Ao entrar no quarto, Josiane viu Henrique sentado à mesa de escritório, com a expressão fria, fixando o computador enquanto ainda lidava com o trabalho.Josiane hesitou por um momento, antes de levar sua mala para o quarto dos fundos e, depois, sair dizendo:— Já está bem tarde, pode descansar agora.Henrique respondeu de forma breve, fechou o computador e se levantou, indo em direção ao quarto.Josiane o observou entrar no quarto e suspirou aliviada.Ela também voltou para o seu quarto, tomou um banho e deitou na cama. Quando fechou os olhos, a imagem do mastim tibetano feroz apareceu em sua mente, o que a fez ficar com medo de dormir.Ela se sentou, passando a mão pelos cabelos.Naquele dia, ela havia levado um grande susto e deveria descansar, mas não conseguia dormir. O que deveria fazer?De repente, ela se lembrou do armário de vinhos na sala, cheio de garrafas de vinho tinto. Ela se levantou da cama, abriu o armário, pegou uma garrafa e começou a beber.Um pouco de vinho ajudaria
Josiane se levantou de repente, olhando para a cena à sua frente. Logo percebeu que ela não estava em seu quarto, mas no quarto principal!O que estava acontecendo?Como ela havia ido parar no quarto principal?Ela rapidamente olhou para suas roupas, que estavam perfeitamente em seu corpo, e não sentiu nenhuma sensação de cansaço ou desconforto. Imediatamente, ela suspirou aliviada.— Por que está preocupada? — Naquele momento, uma voz rouca, com um toque de sonolência, se fez ouvir.Josiane se virou e viu Henrique, com os olhos semicerrados, parecendo ter acabado de acordar, exalando uma leve preguiça.— Como eu vim parar no seu quarto? — Perguntou Josiane.Henrique sorriu, dizendo:— Eu também queria saber, como você veio parar no meu quarto?Ele se levantou lentamente, a coberta escorregando de seu corpo. O roupão que usava estava aberto no pescoço, deixando à vista seus músculos definidos.Com um sorriso misterioso no rosto, ele a olhou e disse:— Você não está dizendo que ficou so
Henrique observava seus movimentos, arqueando ligeiramente as sobrancelhas. No instante seguinte, viu seu rosto pálido ser tomado por um leve rubor.Nos seus olhos profundos, um brilho de interesse suave apareceu. Ele não se moveu, simplesmente permaneceu ali, olhando ela com a calma de quem não tem pressa.Josiane colocou a camisa sobre o corpo, seguida pela calça, mas ao passar o cinto, ela acabou tocando acidentalmente alguma parte que não deveria.Henrique segurou seu pulso com firmeza, a voz grave ecoando:— Josiane, foi de propósito?O rosto de Josiane ficou vermelho, mas ela tentou se manter calma e respondeu:— Se não consegue se controlar, a culpa é minha?Henrique a olhou com um olhar profundo, demorando para finalmente soltar seu pulso. — Continue.As longas pestanas de Josiane tremeram levemente, e, após prender o cinto, ela deu um suspiro pesado, se virando para expelir o ar de seus pulmões.Finalmente, estava tudo pronto.Mas, ao pensar que teria que cuidar dele assim po
Se o relacionamento deles não estava bom, então ele poderia...Vagner abaixou os olhos, reprimindo os pensamentos complicados que surgiram em sua mente.Ele pegou o celular e enviou uma mensagem para Josiane, informando ela de que já havia recebido alta do hospital.No entanto, ele esperou por um bom tempo, mas não obteve nenhuma resposta dela. Nos seus olhos, surgiu uma leve sensação de desapontamento....No Palácio Jade, Henrique estava bastante ocupado.A principal razão para sua viagem ao distrito A era realizar uma inspeção no local, e encontrar Josiane foi um acaso.No entanto, ao fim das contas, ele teve um retorno positivo.Ele estava sentado à mesa, revisando documentos, com uma expressão nobre e fria.Josiane, por outro lado, estava sentada no sofá, entediada, jogando no celular.A mão esquerda de Henrique não estava quebrada, apenas com ferimentos superficiais. Com o devido cuidado, ele se recuperaria rapidamente.O problema de Vagner, em breve, também estaria resolvido.En
