Josiane sorriu levemente, e respondeu:— Está tudo ótimo.— Então, que bom! Para expandirmos nossos negócios, essa noite vou participar de um coquetel de negócios, cheio de grandes nomes. Você poderia me acompanhar. — Yuri respondeu.— Eu? — Josiane se surpreendeu.Yuri assentiu.— Sim. Depois do projeto que você fez para o Grupo Camargo, muita gente no meio já conhece seu trabalho. Além disso, você já é meio que a cara do meu estúdio, levar você comigo vai atrair muitas possíveis parcerias.Josiane pensou um pouco, então concordou:— Tá bom.— Então te busco à noite, certo? — Yuri sorriu.— Combinado.O estúdio ainda estava no começo, e participar daquele tipo de evento certamente ajudaria. Josiane também não queria perder aquela oportunidade.No final da tarde, Josiane arrumou suas coisas e, ao descer, viu o carro de Yuri estacionado embaixo. Ela entrou no carro, e Yuri entregou uma sacola a ela.— Coloque essa roupa. — Disse ela.Josiane olhou para a sacola e respondeu:— Não precis
Yuri olhou para Vitor e perguntou:— O que você quer dizer com isso?Vitor soltou uma risada fria antes de responder:— Faz ela sentar e conversar comigo. Se não quiser... Tudo bem, mas o estúdio de vocês pode fechar as portas.Sua atitude era arrogante, como se Yuri e Josiane não fossem nada para ele, e estava claro que ele tinha ido atrás de Josiane.O rosto de Yuri escureceu. Josiane deu um passo à frente e perguntou:— Desculpe, senhor, mas acho que não te conheço.Vitor sorriu com desdém.— Não tem problema. O importante é que eu te conheço. Venha, sente aqui.Ele deu uma tapinha na própria perna.No mesmo instante, risadas e comentários maldosos ecoaram ao redor. Eram os amigos e seguranças de Vitor, todos olhando para Josiane com intenções nada boas.Os outros convidados da festa, no entanto, não se intrometeram. Pareciam saber muito bem quem era Vitor e, por isso, preferiram não se envolver.A expressão de Josiane ficou sombria. Aquele cara, pelo jeito, tinha uma boa influência
Aquela mulher realmente conhecia o Henrique!Vitor forçou um sorriso nada natural e olhou para Felipe ao perguntar:— Felipe, você anda ocupado ultimamente? Que tal eu te convidar para um jantar?Felipe respondeu seco:— Não vai dar.Ele recusou Vitor sem rodeios, sem a menor necessidade de lhe dar qualquer consideração.O próprio pai de Vitor mal se atrevia a levantar a voz diante de Henrique. Quem Vitor achava que era?O rosto de Vitor empalideceu na hora.Josiane se virou e olhou para Yuri:— Eu já vou indo. Você também vá embora logo, tá?— Se cuide. — Yuri assentiu.— Pode deixar.Josiane saiu da festa acompanhada por Felipe. Do lado de fora, a noite já envolvia a cidade, e um carro de luxo estava parado à beira da calçada.A janela baixou, revelando parcialmente o perfil de um homem. Ele mantinha o olhar levemente abaixado, parecendo de muito bom humor.Josiane se aproximou e entrou no carro, fitando ele antes de agradecer:— Obrigada pela ajuda.Henrique ergueu os olhos escuros
Josiane ficou atônita e, instintivamente, olhou para ele.A iluminação dentro do carro era fraca, e o rosto dele estava envolto pela escuridão, tornando impossível discernir sua expressão.Ela abriu a boca, mas de repente se sentiu perdida.— Eu... Eu também não sei.Ela era órfã, nunca tinha visto como seus pais se relacionavam, então não fazia ideia de como deveria ser um marido ou um pai de verdade.Mas a família de Henrique era intacta.Como ele também não sabia?Josiane quis perguntar, mas considerando a relação entre eles naquele momento, parecia não haver necessidade.E mesmo que soubesse... O que aquilo mudaria?Henrique então disse em um tom baixo:— Sendo assim, vamos continuar como está. Para quê tantas exigências?Josiane não respondeu.O clima dentro do carro estava sufocante.Foi então que o celular dela tocou. Quando viu o nome no visor, percebeu que era Nicole.— Oi, Nicole.Josiane achou que a amiga já tivesse terminado de arrumar as coisas e estivesse pronta para ir e
