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Maria

— Podemos conhecer a cidade, amiga. A reunião ainda vai demorar, o que acha? Achamos um restaurante com comida caseira e almoçamos lá. Temos que aproveitar para passear também.

Eu realmente precisava de um passeio, então resolvi sair com Angélica. Quando colocamos os pés para fora da casa de Pedro, os olhares dos moradores mostraram que éramos diferentes demais para eles. Pedro justificou que era porque não saíam tanto da vila, mesmo assim, não me sinto bem com todos esses olhares sobre nós.

— Não ligue para eles, amiga, eu já estou acostumada com os olhares, logo você se acostuma também, Mari.

— É estranho. Não sei, parece que essas pessoas não têm muita convivência com outros de fora daqui ou só são preconceituosas mesmo. Você sabe como odeio gente assim.

— Percebeu que a grande maioria é branco caucasiano? Esse pessoal não vê pessoas pretas com frequência, amiga. Eu não sou uma pessoa preta, mas pareço um unicórnio, só falta o chifre na testa. Eu não estou nem aí, e
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