Encarei o semideus a minha frente ciente de sua habilidade muito superior a minha.
Aquiles não era apenas um simples mortal nem um semideus qualquer.Me lembrei da profecia de sua mãe Tétis que ela daria a deusa um filho que poderia ser tão grande quanto o rei do Olimpo, Zeus para burlar a profecia entregou Tétis a um mortal para ser seu marido fazendo assim que Aquiles viesse ao mundo como um semideus e não um deus.Mas encarei-o agora diante de mim, os músculos de seu braço sem qualquer ferimento mesmo que eu tivesse tentado e muito, ele permanecia intacto.Seu olhar era tão feroz e confiante, ele não duvidava de si nenhum por um momento percebi, ele girou a espada perigosamente contra mim, só pude recuar para trás tentando desviar de seus golpes.- Acabe logo com isso!- exigiu Menelau e o som da sua me enfureceu, desejei imensamente te-lo matado quando tive a chance.
Tróia estava sendo atacada pelos gregos e eu só pensava que eu devia matar um homem.Um único homem precisava a todo o custo morrer e eu faria isso.Segui com vários soldados para a sala de armas, Heleno e meus outros irmãos estavam reunidos lá se armando e decidindo o que fariam.Quando cheguei a maioria deles não conseguiu disfarçar seu olhar que me culpava por toda aquela guerra.Eu tentei ignorar aquilo porque precisávamos nos unir para derotar os gregos mesmo que as chances estivesse contra nós era preciso ser confiante.- Páris!- exclamou Heleno ao me ver chegando.Rapidamente os guardas foram me passando minha cota de malha que vesti rapidamente, peguei meu escudo e espada.- Irmãos.- falei alto por causa de todas as vozes juntas, vários homens estavam como eu se Armando.Heleno explicou que a metade da cidade já estava tomada e isso não me surpreendeu, narrou como tud
O cheiro de carne queimada era nauseante para mim, ao passar por aqueles corpos vi que alguns ainda estavam vivos mas por poucos segundos.Eram tanto deles que eu não me atrevia a contar.Os soldados troianos viram toda aquela cena de horror como um sinal de esperança para eles, mas embora eu estivesse ao lado deles eu não conseguia comemorar matando tantos homens assim de uma só vez.Era bem da verdade que eu estava disposta a matar Menelau em seu leito de doente mas aquilo era completamente diferente, Menelau era um líder militar, um rei do qual trazia milhares de soldados a guerra atrás de uma mulher que o deixou.Matar ele era o certo no meu conceito.Mas isso que havia acabado de fazer?Não parecia certo de várias maneiras diferentes e fiquei perturbada ao pensar sobre o que Perséfone ou Hermes diriam comigo matando tantos mortais assim de uma vez.Caminhei desviando d
Eu estava caindo.No completo vazio.O vento ao redor açoitava meu rosto, eu agitava minhas meus braços em uma atitude desesperada de alcançar algo que eu pudesse me segurar mas não havia nada.Não tinha nada ao redor, eu nem sabia se o solo estava próximo ou não.Não sei quanto tempo depois passou até que eu atingi o solo.Arfei deitada em uma superfície arenosa.Toquei a areia ao meu redor e me levantei sentindo dores mas eu não sabia nem de qual altura eu havia caído e nem mesmo de onde.Olhei ao redor tentando saber onde eu estava e vi diante de mim um rio muito longo e escuro.Estava tudo muito silencioso, olhei para o céu e vi somente escuridão, alguns raios alaranjados brilhavam de vez em quando mas não havia lua ou sol visíveis em lugar algum.Eu só poderia estar no mundo inferior ainda.- Perséfon
Encarei Héstia enquanto ela simplesmente desaparecia diante de mim.Tentei tocar onde uma vez ela esteve mas ela já havia desaparecido.Me sentei na areia negra me sentindo completamente derrotada.Eu havia perdido no momento em que confiei em Hades e isso me doía tão profundamente que era difícil até de pensar.Os deuses eram cruéis e egoístas eu já havia ouvido essas palavras e agora eu acreditava nelas.A quanto tempo eu estava inconsciente? Eu nem se quer tive tempo de perguntar a ela.Mas me lembrei de sua pergunta.Porque estavamos a beira do rio estige.Realmente porque? Aquilo deveria ter algum significado não? Caminhei até o rio e meus pés chegaram a tocar a água gelada.Olhei mais atentamente e vi o barco de Caronte que começou a se aproximar devagar até ficar a uma curta distância da margem.Não era realmente Caronte é claro porque aquilo tudo acontecia em minha mente mas me perguntei o que aconteceria se eu embarcasse?C
