Essa Luiza devia ser a nova paixão do Francisco.Afinal, mulheres que não despertavam o interesse de Francisco, simplesmente não tinham chance de se aproximar dele.Ele já estava com Luiza, pela era a terceira vez.Julieta ficou parada na porta por um momento, Heitor ergueu as sobrancelhas. - O que foi? - Perguntou Heitor.Julieta rapidamente voltou à realidade. - Que tal irmos a outro lugar? - Sugeriu Julieta.Antes que Heitor pudesse responder, ouviram alguém chamando. - Sra. Julieta, você também veio comer aqui? - Disse Luiza.Luiza parecia estar se exibindo enquanto chamava Julieta. Os lábios de Julieta ficaram pálidos. Quando ela virou a cabeça, encontrou os olhos de Francisco. Seu olhar profundo não revelava nenhuma emoção.- Sr. Francisco. - Cumprimentou Julieta, sem relutância.Francisco acenou de forma desinteressada com a cabeça. Em seguida, seus olhos se voltaram para Heitor.Heitor também estava avaliando Francisco. O filho da família Melo, uma figura lendária em todos
Uma simples palavra, foi o suficiente para fazer Julieta recuar sua recusa. Ela olhou para Heitor com uma expressão de desculpas e sorriu.Heitor, por sua vez, não se importou. Estava mais do que feliz em compartilhar uma refeição com Francisco. Quando os dois se acomodaram, Luiza cutucou o braço de Julieta.- Me diga a verdade, vocês estão tendo um encontro, não estão? - Perguntou Luiza.Por instinto, os olhos de Julieta se voltaram para Francisco e viu que ele não reagiu.- Isso não tem nada a ver com você. - Respondeu Julieta.Luiza não ficou irritada, apenas lançou um olhar de desaprovação para Francisco. - Francisco, você é demais, ainda se preocupa com os encontros dos funcionários? Olhe como a Srta. Julieta e este senhor são perfeitos um para o outro. - Disse Luiza, ela então olhou para Julieta piscando os olhos e acrescentando. - Srta. Julieta, não precisa ter medo dele. O que há de errado em namorar? O que há de errado em ter encontros? Mesmo sendo o chefe, ele não pode se
Julieta não pegou um táxi. Ela seguiu a estrada sem rumo até que um carro familiar parou à sua frente. A janela do carro se abaixou e o rosto de Francisco apareceu diante de Julieta.- Entre. - Disse Francisco. Julieta permaneceu em silêncio por um momento antes de abrir a porta e entrar no carro. Ele perguntou assim que ela entrou no carro. - Quando sai o resultado do exame?- Às três da tarde hoje. - Respondeu Julieta.Francisco soltou um “entendido” de forma indiferente e a conversa se encerrou. - Eu consultei o Heitor sobre o assunto do meu pai. - Começou Julieta, decidindo esclarecer.- Então decidiram almoçar juntos? - Questionou Francisco, virando o olhar para ela.- Só não queria dever favores. - Respondeu Julieta.- Todas as dívidas podem ser pagas com dinheiro. - Comentou Francisco.- Eu não tenho dinheiro. - Respondeu Julieta, olhando para Francisco. Quão ciente esse homem deveria estar de sua situação financeira? - O milhão de ontem acabou tão rápido? Sra. Julieta, você
- Disse quem é? - Perguntou Julieta, franzindo a testa.- Não disse, e agora? - Disse Camila, balançando a cabeça.- Vou falar com o Sr. Francisco. - Disse Julieta, depois de um breve silêncio.Ao chegar ao escritório de Francisco, Julieta ouviu a voz dele, como se estivesse em uma ligação, e sua voz estava estranhamente suave. Sem motivo aparente, o coração de Julieta doeu um pouco. Ela respirou fundo, ajustou sua respiração e bateu na porta. - Entre. - Disse Francisco, a voz dele veio de dentro. Julieta abriu a porta.- Sim, estou ocupado agora, podemos falar depois. - Disse Francisco, ao telefone. Ele desligou a chamada e olhou para Julieta, perguntando. - Algum problema? - Sobre a representação da nova coleção. Nosso plano já foi aprovado, Sr. Francisco, por que você mudou de ideia de repente? - Perguntou Julieta.- Sra. Julieta, não precisa perguntar demais, só precisa seguir as ordens. - Respondeu Francisco, afrouxando a gravata.A expressão de Julieta ficou um pouco desagrad
