Lembrando da conversa desagradável que tiveram antes, Josiane não queria abrir a porta. Mas já era bem tarde, e ele, com aquele olhar, parecia decidido a continuar batendo até que ela cedesse.Sem muita escolha, Josiane abriu a porta.— O que você quer agora... Hum...Ela mal teve tempo de terminar a frase quando o corpo imenso dele se inclinou para frente, e sua mão quente segurou seu rosto, cobrindo seus lábios com um beijo intenso e impetuoso.Ele era muito pesado, e a sensação de opressão a fez recuar sem poder evitar. No final, suas pernas tocaram o sofá e, com um movimento fraco, ela se sentou nele.Durante todo o tempo, Henrique não a soltou.Seu beijo era ardente, a respiração se entrelaçava com a dela, como se quisesse absorver cada pedaço dela.Com o tempo, Josiane começou a não conseguir mais suportar.As extremidades de seus olhos ficaram vermelhas, seu corpo amoleceu, e quando sentiu o vestido sendo empurrado para a altura da cintura, ela imediatamente se despertou.— Henr
Josiane se agitava ainda mais intensamente, não querendo continuar naquela posição, nem se manter tão próxima dele.Ele não era o Rique!No momento em que ele recuperou a memória, o Rique morreu!Os olhos de Josiane ficaram um pouco úmidos, e sua voz ficou embargada:— Henrique, levante.Henrique percebeu que algo não estava certo com ela e levantou a cabeça, fixando o olhar nela. Seus dedos tocaram o canto dos olhos dela e ele os limpou suavemente.— Josi, você está chorando. — A voz dele era profunda e suave, e, por um instante, Josiane quase sentiu como se tivesse voltado seis meses no tempo.Apenas aquelas palavras foram suficientes para destruir o muro de gelo que ela havia construído ao redor do seu coração. Suas emoções explodiram, e as lágrimas começaram a cair descontroladas.Henrique pareceu se assustar um pouco, se inclinou e beijou cada lágrima que caía, seus movimentos eram extremamente suaves.Josiane, no entanto, aproveitou o momento e o empurrou bruscamente, correndo em
Josiane sentiu um pouco de sede e se levantou para beber água. Ao abrir a porta, viu que a luz da sala ainda estava acesa e Henrique, com sua figura alta, estava deitado no sofá. Seu braço estava sobre os olhos, cobrindo metade do rosto.Josiane ficou parada por um momento. Ele ainda não tinha ido embora?O sofá era um modelo de apenas três lugares, e com o tamanho dele, deitado ali, realmente não tinha muito espaço, tanto que, se não tivesse cuidado, poderia cair facilmente.Josiane serviu um copo de água e, enquanto bebia, continuou olhando para ele.Ao ouvir o som, Henrique tirou o braço do rosto e, com os olhos semicerrados, olhou para ela.Josiane colocou o copo de lado e, de repente, perguntou:— Henrique, você sempre evitou o nosso passado, mas hoje agiu da forma de antes. Não me diga que está tentando me fazer desistir da aposta e dos planos de divórcio?Henrique se sentou, e sua camisa estava um pouco amassada. Parecia que finalmente se acostumou com a luz e seus olhos a encar
Henrique estava respirando pesadamente.— Vamos continuar o que não terminamos antes, então? — Perguntou ele.O corpo de Josiane já estava completamente mole, mas ela ainda o encarava, resistindo.Ela não estava disposta, e ele também não estava confortável.Aquele tipo de coisa precisava ser desejada por ambos para alcançar o prazer máximo.Ele estava visivelmente incomodado e acariciou o rosto dela.— Josiane, não me force, está bem?Josiane sentiu uma onda de frieza a envolver, mordeu levemente o lábio e virou a cabeça, ainda deixando claro o quanto estava resistindo.Henrique a observou, olhando para seu rosto corado, e com um ar um tanto distraído, se inclinou e deu um leve beijo. Então, soltou sua mão e começou a desfazer o cinto.Ouviu aquele som nítido, e a respiração de Josiane se descontrolou!Ele queria forçar ela!Josiane ficou com o corpo todo tenso de tanto medo. Mas, logo, o som das respirações pesadas dele chegou aos seus ouvidos, e ele ainda beijava de vez em quando
