Rosana rapidamente virou o rosto, desviando o olhar de Manuel, e seguiu com passos ligeiramente desordenados em outra direção. Só ao entrar no elevador é que percebeu que seus olhos estavam vermelhos. Ela respirou fundo algumas vezes, ajustou suas emoções e retocou a maquiagem.Após esperar um pouco na sala reservada, Cristóvão finalmente entrou, acompanhado por um homem de meia-idade.Rosana se levantou imediatamente.Cristóvão apresentou:— Este é o Sr. Luciano.O Sr. Luciano rapidamente interveio:— Aqui dentro, não é necessário me chamar assim. Se alguém ouvir, pode ser problemático. — Após isso, ele sorriu para Rosana e se aproximou dela. — Srta. Rosana, meu nome é Luciano. Como estamos aqui para jantar, podemos ser amigos. Pode me chamar apenas de Luciano!Rosana olhou para Luciano com um olhar investigativo, seus olhos refletindo uma ponta de desconfiança. O tal Luciano parecia ter pelo menos cinquenta anos. Não estaria na hora de se aposentar? Além disso, Rosana já tinha ido
Rosana deu um olhar frio para Luciano e disse com indiferença:— Desculpe, Sr. Luciano, vou pensar em outra maneira de resolver essa questão. Vou embora agora.Dizendo isso, Rosana pegou sua bolsa e se dirigiu para a porta. De repente, suas pernas começaram a tremer, e uma sensação de fraqueza tomou conta de seu corpo.Ela caiu no chão, sentindo como se uma chama estivesse começando a crescer dentro dela, aumentando cada vez mais, como se estivesse prestes a consumi-la por completo.Estava quente, um calor insuportável...Rosana, lutando contra aquela sensação, olhou para eles e perguntou, com dificuldade:— O que havia naquela bebida de agora há pouco?Luciano e Cristóvão trocaram um olhar e riram, de forma desprezível. Cristóvão deu um tapinha no ombro de Luciano e disse:— Sr. Luciano, essa mulher é sua agora. Mas se lembra do nosso acordo: você vai me ajudar com o caso do Pedro, certo? Preciso que ajeite isso para mim!— Pode deixar! — Respondeu Luciano, satisfeito. — Tenho vários
Rosana quase pensou estar sonhando.— Manuel... — Murmurou ela, chamando o nome dele com voz fraca.Foi somente quando se viu envolta naquele abraço quente e familiar que Rosana percebeu que, de fato, Manuel estava ali para salvá-la.Manuel a segurou em seus braços, com os lábios firmemente pressionados em uma linha fina, e um olhar congelante, como o inverno. Com passos rápidos, ele levou Rosana para o quarto que havia reservado.Ao colocá-la na cama, Manuel se preparava para voltar e lidar com Cristóvão e Luciano. No entanto, foi interrompido ao sentir a mão dela segurar a sua.— Não vá, Manuel... Não me deixe... — Murmurou Rosana, quase inconsciente, chamando-o com súplica.Seus cabelos negros se espalhavam pela cama branca como algas flutuantes, e seu rosto, normalmente pálido, agora se tingia de um rubor intenso. A pureza e a sedução se misturavam em uma harmonia arrebatadora.Foi então que Manuel notou o efeito da droga erótica em Rosana.Ele pegou o celular e ligou para Cláudio,
Manuel apenas pôde sorrir e disse:— Nós temos uma sintonia especial, não é?Apesar de ser uma frase simples, o rosto de Rosana corou instantaneamente.Rosana, incapaz de encarar o olhar intenso de Manuel, murmurou baixinho:— Obrigada, você me salvou mais uma vez.Manuel curvou os lábios em um sorriso discreto e puxou Rosana para junto de si, sua voz rouca e profunda carregando um tom de provocação:— E você ainda se lembra do que mais aconteceu ontem à noite?Rosana parou por um instante, relembrando os acontecimentos após Manuel tê-la salvo na noite anterior. Embora sua consciência estivesse turva naquele momento, a sensação de prazer e excitação permanecia viva em sua memória.Ela se lembrou de como havia segurado Manuel, impedindo ele de ir embora, insistindo para que ele ficasse ao seu lado...O rosto de Rosana ficou tão vermelho que parecia prestes a derreter. Sentia uma vontade quase incontrolável de desaparecer de tanta vergonha.Manuel, achando graça na expressão adorável de
