Rosana suspirou e disse: — Estou pensando no futuro, como vou me relacionar com a sua mãe? O que eu devo fazer para que ela me aceite?Manuel beijou os lábios de Rosana, e com um olhar profundo, olhou para ela e disse: — Se ela vai te aceitar ou não, já não importa mais. Eu te aceito, eu te quero, isso é o suficiente! Após essas palavras, Manuel não deu mais espaço para que Rosana continuasse a duvidar de si mesma. Com um beijo apaixonado, ele calou as palavras que estavam prestes a sair da boca dela. Sob a luz tênue da lâmpada no quarto, dois corpos jovens se entrelaçaram, enquanto as sombras na parede se moviam para cima e para baixo. ... No dia seguinte, ainda antes do amanhecer, a porta do quarto foi batida. Rosana, exausta pela noite anterior com Manuel, se cobriu com o lençol. Manuel olhou para o relógio; ainda era apenas cinco horas da manhã. — Quem é? — Perguntou ele, visivelmente irritado. — É a Keila? Para surpresa deles, a voz de Sra. Maria ecoou do outro
Mas agora, parecia evidente que a doença da mãe de Manuel não havia melhorado, apenas estava sendo temporariamente controlada pelos medicamentos. Manuel estava extremamente preocupado. Encontrou uma colher e subiu correndo as escadas. Ao entrar no quarto, a cena à sua frente o deixou paralisado de choque. Sra. Maria estava mordendo a mão de Rosana, que, embora sentisse uma dor insuportável, se mantinha em silêncio. Ela tinha medo de que, se retirasse a mão, a mãe de Manuel poderia acabar mordendo a própria língua. — Rosa! Manuel arregalou os olhos, desesperado. Ele correu até eles e, com um movimento rápido, enfiou a colher na boca de sua mãe, conseguindo finalmente liberar a mão de Rosana. Rosana estava visivelmente dolorida. O sangue já começava a escorrer do dorso de sua mão, tingindo a pele clara de vermelho e tornando a cena ainda mais angustiante. ... No hospital. Sra. Maria foi levada de ambulância para a sala de emergência, enquanto Rosana também recebia atend
— Rosana, você está bem? — Isabelly rapidamente ajudou Rosana a se recompor. — Eu realmente adivinhei certo? Você foi mordida por um cachorro? De quem é o cachorro? Você tem que fazer o Sr. Manuel buscar eles para pagarem! E mais, você já foi tomar a vacina contra raiva? E se era um cachorro raivoso, poderia te transmitir a raiva! Tem que tomar muito cuidado!Quanto mais Rosana ouvia, mais ela se sentia desconfortável, pois não conseguia evitar de associar o que Isabelly dizia ao rosto da Sra. Maria.— Tá bom, eu já sei. — Rosana, enquanto empurrava Isabelly para fora, disse. — Vou sim ao hospital fazer um exame, obrigada pelo aviso....Enquanto isso, no hospital.A Sra. Maria já estava acordada.Naquele momento, durante a crise epilética, ela tinha se esquecido do que havia feito. Por isso, quando a Sra. Maria soube que Rosana, para evitar que ela mordesse a própria língua, havia colocado a mão sobre sua boca, ela ficou profundamente surpresa.— Não, isso não é possível! — No fundo,
A Sra. Maria, ao pensar nas outras possibilidades envolvendo seu marido, se agitou imediatamente e disse:— Então você precisa ir atrás do Denis, perguntar tudo para ele! Será que ele e o Diego se uniram naquela época?— Calma, mãe. — Manuel tentou acalmá-la. — Eu estou monitorando o Denis com a ajuda dos meus assistentes, mas até agora, ninguém que ele tenha encontrado apresenta qualquer problema. Embora eu tenha descoberto que há inconsistências no currículo dele, isso é só o começo, não podemos nos precipitar. O que eu quero que a senhora entenda é que, independentemente do que o pai da Rosana tenha feito, isso não tem nada a ver com ela. Naquela época, Rosana era só uma menina, o que ela poderia saber?A Sra. Maria ficou em silêncio por um longo tempo, suspirou e disse:— E o que você quer que eu faça, então? Toda vez que vejo aquele rosto de Rosana, me lembro do pai dela. Eu realmente não consigo me livrar disso.Manuel olhou profundamente para sua mãe e respondeu:— Eu acredito q
