Khalil Mustafá Furak

UM DIA ANTES:
A mulher grita com sua pele simplesmente sendo arrancada pela cera que espalha por todo seu corpo enquanto ela está presa sobre uma mesa que roda, embaixo, uma enorme fornalha que esquenta toda cera e à mantem fervendo. Todo o trabalho foi complicado, mas vale a pena.
Meus olhos estão concentrados na mulher, que se fosse pelo toque eu jamais perceberia que alguém estava me ligando, até porque não atendo nada quando estou em serviço, onde a coisa mais importante no momento é minha vítima e a forma que ela grita. Mas deixei o celular ligado e ele não parava de vibrar. Olho o número e não reconheço a princípio, mas levando em consideração que a tortura está indo como o desejado não vejo mal algum e atendo.
— Eu não tenho mais que um minuto.
Faço sinal para um dos meus combatentes girarem com mais força as manivelas da mesa.
Anna AndariaUM DIA DEPOIS:Mal consegui dormir com as mãos algemadas, com a dor no coração que atravessa a alma, eu cometi um erro eu sei, mas foi por amor. Amor ao meu sonho que ainda tenho e que agora tudo parece perdido, eu não deveria ter ido e agora é tarde demais para pensar nisso, mas não deixo de me perguntar o que Khalil está fazendo agora e se Faruk não acabar me matando o que irá fazer comigo?!Ainda de bruços com a algema machucando, uma senhorinha entra no quarto.— Senhora? Faruk deseja tomar o café da manhã sob sua presença, tudo bem?Não respondo e ela me solta logo depois. Mesmo não querendo a senhorinha me ajudou a tomar banho e me vestir com um sári verde, por fim, fez uma única trança no meu cabelo e me acompanhou até um simples Jardim com todo tipo de flores e fontes, principalmente com uma mesa grande e redonda cheia dos mais deliciosos quitutes da manhã, Faruk estava sentado
Anna Andaria— NÃO ACREDITO que seja tão burro a esse ponto! MINHA MULHER VAI DANÇAR PORRA NENHUMA PARA VOCÊ. — Então você sabe! Meus guardas vão atirar nela até que tenha certeza absoluta que seu corpo estará cravado de balas!Olho para todos os homens, tanto os de Khalil quanto os de Faruk, começo a chorar quando escuto, Khalil.— Ótimo! Certo, eu quero ver o infame desprezível que vai ter a coragem de atirar nela! Aquele que tentar vai se ver comigo!Me aperto inteira na parede esperando o pior quando Faruk perde todo o controle!— Atirem! ATIREM NESSA GAZELA!Fecho os olhos e tampo as orelhas, mas não escuto o som de nenhum disparo, não sinto nenhuma bala entrando em mim, apenas meu coração em ritmo frenético.— Foi o que eu pensei! — Khalil diz voltando a bater no irmão, Mohamed o combatente mais fiel de Khalil me puxa pelo braço
Khalil Mustafá FurakSINTO A boceta da minha mulher encharcada, babo inteiro por ela! Mas enganada é ela que pensa que só meus tapas e uma foda me fará esquecer toda raiva que sinto, Anna vai se deitar sobre meus pés, receber toda minha violência estocada dentro da sua buceta molhada e faminta, muito mais do que por prazer, não pretendo que seja só bom. Hoje ela me paga por toda raiva, por cada palavra e atitude!Mais um tapa, um tapa forte! Ela acha que vai escapar dessa?! Puta safada, cadela, vagabunda gostosa!- Faz eu pagar, me faz, mas deixa eu rebolar melhor do que poderia fazer a qualquer outro que nunca farei. Deixa-me rebolar no seu colo, deixa eu te mostrar o que sou capaz para sua satisfação.Ela fala em gemidos, sua bunda está tão quente, sinto meu pau endurecer mais do que qualquer outro dia apertando seu traseiro safado onde vou socar meu leite para um caralho. Nunca vou deixar uma mulher