Henrique simplesmente segurou a perna dela e ainda aproveitou para tocar um pouco, fazendo sua respiração ficar mais pesada.O corpo de Josiane se tencionou, mas logo ela se relaxou, pois ele não fez nenhum outro movimento.Josiane realmente estava com muito sono.Naquele momento, mandar ele embora não adiantaria mais. Ele também não sairia tão facilmente, e causar muito barulho só traria incômodo aos vizinhos.Deixou para lá.Acabou se conformando e decidiu dormir daquele jeito mesmo....Nos dias seguintes, o tio Diego não entrou mais em contato com Josiane.Henrique também começou a ficar ocupado, e quando ela tentou falar com ele sobre Jacó, ele desligou o celular assim que ouviu o assunto. Ele claramente não queria continuar falando sobre aquilo.Foi então que Yuri ligou.— Alô, Srta. Yuri. — Josiane atendeu.— Srta. Josiane, tudo bem? Está disponível hoje para um almoço? — A voz sorridente de Yuri veio do outro lado.— Claro. — Josiane pensou um pouco, então aceitou.— Vou te man
Josiane, ao ouvir aquilo, ficou com o rosto sério e perguntou diretamente:— Diego, onde você está agora?— Estou indo para o distrito A. Fiquei muito tempo sem voltar para casa, preciso dar uma olhada lá. — Diego respondeu.Josiane fechou os olhos por um momento e disse:— Eu vou te acompanhar até lá.— Não precisa, eu não trouxe muitos problemas, não quero te incomodar mais. — Diego a impediu.Josiane insistiu:— Diego, não ter deixado você ver o Jacó durante todo esse tempo foi um erro meu. Se você vai embora, ao menos me deixe te acompanhar.No final, Diego concordou.Josiane desligou o celular e voltou para a sala, dizendo para Yuri:— Srta. Yuri, preciso sair um pouco.Yuri se levantou e perguntou:— Está com pressa? Eu te acompanho.— Não precisa, tem carros na rua, eu volto sozinha. — Josiane sorriu educadamente e recusou a oferta.Yuri, vendo que não havia jeito, concordou com a cabeça:— Então tá. Tenha cuidado na estrada.— Ok.Após sair da churrascaria, Josiane pegou um táx
Josiane ainda achava tudo muito estranho.Ela ficou em silêncio por um momento, olhando para Diego e perguntou:— E se um dia você descobrir que o Jacó é inocente, vai se arrepender da decisão que tomou hoje?Diego não respondeu.O ambiente na sala ficou tenso.Josiane soltou um suspiro leve e disse:— Diego, eu te levo até a estação...Diego se levantou em silêncio, pegou suas coisas e foi em direção à saída.A atitude dele já estava bem clara.Não se importaria mais com Jacó.Josiane não sabia como descrever o que sentia por dentro.Será que, se um filho cometesse um erro, ele era irremediavelmente imperdoável?Ela não entendia.Naquele momento, até a sua relação com a família parecia mais incerta.Depois de se despedir de Diego, o celular de Josiane tocou. Ela pegou o celular e viu que era uma ligação de Henrique.Josiane apertou os lábios e atendeu a ligação.— Alô?A voz profunda e envolvente de Henrique veio do outro lado, com um toque de alegria:— Josiane, vamos jantar esta noi
Josiane estremeceu e tentou se esquivar, mas a mão dele era como um torno de ferro, prendendo ela firmemente, sem dar espaço para que escapasse.Henrique a beijou cada vez mais fundo, cada vez mais intenso, como se quisesse devorar ela por completo.Josiane começou a sentir que não aguentava mais e, numa tentativa de reação, apertou a cintura dele com os dedos.No entanto, só encontrou músculos duros como pedra.Henrique finalmente a largou e soltou uma risada baixa.— Já não aguenta mais?O polegar dele roçou nos lábios dela, e seus olhos afilados brilharam com um tom profundo e indecifrável.Josiane respirou fundo, tentando recuperar o fôlego.— Estou com fome, quero comer algo.— Tudo bem. — Henrique riu de leve e, em seguida, disse. — Me espera um pouco.Ele subiu direto para o andar de cima e só voltou cerca de dez minutos depois, já vestido com uma roupa confortável em tom claro. Sua aparência havia perdido um pouco da austeridade e frieza de antes, ganhando um ar mais descontraí