Rosana ouviu aquilo com enorme surpresa, e seu corpo inteiro tremia sem parar. Manuel declarou com firmeza:— Só eu posso salvar seu pai, e só eu tenho a capacidade para isso. Caso contrário, é melhor você se acostumar com a ideia de que ele ficará preso para sempre!Ao terminar a frase, Manuel começou a caminhar em direção à porta. Mas, naquele instante, Rosana saltou da cama e correu atrás dele. Ela o abraçou por trás, envolvendo a cintura de Manuel com seus braços, e pressionou o rosto contra suas costas largas, de onde escapou um leve e dolorido murmúrio:— Manuel, por favor, não vá. Você pode me dar um tempo para pensar?Manuel se virou, segurando o queixo de Rosana e erguendo seu rosto, enquanto perguntava:— Tempo para pensar no quê?Rosana respondeu, com uma expressão de cansaço e desamparo:— Muita coisa aconteceu recentemente, e minha mente está um caos. Será que você poderia me dar um tempo? Para eu... Refletir um pouco?Com um leve sorriso nos lábios, Manuel perguntou:—
Ao sair da delegacia, Rosana soltou um longo suspiro de alívio.— Desculpa por ter tomado o seu tempo. Não precisa me levar de volta, eu posso pegar o metrô sozinha. — Disse Rosana a Manuel.A forma contida de Rosana fez Manuel achar graça. Ele apertou de leve a bochecha dela e comentou:— Só agora você percebe que tomou o meu tempo? E ontem à noite, quando estava me agarrando e não me deixando ir embora, você não pensou nisso, não é?O rosto de Rosana ficou vermelho até as orelhas. Embora ontem ela tivesse sido afetada pela droga afrodisíaca, ainda lembrava vagamente o quão intensa e apaixonada havia sido aquela noite. Afinal, fora ela quem tinha tomado a iniciativa de fazer amor com Manuel.Manuel, vendo Rosana daquele jeito, sentiu uma satisfação inesperada e perguntou:— Agora você se lembrou?Rosana mordeu o lábio inferior, totalmente envergonhada. Manuel passou o braço pelos ombros dela e, com um gesto suave, a colocou dentro do carro. Em seguida, ele também entrou.Rosana olhou
Esses cinco anos tinham moldado Rosana a ponto de ela fazer tudo instintivamente de acordo com as preferências de Manuel. Mesmo em sua própria casa, ela havia perguntado sobre o que ele queria comer sem pensar duas vezes. Rosana se envergonhava desse comportamento. Com medo de que Manuel percebesse sua inquietação, ela se apressou para a cozinha e começou a preparar o almoço.Enquanto isso, Manuel já havia aberto o computador e estava completamente imerso no trabalho. Pouco a pouco, o pequeno apartamento foi tomado pelo aroma da comida e por uma atmosfera de leve aconchego.Perto do horário do almoço, Rosana trouxe os pratos prontos da cozinha.— Está na hora de comer!Ela chamou em direção ao sofá, mas ninguém respondeu. Só então percebeu que Manuel estava concentrado no trabalho, com a camisa azul cuidadosamente dobrada até os cotovelos, deixando à mostra a pele morena dos braços. Seus dedos longos deslizavam rapidamente pelo teclado, e sua expressão séria, com os lábios finos c
Rosana finalmente se deu conta do que estava acontecendo, seus olhos se arregalaram, e ela tentou imediatamente se afastar de Manuel. Infelizmente, naquele momento, os olhos de Manuel já estavam preenchidos por um desejo ardente. No segundo seguinte, Rosana foi colocada por Manuel em cima da pia. ... Quando Manuel saiu do banheiro, já duas horas depois, ele a carregava em seus braços, com Rosana exausta e sem forças. Manuel estava com o rosto ruborizado, visivelmente contente. Já Rosana, parecia uma gatinha, se aconchegando no abraço dele, tremendo de forma contínua. Mais tarde, Manuel a deitou na cama, apoiando as mãos ao lado do corpo dela. Rosana, irritada, a acusou: — Eu não deveria ter deixado você ficar na minha casa. Manuel sorriu e respondeu: — E quem foi que te ajudou a matar aquela barata ontem à noite? Além disso, não foi você mesma que saltou para os meus braços? Rosana ficou vermelha de vergonha, e se escondeu debaixo das cobertas, cobrindo a cabeça