Henrique a observou enquanto ela saía furiosa, e, logo depois, ele também ficou irritado. Estendeu a mão e puxou a gravata, sentindo uma pressão no peito, como se algo estivesse entalado lá dentro.Claramente, não era assim antes.No último ano, quando estavam juntos, tudo parecia tão alegre e divertido.Henrique fechou os olhos por um momento.Josiane foi rápida para fazer compras e voltou em uma hora.Ela colocou todos os produtos típicos do distrito A à sua frente, levantou o queixo e disse:— Coma, então.Uma veia na testa de Henrique pulou.— Josiane, você está fazendo isso de propósito? — Perguntou ele, reprimindo sua raiva.Josiane respondeu com seriedade:— Esses são os produtos típicos do distrito A, como você pediu. Olhe essa corda colorida, não é bonita? E esse leque, a borda dupla é um patrimônio cultural imaterial do nosso país! Você pediu os produtos do distrito A, eu trouxe tudo. — Ela puxou a cadeira e se sentou à sua frente. — Henrique, eu fiz exatamente o que você ped
Henrique estava em pé ao lado da cama, soltou o cabelo dela e disse com tom frio:— Você dorme bem, né?Josiane foi acordada de repente, já estava de mau humor por causa do sono, e ao ouvir o que ele disse, ficou ainda mais irritada. Se levantou e perguntou:— Você tem algum problema?Ele não estava ocupado com o trabalho?E ela tinha que ficar parada lá fora?Aquele homem não conseguia ficar sem causar confusão por um dia?Ao ver a expressão dela ficando cada vez mais irritada, Henrique soltou uma risada baixa, então estendeu a mão para bagunçar o cabelo dela, dizendo:— Se arrume, vamos sair.Depois de falar, ele se virou e saiu do quarto.Josiane, fora de si, pegou o travesseiro e jogou contra a porta!Aquele homem estava ficando cada vez mais insuportável!...Meia hora depois.Josiane saiu do quarto e perguntou, fria:— Onde vamos?Henrique jogou a jaqueta para ela e disse:— Quando chegarmos, você vai saber.Josiane, sem reclamar, vestiu a jaqueta dele e então foi direto para a p
Havia uma regra que proibia o uso de trabalho infantil.Mas aquela garotinha, na época, se manteve firme na porta da loja dele, prometendo que não iria contar nada. Ela só queria ganhar um dinheiro para o seu sustento.Quando apareciam clientes, ela ajudava, com muita agilidade.Ela até lhe contou que o sonho dela era passar na universidade e sair do distrito A.Ele, com o coração mole, concordou, mas não deu muita atenção às palavras dela.Os jovens de hoje em dia, quantos realmente sabiam o que era trabalhar duro?Talvez, depois de alguns dias de trabalho ali, ela ficasse cansada e desistisse.Mas, quem diria que ela ficaria por três anos?O tio Diego gostava muito daquela garota. Ele não tinha filha, apenas um filho, e a tratava como se fosse sua própria filha. Sempre que podia, fazia algo gostoso para ela.— Sim, passei. — Josiane assentiu, com os olhos um pouco marejados.As poucas coisas boas que ela tinha em sua vida haviam acontecido ali.Embora o dia a dia fosse corrido, a fam
Henrique olhou para o sorriso radiante nos olhos dela, e seu olhar escureceu um pouco. Ele acenou com a cabeça e disse:— Certo.Josiane imediatamente se levantou e disse:— Toda história precisa de uma bebida, caso contrário, não tem graça nenhuma.Henrique observou ela, toda animada, indo pegar a bebida, seu olhar se aprofundando. Pensando nela embriagada, ele não a impediu.Josiane logo voltou, carregando uma caixa de cerveja. Colocou uma garrafa na frente dele e outra na frente de si mesma. Abriu a garrafa e deu um gole, fechando os olhos por um momento.— É esse que deve ser o gosto!Henrique puxou a anilha e deu um gole, seu rosto, normalmente severo e bonito, rarefez um sorriso suave.Josiane então disse:— Vou começar. Eu cresci em um orfanato.Ela levantou as sobrancelhas e olhou para Henrique.Henrique a observou com um sorriso que parecia um pouco irônico e disse:— Só isso?— Sim, exatamente. — Josiane assentiu.Ele sorriu baixo e disse:— Eu já tive amnésia.Josiane ficou