— Josiane, meus subordinados levaram Nicole, mas eu não sei para onde. Mandei procurarem. — Ele explicou, mas a verdade era que, sim, foram os seus subordinados que a sequestraram.Havia um traidor entre seus subordinados.Por que Nicole havia sido levada? Quem tinha dado aquela ordem? Tudo aquilo ainda precisava descobrir.Mas naquele momento, ele precisava deixar tudo claro para Josiane.— Eu só soube disso porque você me contou. — Henrique disse com uma voz profunda.Os cílios de Josiane tremeram levemente, seus dedos se fecharam por um instante antes que ela perguntasse baixinho:— Foram os seus subordinados que levaram Nicole... Como você pode não saber?Ela sentia que ele estava mentindo.Henrique sabia muito bem que Nicole era o seu ponto fraco. Se ele a usasse como isca, poderia fazer Josiane obedecer sem resistência.O rosto de Henrique se fechou ainda mais. Então, sem hesitar, se aproximou.— Então quer dizer que você não acredita em mim?Josiane não respondeu, mas seu silênc
Nicole se debatia cada vez menos.O desespero tomou conta de seu coração.No segundo seguinte, sentiu um aperto no braço e, de repente, foi puxada para frente, caindo direto em um abraço ligeiramente frio.— Por enquanto, vai ficar amarrada assim mesmo. Se eu te soltar, só vai sair besteira da sua boca. — A voz masculina soou preguiçosa acima dela.Jacarias a segurou e a levou para outro carro. Depois de colocar ela no assento, começou a desamarrar os pulsos dela com calma, enquanto discava o número de Henrique.— Henrique, encontrei ela. Sim, peguei os caras também. Vou mandar alguém levar eles até você. Faça um bom interrogatório.— Entendido. — A resposta fria e indiferente de Henrique veio pelo celular.Mesmo meio atordoada, Nicole ainda estava lúcida. Ao ouvir a conversa deles, ela pausou por um momento.Não tinha sido Henrique quem mandou sequestrar ela?Então por que aqueles seguranças disseram que era ordem do Sr. Henrique?De repente, a fita adesiva em sua boca foi arrancada,
O carro disparou pela estrada enquanto o céu escurecia aos poucos.Nicole estava novamente amarrada, jogada no banco de trás.Jacarias tinha uma expressão nada agradável, na verdade, seu humor estava péssimo!Como ele tinha se metido naquela situação?E se aquela mulher morresse nas mãos dele? O que faria então? Ele não queria acabar atrás das grades!Assim que chegou à mansão mais próxima, Jacarias desceu do carro e jogou Nicole sobre os ombros, entrando sem cerimônia.O mordomo, ao ver aquela cena, ficou completamente boquiaberto.— S... Senhor... N... Não pode fazer nada ilegal! Se a Sra. Fonseca souber disso, ela vai desmaiar! — Disse ele, trêmulo, seguindo Jacarias enquanto tentava convencer ele com palavras cuidadosas.O problema era que a situação toda não parecia nada normal.A garota estava amarrada, o rosto corado, os olhos desfocados, murmurando palavras ininteligíveis. Qualquer um poderia ver que ela não estava ali por vontade própria.O mordomo conhecia Jacarias desde pequ
Henrique e Josiane chegaram em uma hora.Josiane subiu as escadas apressada e viu Nicole ainda sentada na banheira, mergulhada em água fria, com uma expressão de total desesperança.— Nicole? — Josiane tocou levemente no rosto dela, com os dedos tremendo.Nicole levantou um pouco a pálpebra, olhou para ela e forçou um sorriso, mais feio que um choro.— Josi, eu quase morri! Eu vou matar aquele bando de canalhas!Josiane pegou rapidamente uma toalha que estava por ali e envolveu Nicole nela, perguntando: — Consegue andar?Nicole acenou com a cabeça.— O efeito da droga já passou.Os olhos de Josiane, que eram encantadores, mostraram um brilho frio e cortante. Ela ajudou Nicole a sair da banheira.O mordomo já havia colocado as roupas femininas no armário.Josiane foi até lá, pegou as roupas e entregou a Nicole.— Veste isso. Vamos atrás da vingança.Nicole se animou só de ouvir aquilo e, rapidamente, secou o corpo e vestiu as roupas.— Caramba, que grande!Nicole olhou para o corpo, na