Olhei ao redor e vi que por mais que tentassemos não conseguiamos repelir os gregos, quanto mais eu matava mais gregos apareciam até que vi Heleno correr para o templo com um grupo de soldados.Nós estavamos na rua principal que levava ao Palácio.- Heleno!!- o chamei mas ele não 7 virou, olhei para o templo e vi Cassandra sendo arrastada por soldados inimigos para dentro dele, quando fiz menção de correr até eles fui jogado para trás por um escudo que me acertou no rosto.Cai no chão em meio a toda a confusão de espadas se cruzando e corpos caindo.Olhei para cima em direção ao meu agressor e vi quem eu tanto procurava.- Pensa que seu fim será rápido assim?!- exclamou Menelau e me mandou levantar.Levantei de imediato e avancei contra ele que aparou meu golpe, fui atingido por seu escudo novamente dessa vez na perna e uma dor terrível me atingiu.Cambaleei para trás ciente de que aconteça o que acontecer eu tinha que mata-
TróiaDo alto de um prédio eu olhava Páris cair morto devido a todos os seus ferimentos, antes que caísse ao chão ele disparou sua última flecha que Apolo guiou para o ponto fraco de Aquiles tão habilmente. Olhei o deus brilhante como o sol ao meu lado, observei enquanto ele levantava sua mão e girava a palma com esse simples gesto a flecha que era para o fim de Menelau seguiu outro rumo, seu propósito se tornou outro e ela se enterrou no calcanhar de Aquiles que caiu morto, olhei nos olhos daquele guerreiro e vi seu olhar incrédulo repousar em Páris, eu me regozijei dessa visão.Em saber que ele viu como sua morte foi patética, nenhum pouco gloriosa.Depois se iniciou os gritos de Helena, foi doloroso observar Páris tentando se arrastar até ela mas estava sangrando em abundância, ele tentava a todo custo levantar sua cabeça para olhar para ela e pela primeira vez eu realmente percebi o tamanho do amor um do outro.Mes
Encarei aqueles olhos que tão bem eu conhecia, eu havia crescido vendo aqueles olhos tão profundamente familiares para mim.Hermes meu primeiro amigo no Olimpo.Um amigo sincero.- Hermes.- falei seu nome e percebi como minha voz estava falha, fraca.Eu mesma me sentia tão frágil, quanto tempo eu estava assim inconsciente? Era uma coisa que eu não desejava saber agora.Olhei ao redor procurando outros deuses, eu estava procurando Hades?Afastei esse pensamento repudiando-o completamente.Então me ocorreu que Hécate não estava no quarto, nem Éaco.Olhei novamente para Hermes e vi que ele segurava minha mão, sua mão emanava um calor que eu achei extremamente reconfortante, quando notei isso ele a soltou e lamentei profundamente sentindo falta de seu toque.- Hécate e Éaco Onde estão?- perguntei e tentei me sentar
Encarei Hermes tentando assimilar o significado de suas palavras que me pareciam cruéis demais para que pudessem ser verdadeiras.Tudo isso era cruel demais.- Eu dormi por muito tempo?- perguntei.- Não, três dias só mas foram suficientes para Athena e Hera se unirem para a destruição dos Troianos, Hécate pelo o que Apolo me contou fez de tudo para impedir mas não conseguiu, Apolo e Afrodite não chegaram a tempo de impedir Athena.- revelou ele e vi minhas mãos tremerem sobre as cobertas.- Não.- murmurei sem ar para ele.Não.Isso não estava acontecendo.- Você fez tudo o que pôde, mas acho que era o destino daquela cidade.- respondeu Hermes parecendo conformado.Voltei a olhar para ele.- E seu filho na mansão? E Kira?Seus olhos se tornaram tristes demais e deduzi que estavam mortos.Ele não respondeu minha pergunta mas não p