Mas Luiza não quis ir embora. Como poderia levar informações confidenciais sozinha? Se fosse descoberta pelo Theo, sua avó certamente seria alvo de represálias. Ela não queria causar a morte de sua avó por causa disso. Então, ela balançou a cabeça.— Vovó, eu não posso ir embora sozinha. Você e meu pai ainda estão nas mãos do Theo. Eu preciso levar vocês comigo!Seu pai ainda estava na UTI. Se ela fosse embora, os dois estariam em perigo. Luiza não podia fazer isso.Melissa disse:— Não tem problema, Luiza. Sua avó já está velha, viver alguns anos a menos não faz diferença.Luiza balançou a cabeça vigorosamente.— Não, eu não posso deixá-la sozinha, vovó. Eu já pensei nisso. No dia do meu casamento com o Theo, ele pensará que tudo está correndo bem, e você me entregará o pen drive. Com certeza ele estará mais relaxado, e nós partiremos todos juntos ao País R.Ela havia pensado nisso muitas vezes enquanto Miguel a mantinha trancada.Theo tinha ambições sombrias.Miguel não confiava n
A respiração de Luiza ficou tensa.— Os seguranças aqui são todos homens do Theo. Não faça nada precipitado. Se ele souber, as coisas se complicarão ainda mais.Luiza temia que a situação saísse do controle. No estado atual, Miguel era uma ameaça; sua presença, na verdade, estava atrapalhando seus planos. Tentando esconder sua ansiedade, Luiza disse suavemente:— Querido, amanhã eu instalo as câmeras de segurança, tá bom? Só precisamos esperar uma noite.— Não. — Ele não gostava dessa ideia. Ou ela ficava ao seu lado, ou ela o deixava vê-la.Luiza mordeu o lábio inferior.Miguel estava realmente enlouquecido. Ela sentia que ele devia estar com algum problema psicológico: muita desconfiança, sempre alerta, não confiava em ninguém.Talvez o incidente de quatro anos atrás o tivesse deixado assim.Mas agora, ela realmente tinha medo dele. E se ele realmente enlouquecesse, ignorando tudo e preparando um helicóptero para levá-la de volta ao país? Ela estaria em uma situação desesperadora.A
Ao ouvir isso, ele esboçou um leve sorriso nos lábios, como se não estivesse mais zangado.— Tomou banho?— Sim. — Ela se recostou no travesseiro, segurando o celular. — Acabei de ver a vovó. Ela disse que os olhos não doem mais, mas ainda estão cobertos com gaze. Nos próximos dias, não pode usar os olhos e precisa que o médico venha todos os dias para aplicar remédios.— Que bom.Depois de dizer isso, os dois ficaram em silêncio. Luiza fingiu dar um bocejo, fazendo parecer que estava muito cansada.— Cansada? — Miguel perguntou a ela.— Sim. — Luiza se espreguiçou preguiçosamente. — De manhã você me atormentou, depois fui ao restaurante, e quando voltei ainda tive que lidar com o Theo. Estou exausta...Ela bocejou várias vezes seguidas, e lágrimas de cansaço escorreram pelos cantos avermelhados de seus olhos.No pescoço, também apareceram as marcas que ele deixou de manhã.De manhã, enquanto ela estava se lavando, ele ficou encostado na porta do banheiro observando ela. De repente, e
Depois de falar, ela se deitou, parecia zangada e não queria falar com ele.Miguel chamou seu nome.Ela respondeu de forma abafada:— Não quero conversar, vou dormir.Luiza pegou um boneco de pelúcia, virou as costas para a câmera e foi dormir.Miguel viu que ela tinha se deitado, não disse mais nada, bebeu o vinho no copo e pegou um documento na mesa para ler silenciosamente.Pouco depois, o som da respiração uniforme de Luiza podia ser ouvido do outro lado do telefone.Miguel virou os olhos para olhar para ela.Luiza já estava dormindo. Sua postura ao dormir nunca foi boa. Ela se virou, uma perna branca saiu do cobertor, depois se encolheu novamente, usando o cobertor como travesseiro e o abraçando.Miguel não pôde deixar de sorrir enquanto a observava.Luiza gostava de abraçar coisas enquanto dormia.Então, quando os dois dormiam juntos, Luiza o abraçava como um polvo. No início, quando eles não tinham sentimentos um pelo outro, Miguel achava especialmente irritante ela abraçá-lo as
