a parte da tarde em sua casa, e a levava por ordem do seu pai, e ficava com ela até o pai chegar, não dando brecha pra ela sair com ninguém, e os rapazes já sabiam disso, então vindo passar por eles, não falaram nem uma palavra com ela, Thomas ficou olhando-a pelo retrovisor até não conseguir mais, só depois ele falou:

E aí Rick, vai ficar na loja?

— Sim, me deixe lá, vale!

Os pais do Rick eram donos da loja de material de construção da cidade e ele trabalhava lá depois do colégio com o pai e a irmã, já o Cal, também trabalhava com o pai e a mãe na padaria e confeitaria da família, Pol, era filho do dono do mercadinho e também ajudava lá depois do colégio, o pai de Thomas era dono do açougue da cidade, então cada um dos rapazes tinham o que fazer depois do colégio, as famílias se conheciam e os mantinham ocupados e longe de problemas.

Como dizia o pai do Thomas, de trabalho a seus filhos pra eles não lhes dar trabalho!

“Como dizem, cabeça vazia é oficina do inimigo, que no caso das crianças e adolescentes, são os perigos das más companhias e os perigos das ruas!”

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