Henrique se sentou na cadeira com uma expressão nobre e indiferente.— Coma primeiro. — Disse ele.Josiane caminhou até ele e, sem hesitar, arrancou o garfo de sua mão, o batendo na mesa com um som seco de estrondo. — Henrique, como você conseguiu entrar aqui?Henrique manteve seu olhar calmo e ergueu os olhos para ela. Ao ver o jeito irritado dela, ele sentiu uma inexplicável satisfação.— Você acha que, só porque trocou a senha da fechadura, eu não conseguiria entrar? Se eu quiser, posso entrar a qualquer momento.Ele a encarou com um olhar penetrante, sua voz baixa e rouca.Por algum motivo, Josiane teve a sensação de que ele estava se referindo a algo completamente diferente.Ao lembrar dos acontecimentos da noite anterior, ela ficou ainda mais irritada!— Você vai comer? Não vai comer nada! Tudo isso é meu!Dizendo isso, ela puxou o prato e os garfos que estavam na frente dele e os afastou. Em seguida, se sentou no canto mais distante da mesa e começou a comer sozinha, ignorando
— Oi, Nicole, você conhece alguém que vende fechaduras de alta tecnologia?Nicole ouviu a pergunta e ficou surpresa por um instante.— Sua fechadura não foi trocada há pouco tempo? Por que quer trocar de novo?— Não impede ninguém de entrar, então só me resta trocar de novo. — Josiane respondeu.Nicole ficou sem palavras.Ela ficou em silêncio por um momento antes de sugerir:— Por que você não troca logo de casa?Os olhos de Josiane brilharam.— Você tem razão, é melhor trocar de casa.— Nessa área eu posso te indicar alguém. O bairro do Jardim da Floresta é muito bom. Se você vender por um preço um pouco mais baixo, com certeza vai aparecer comprador. — Nicole disse.— Combinado, vamos fazer isso. Vou trabalhar agora, depois do expediente falamos melhor. — Josiane concordou.— Certo....No trabalho. Josiane passou o dia correndo com os afazeres, se comunicando com o pessoal do Grupo Camargo e visitando o canteiro de obras para acompanhar os projetos.Resumindo, ela não teve um min
Henrique olhou friamente para Nicole.Nicole sentiu um arrepio subir pela espinha e, instintivamente, desviou o olhar.O olhar gelado de Henrique pousou no rosto de Benjamin, mas ele apenas fez uma varredura rápida e, se virando para Josiane, perguntou:— Não seria um pouco indecente trazer um homem desconhecido para cá sem minha permissão?Josiane riu, indignada com a pergunta dele.— Esse é a minha casa. Eu trouxe um amigo, por que precisaria da sua permissão?Henrique colocou uma mão no bolso, com uma expressão fria e altiva.— Nós nos divorciamos?Josiane mordeu os lábios.Henrique continuou:— Já que não nos divorciamos, você ainda é minha esposa, e sua casa é uma propriedade dentro do casamento, ou seja, o que é seu é meu.Josiane segurou a raiva e disse, com frieza:— Precisa mesmo que eu fale de forma tão direta?Henrique a observou com um sorriso irônico.— O que é isso? Vai brigar comigo na frente dos outros? Você quer expor nossa vida de casados para todo mundo?Josiane fico
— Você está fazendo o quê? Me solte! — Josiane ficou assustada e gritou.O que havia de errado com aquele homem?Henrique entrou rapidamente no quarto e a jogou na cama. Sem esperar que ela se levantasse, ele se abaixou, pressionando seu corpo pesado sobre o dela, com o olhar fixo nela.— Henrique, o que você está fazendo?Josiane estava furiosa, seu peito subia e descia com a respiração ofegante, e seus olhos bonitos estavam tomados pela raiva.Henrique a olhou friamente.— Eu não te avisei para ficar longe do Benjamin? O que você queria trazendo ele para cá hoje? Se eu não tivesse te encontrado por acaso, o que vocês iam fazer aqui?Josiane não conseguia entender o que estava acontecendo!Ela se forçou a se mover, lutando para se soltar.— Henrique, você pode parar de surtar? Eu e o Benjamin somos amigos, o que tem de mais em trazer um amigo para minha casa?Ela não tinha coragem de contar que estava planejando vender a casa.Se ele soubesse o que ela estava pensando, ele provavelmen