Mas agora havia muitas pessoas no local, então Melissa não disse nada, apenas acenou com a cabeça para deixá-la ir trabalhar.Luiza pediu aos funcionários que instalassem as câmeras de vigilância.Na verdade, instalar câmeras no quarto da avó era uma boa ideia. Caso precisassem sair para resolver algum assunto, poderiam verificar a situação da avó pelo celular.Se precisassem conversar, era só desconectar a câmera, então Luiza não tinha objeções a isso.Instalar a câmera era bastante simples, bastava fixá-la no teto e ajustar o ângulo.Luiza percebeu que Laís estava ao lado, observando sem sair, e franziu a testa ao perguntar:— Laís, a avó está com fome. Você já preparou o café da manhã?Laís respondeu:— Já, o café da manhã está pronto.— Você e Íris podem ajudar a avó a descer para tomar café. — Luiza a dispensou.Íris, sendo uma pessoa inteligente, entendeu a intenção de Luiza, lançou um olhar para Laís e disse:— Laís, eu não consigo segurar a Sra. Melissa sozinha, venha me ajudar
Miguel ouviu que ela não respondeu e perguntou:— Você parece não estar feliz?Ela não sabia como conseguiu sorrir e brincou:— Não estou infeliz, só achei muito repentino. Por que se mudou para cá?— Quero ficar mais perto de você.— Mas tão perto assim, você não tem medo do Theo descobrir?— Eu deveria ter medo dele? — A ironia nos olhos de Miguel era inconfundível.Luiza disse com dificuldade:— Claro que você não precisa ter medo dele, você é mais poderoso que ele. Mas minha avó está sendo vigiada pelos homens do Theo, e eu não sei quantos empregados ou seguranças em casa são espiões. Por favor, aguente um pouco e não me coloque em dificuldades, ok?— Como eu te coloquei em dificuldades?— Não, não foi isso que eu quis dizer. Quero dizer, você pode me ajudar, por favor? — Luiza implorou a ele, realmente estava sem saída. Miguel agora era um fator instável, como uma bomba-relógio. Além de planejar resgatar a avó, Luiza ainda tinha que acalmar os ânimos dele.Miguel disse, descontent
Luiza desceu as escadas e encontrou Theo conversando com a avó na mesa de jantar.Melissa estava rindo e conversando animadamente com ele, como se não percebesse suas intenções traiçoeiras, dizendo com um sorriso:— Quando você e a Luiza se casarem no próximo mês, meu desejo será realizado. Então, darei a Luiza 50% das ações do Grupo Santos Internacional, e reservarei os restantes 5% para Viviane como pensão. O que você acha?Theo tinha uma expressão gentil, sem revelar o demônio que habitava dentro dele, e respondeu suavemente:— Vovó, essas são suas coisas. Você deve decidir por si mesma.Melissa acariciou a mão dele e disse:— Theo, você é um bom rapaz. Com a Luiza se casando com você e você administrando o grupo, ficarei tranquila. Quando vocês se casarem, me aposentarei e desfrutarei de uma vida tranquila cuidando dos netos.Theo assentiu, com um leve sorriso no canto dos olhos.Na verdade, ele já tinha o controle do Grupo Santos Internacional. Ele poderia ter tomado à força, mas
As joias amarelas eram as preferidas de Luiza. Giovana trouxe as joias para ela experimentar, Luiza teve que tentar, sentando no sofá, esperando Giovana colocá-las. Mas Theo disse: — Eu ajudo a Luiza a colocar. Ele pegou as joias das mãos de Giovana, que, com um olhar magoado, ao ver a frieza nos olhos de Theo, recuou sem ousar protestar. Theo olhou para a gola alta do suéter de Luiza, achando um pouco inconveniente, tentou afastar o suéter. Luiza se assustou, se virou e cobriu o pescoço. — O que foi? — Theo segurava as joias, com uma expressão de dúvida. Os olhos de Luiza brilhavam de medo, fingindo tossir algumas vezes. — Desculpe, Theozinho, acho que peguei um resfriado, quando você toca no meu pescoço, começo a tossir muito, é melhor colocar por cima do suéter, senão fico com muito frio. Theo disse: — Pegou um resfriado e está tossindo? Precisa que o médico da família venha te ver? — Não precisa, é só um resfriado, se eu descansar um ou dois dias vai passar. T