Khalil Mustafá FurakMEUS CAMELOS andam em uma linha reta pelo deserto, em cima deles se tem a melhor visão. A visão esbelta e gratificante de conseguir tudo e todos que quiser na hora em todos os dias.(...)— Ah Não, me larguem! Papy. Pelo amor de Allah, me largue dessa e faço o que quiser, te dou o que quiser!Yasmin é puxada pelas correntes pois se exalta ao me ver, ao ser puxada, os outros dois também são arrastados, pois estão acorrentados como cães na mesma corrente.— Cale à boca! Não vê que este é como Belzebu, morra com um pingo de honra! — Faruk grita. Meus comandantes apertam mais sua coleira enquanto desço de meu camelo, olho para Habib e apenas pergunto:— Os instrumentos que pedi?! Prontos? — Cada um, Faruk ficará com o pior? — Sim. — Khaled ficou sabendo e pediu que tivesse dignidade para seu irmão, pegou voo hoje cedo, meu senhor, estará
Anna AndariaUM MÊS DEPOIS:Mesmo tendo passado um mês a notícia do grande bombardeio que teve no evento de caridade, continua repercutindo, justamente porque muitos canais do mundo inteiro jornalistas e programas de entretenimento queriam uma entrevista comigo. De alguma maneira meu discurso ganhou uma grande influência para mulheres do mundo inteirinho e claro que no meu país eu fui atacada. Por um lado, na mídia e por outro lado mulheres que tem o mesmo desejo que eu. Começaram a gritar por justiça, não sei o que pensar pelo fato, só sei que todos sabem disso e Khalil não seria o último, mas ele não comentou nenhuma vez sobre e sei que nunca, nunca em sua sã consciência ele deixará eu participar de uma coisa como tal. ABU DHABI, HOJE, 15:34Chegamos na capital dos Emirados Árabes Unidos as 03:30 da madrugada de sábado, em três dias conheci vários pontos turísticos acompa
Anna AndariaA CENA de Stela caindo se repete, se repete e repete na minha cabeça centenas de vezes. Eu me encolhi no chão e chorei aos soluços até minutos depois baterem na porta, Habib e Garia não conseguiam acreditar no que tinha acontecido e eu não conseguia falar, só chorar. A polícia não demorou a aparecer e já estavam no meu quarto.— Vimos pelas câmeras de segurança que Stela tentou atirá-la pela varanda, mas acabou perdendo o equilíbrio e ela quem caiu setenta e quatro andares à baixo.O policial fala para Habib, no mesmo instante escutamos Khalil do lado de fora, provavelmente no corredor gritando com um dos seus comandantes e dizendo demiti-lo.Estou deitada e encolhida na cama com Garia alisando meus cabelos de forma carinhosa que não ajuda em nada, escuto Khalil abrir a porta, e de forma grosseira ele mal dá tempo aos policiais e ordena que todos se retirem imediatame
Anna AndariaMANHÃ DEPOIS:Dentro da tenda eu tinha escutado os combatentes de Khalil falarem com ele sobre minha mãe, que ela estava atrás de mim, que me queria de volta e faria o possível para isso. Apenas senti o nó na garganta e só consegui tirar isso da minha cabeça por pensar nos meus meninos, nos meus pequenos homenzinhos que estão na minha barriga. Khalil não voltou mais para a nossa tenda desde então.(...)Quando o sol nasceu, a mama de Khalil, senhora Tabata, apareceu com um belo café da manhã. Dava para ver em seus olhos inchados que ela não estava feliz pela morte de Faruk, mas estava contente por minha gravidez.— Khaled ficou muito nervoso, furioso com você, acreditou com sangue nos olhos que você foi o pivô da morte de Faruk.Bebo um gole de Qamardeen, uma bebida feita de damasco, perfeita para beber em família. Meu coração aperta lembrando as coisas que p
Aisha HussainCinco anos antes:— Bom dia Aisha, preparei sua esfirra favorita, Fatuche e também um pouco de Mjadra e suco de Azenolla. Me sento na cama bocejando odeio acordar, ainda mais acordar todos os dias com a cara de uma Negra estúpida na minha frente! Ao menos posso demiti-la já que está na família a anos e pelo que sei, amava minha mãe e até à viu morrer, mas isso não muda o fato que tenho nojo dessa gazela negra sebosa. Meu aniversário de vinte anos foi há quatro dias, ganhei joias e os mais belos Sáris, porém nada me agradou. Até as pessoas da mais classe alta que me presenteiam não tem a mesma elegância que eu. — Não é um bom dia, se continuar acordando com sua cara negra e suja todas as manhãs.Terei um ataque cardíaco e morrerei em minutos. Além do mais você já lavou os tecidos que pedi ontem? — Sim, estão todos limpos. —