Josiane olhou para ele com calma e levantou uma sobrancelha.— Não vai continuar?Henrique de repente fez uma risada fria, se levantou e saiu diretamente.Ao ouvir o estrondo da porta sendo fechada com força, Josiane exalou uma grande respiração.Ela realmente estava com medo. E se ele continuasse? O que ela faria?Parecia que ela também não podia fazer nada, assim como na noite passada, sem nenhuma defesa.Só que ela não queria aquilo.Ele ainda tinha Viviane em seu coração, e ela não queria ter mais envolvimento com ele.Ela só queria passar esse mês em paz.Quando isso acabasse, ela teria que pedir o divórcio!...No dia seguinte.Josiane estava saindo do trabalho quando uma pessoa parou na sua frente, com um sorriso no rosto.— Srta. Josiane, sou o mordomo da mansão, a senhora foi convidada para jantar com a Sra. Gomes.Lúcia?Josiane ficou confusa.— Por que a senhora de repente me convidou?Henrique sabia disso?O mordomo sorriu e disse:— O Sr. Henrique não volta para casa há mu
Josiane segurou diretamente o pulso da Sra. Gonçalves. Seus olhos amendoados, antes claros, adquiriram um tom frio.— Eu já disse, não fui eu!A Sra. Gonçalves arrancou a mão com força.— Ele só tem 7 anos! Ele pode mentir? Você, uma simples empregada, além de não ter educação, ainda tem um coração cruel! Como pode fazer algo assim com uma criança?O menino chorava de forma desesperadora, aos soluços, era de cortar o coração.Qualquer um que visse aquela cena acreditaria que Josiane havia machucado o menino.Os olhares ao redor se tornaram cheios de desprezo e desdém para Josiane.Em um instante, ela se tornou o alvo de todos.— O que está acontecendo aqui?Foi então que Lúcia apareceu, olhando para todos com uma expressão de dúvida.A Sra. Gonçalves apontou para Josiane e começou a falar:— Ela é empregada da sua casa, não é? Quando cheguei, pedi para ela pegar minha bolsa, mas ela me ignorou. E agora, acabou de bater no meu neto! Olhe como ele está chorando! Essa mulher é cruel, não
Assim que Henrique entrou, seu olhar imediatamente pousou em Josiane. Ao ver os dois seguranças segurando ela daquele jeito, sua expressão ficou instantaneamente fria.— Soltem ela. — Sua voz era gelada, e uma poderosa aura fria envolveu todo o ambiente.Os dois seguranças, instintivamente, soltaram as mãos e olharam para a Sra. Gonçalves.Quando a Sra. Gonçalves o viu, falou imediatamente:— Henrique, você chegou na hora certa. Essa empregada não apenas ignorou minhas palavras, como também bateu no meu neto. Como vamos resolver isso?Henrique ignorou as palavras da Sra. Gonçalves e foi diretamente até Josiane. Seus olhos longos e profundos se fixaram nela.— Você está bem?O coração de Josiane tremeu levemente. Ela balançou a cabeça e respondeu:— Estou bem. Eu também não bati nele.— Eu sei. — Henrique respondeu de forma rápida e firme.Naquele instante, o coração de Josiane se acalmou.Independentemente do que havia acontecido entre os dois antes, pelo menos agora ele estava do lado
Henrique estreitou os olhos longos e negros, que naquele momento estavam envoltos em um frio e distante traço de indiferença, lançando um olhar gelado para Lúcia.Lúcia sentiu, inexplicavelmente, um peso sobre os ombros, como se uma pressão invisível a envolvesse por completo.Seus olhos piscaram levemente, mas ela não disse mais nada.O rosto da Sra. Gonçalves escureceu, cheia de insatisfação.— O que você está tentando fazer?Henrique não estaria pensando em fazer ela pedir desculpas para Josiane, estaria?Isso seria loucura!Quem ela era e quem era Josiane?Josiane era digna disso?Henrique lançou um olhar frio para a Sra. Gonçalves antes de pousar seus olhos no pequeno garoto ao lado.— Venha aqui. — Disse ele.A Sra. Gonçalves imediatamente segurou o menino com força em seus braços.— Henrique, o que você está tentando fazer? Vai colocar as mãos em uma criança agora?Henrique a olhou com frieza e respondeu:— Acha que eu sou igual a você?— Você! — O rosto da Sra. Gonçalves ficou