...Ao chegar no escritório Marques Advogados, Manuel deu uma ordem para Cláudio:— Você vai lá e marca uma visita à Prisão da Cidade M. Eu preciso ver o Diego à tarde.— Claro, Sr. Manuel. — Cláudio respondeu prontamente, mas logo se lembrou de algo.Vendo Cláudio parado ao seu lado, visivelmente hesitante, Manuel perguntou:— Tem mais alguma coisa?Cláudio então falou:— Sr. Manuel, ouvi de minha namorada que a Srta. Rosana foi mordida por um cachorro. A mão dela ficou bem machucada, parece ser grave. Isabelly está preocupada com o risco de a Srta. Rosana pegar raiva, e pediu para eu avisá-lo.O rosto de Manuel ficou imediatamente assustador. Ele pensou em repreender aqueles dois, mas logo se lembrou que tinha sido ele quem havia pedido a Isabelly para ficar de olho em Rosana. Assim, engoliu o que estava prestes a dizer, e com uma expressão fria disse a Cláudio:— Vá cuidar do que precisa.Pelo olhar de Manuel, Cláudio percebeu que ele não parecia nada satisfeito. Mas Cláudio não co
...Diego, afinal, por quem está se escondendo?Neste momento, Diego já havia chamado o carcereiro, afirmando que não tinha mais nada a dizer a Manuel, e se recusava a continuar a conversa.Manuel observava a silhueta de Diego se afastando, e um pensamento sombrio passou por sua mente: ele teria coragem de matar?...Hospital Cidade M.Keila e Rosana haviam preparado a sopa e estavam indo entregá-la.Quando Sra. Maria viu que Rosana também havia chegado, ela demonstrou certa surpresa. Seus olhos, no entanto, logo se fixaram na mão de Rosana, que estava toda enfaixada. A postura arrogante e altiva de Sra. Maria, que normalmente se destacava, parecia ter suavizado um pouco naquele momento.— Foi o Manuel quem te mandou? — Perguntou Sra. Maria, tentando disfarçar o desconforto, quebrando o silêncio de forma um tanto constrangedora.Rosana sorriu e explicou:— Não consegui falar com Manuel, provavelmente ele está em uma reunião. Como eu voltei para casa e vi que Keila ia trazer sua janta,
Rosana queria aproveitar a oportunidade para passar mais tempo com a Sra. Maria e fortalecer o vínculo entre elas.Pouco depois, Manuel chegou.Quando Manuel viu Rosana sentada ao lado da Sra. Maria, uma expressão de evidente preocupação cruzou seu rosto, uma leve tensão se espalhou por sua face encantadora:— Rosa, quando você chegou aqui?Manuel examinou Rosana com os olhos, indo de cima para baixo, temendo que a Sra. Maria tivesse feito algo contra ela novamente.A Sra. Maria pareceu perceber o que passava pela cabeça de Manuel e, visivelmente incomodada, falou:— O que é isso? Você acha que eu vou fazer mal à Rosana?Manuel queria responder: "Bem, isso até poderia acontecer", mas, ao se lembrar de que a mãe estava irritada por causa dele naquele dia, preferiu engolir as palavras.Rosana, percebendo a situação, se apressou em explicar:— Você está pensando demais, tia Maria só estava conversando comigo. Antes de você chegar, estávamos nos entendendo muito bem.Manuel a olhou com uma
O olhar de Manuel caiu sobre a mão de Rosana, enfaixada, e ele franziu a testa, dizendo:— Na próxima vez que algo assim acontecer, você desce para pegar o garfo, e eu fico aqui cuidando da minha mãe.Só de lembrar como a mão de Rosana ficou depois de ser mordida, Manuel não conseguia deixar de se sentir preocupado.Rosana sentiu uma onda de calor no coração, e, após um breve silêncio, perguntou:— A propósito, você está muito cansado hoje? Você parece estar pálido, não está bem.Manuel sabia que, para eles, o caso de Diego era uma dor constante, algo que ainda os agoniava profundamente, e ele não queria que Rosana se envolvesse ainda mais.Por isso, Manuel respondeu calmamente:— Está tudo bem, é só que no trabalho algumas coisas estão mais complicadas.— Que bom. — Rosana suspirou aliviada e, com um sorriso suave, recostou a cabeça no ombro de Manuel. Em seguida, perguntou com um tom curioso: — Você não percebeu? Parece que tudo está finalmente indo para o lado certo.Manuel forçou u