- Ainda sinto um desconforto no estômago. - Disse Julieta, os dedos dela se encurvaram de leve. - Tome um pouco de remédio para o estômago, pode beber menos. O champanhe não tem um teor alcoólico muito alto. - Disse Francisco.Julieta não disse mais nada. Falar demais seria se expor. Na verdade, Francisco raramente obrigava ela a beber. Nesse aspecto, ele sempre se comportava como um cavalheiro. No entanto, naquele dia ele estava insistindo assim, talvez porque ainda estivesse preocupado com a possibilidade dela estar grávida, então ele estava testando.Ao chegar ao local do evento, Julieta se concentrou. Ela entrou no salão de banquetes, apoiada no braço de Francisco.Lá dentro, ela viu Gustavo parado não muito longe. Gustavo levantou a taça para ela de longe.- Parece que seu charme é bastante impressionante. - Zombou Francisco, com sorriso irônico.- Sr. Francisco, fique tranquilo, só estou interessada em dinheiro. - Disse Julieta, sorrindo.- Isso significa que, contanto que a
Francisco se sentou ao lado de Julieta e envolveu sua cintura com a mão grande. Embora seus lábios carregassem um sorriso, seus olhos exalavam frieza. - Do que estão rindo tão felizes? Vamos lá, quero ouvir. - Interveio Francisco.- O Sr. Gustavo mencionou que seu primeiro amor está voltando. - Disse Julieta, soltando uma risada. Francisco riu de leve ao ouvir isso, não respondeu ela. - Então, é por isso que você está tão feliz, Sra. Julieta? - Perguntou Francisco.Julieta se sentiu sufocada. O que ela poderia fazer além de sorrir? Não seria melhor chorar e perguntar por que ele poderia amar seu primeiro amor, mas não ela? Pelo menos ela era autoconsciente.- Estou feliz por você, Sr. Francisco. - Disse Julieta. - Então, realmente devo agradecer você por ser tão gentil. - Disse Francisco, seu rosto permanecia frio.Os cantos dos lábios dela estavam tensos, Julieta não disse mais nada.Vendo os dois estarem argumentando, Gustavo não pôde deixar de sorrir.- Sr. Francisco, quando
- Eu estava apenas mantendo a cortesia básica. - Respondeu Julieta, com um toque de amargura.Francisco riu suavemente.- Os seus modos são realmente excelentes. - Zombou Francisco, com um sorriso irônico.Julieta optou por não dizer mais nada. Francisco colocou seus lábios em seu ombro, seguido pelo peito. O caro vestido de milhões que ela vestiu só pôde ser usado uma vez, sendo agora retirado por Francisco, sem a possibilidade de ser usado de novo.- Sr. Francisco, podemos não fazer isso hoje? - Pediu Julieta.- Por quê? Por causa do Gustavo? Quer reservar para ele? - Perguntou Francisco, apertando o queixo dela.Foi só agora que Julieta percebeu como as poucas palavras trocadas com Gustavo durante a noite irritaram Francisco.Parecia ridículo. Ele não amava ela, mas tinha uma possessão quase louca. Talvez todos os homens tivessem esse defeito. Eles podiam não querer brincar com seus próprios “brinquedos”, mas nunca permitiam que outros tocassem.- Só estou um pouco cansada, pode
- Ameaça de aborto. - Disse Olívia, mostrando a Julieta o ultrassom. - Esse cafajeste pode morrer se fizer menos? Julieta fechou os olhos e se deitou na cama, tentando acalmar seus pensamentos.- Por que você não diz a ele? - Perguntou Olívia, irritada.Julieta ficou em silêncio por um momento e então abriu os olhos. Ela pensou que talvez devesse dizer a Francisco. Caso contrário, esse bebê seria prejudicado mais cedo ou mais tarde. Mesmo que se contasse a ele provavelmente não poderia manter o bebê. No entanto, já que ela não conseguia ser implacável, deixaria ele ajudar a tomar essa decisão difícil.- Eu vou pensar em como dizer a ele. - Respondeu Julieta.- Você tomou uma decisão? - Perguntou Olívia, olhando para ela.- Não podemos continuar assim para sempre. - Disse Julieta, puxando os lábios.- Decida cedo, para acabar com isso cedo. Depois que fizer o aborto, chute ele para fora, depois siga sozinha, feliz e desimpedida! - Aconselhou Olívia.- Ainda tenho que ganhar dinheiro