Assim, mesmo que ela não quisesse, ele a trancaria.Ao entrar no banheiro, ela nem sequer tomou banho, apenas se sentou no vaso sanitário, perdida em pensamentos.Miguel esperou do lado de fora por um tempo, sem ouvir o som da água. Então ele se aproximou do banheiro, empurrou a porta e a encontrou adormecida apoiada no vaso sanitário.Miguel suspirou involuntariamente e foi até ela, a levantando nos braços.Ele tirou as roupas molhadas da mulher visivelmente embriagada, depois a levou para a banheira, a ajudando a se sentar e começou a usar o chuveiro para a lavar.Enquanto lavava, Luiza acordou de repente, vendo o homem diante dela e percebendo sua própria nudez, ela imediatamente voltou a si, cobrindo o peito com as mãos.Miguel sorriu ironicamente.- Já vi tudo, por que se cobrir agora?Luiza ficou séria.- Quem disse que você podia me dar banho?- Você desmaiou, completamente bêbada, se eu não te ajudasse, quem iria?Ele não concordava em deixar estranhos fazerem isso.- Você pode
Luiza levou um susto e se virou para ele.- O que você está fazendo?- Durma nos meus braços. - Ele pediu em voz baixa.Luiza sorriu ironicamente.- Chega, né? Você quer que eu durma aqui, eu já concordei, o que mais você quer? Quer passar dos limites assim? Ficar me pressionando uma e outra vez?- Quem está pressionando quem? Eu te pedi para dormir aqui e você ou se cobre com o cobertor ou dorme na beirada de propósito. O que é isso? Está tentando me dizer com esses gestos que você me odeia?- Será que as coisas que você fez não são o suficiente para fazer as pessoas te desprezarem, te odiarem? - Luiza disse sinceramente.Quem gostava de ser pressionado?Por que ele não podia respeitar os desejos dela?Ela já tinha dito que não podiam ficar juntos, mas ele insistia em ignorar isso, criando sofrimento para os dois.Para ela, suas reclamações pareciam acusações.Ele estava contra o mundo, apenas querendo ficar com ela, mas para ela, ele se tornava uma pessoa odiosa.Miguel deu uma risad
Miguel se aproximou novamente e beijou seus cabelos molhados, com a voz rouca: - O dia está quase amanhecendo, durma.Luiza sentia o cheiro dele em seu nariz.De repente, algo a fez sentir náuseas e ela correu para a beira da cama e vomitou.Ela vomitou.Ela vomitou novamente.Aquela sensação de repulsa voltou.Os olhos de Miguel se estreitaram, ele rapidamente pegou o celular e ligou para o médico.Yago veio com a psicóloga.Quando chegaram, Luiza estava nos braços de Miguel, como uma boneca sem vida, sem dizer uma palavra.Yago ficou surpreso.Miguel disse: - A examine.Então, ele saiu do quarto.Foi a psicóloga que examinou Luiza, levantando sua camisa e vendo as marcas vermelhas e roxas por todo o corpo, ficando muito surpresa.Ela relatou a situação para Yago.Yago franziu a testa e saiu do quarto.Miguel estava lá fora fumando, visivelmente agitado. Quando viu Yago sair, foi rapidamente ao seu encontro. - Como ela está?- A saúde física dela está bem, mas psicologicamente... A
O céu lá fora lentamente escureceu, mais uma noite chegava.Miguel voltou para casa e subiu as escadas, encontrando Luiza no quarto, desenhando com as costas voltadas para a porta, concentrada em seu trabalho.Miguel ficou encostado na porta, a observando por um momento.Lívia subiu com o jantar e, ao ver ela, Miguel disse:- Eu levo.Lívia entregou a bandeja a Miguel, que entrou no quarto e, com uma voz suave, disse: - Lulu, é hora do jantar.Luiza se virou e, ao ver ele, respondeu friamente: - Deixe aí.Miguel não disse nada, colocou a bandeja e se sentou ao lado dela, a olhando com um olhar terno.Luiza, no entanto, se sentiu arrepiada, não conseguia se concentrar com o olhar dele sobre ela. Se virou e disse: - Você não vai embora?Nos últimos dias, Miguel tinha dormido no escritório, sem a perturbar, o que melhorou o humor de Luiza.Miguel não respondeu diretamente, apenas disse: - Eu percebi que você tem trabalhado muito em casa. O computador está funcionando bem? Precisa de a
Ele sabia bem se o que ele oferecia era proteção ou vigilância.Luiza riu friamente.Ele continuou: - De agora em diante, você pode trabalhar em casa. Pode visitar seu pai uma vez por semana. Vamos viver assim, acho que é uma boa ideia.Para ele, era o melhor cenário, ela estava em casa, protegida por ele, nunca se machucaria.Quanto à sua mãe, quando a situação de Bryan fosse resolvida, a tensão diminuiria.Ele acreditava que essa era a melhor solução.Mas ele ignorava a necessidade de Luiza de ter independência e liberdade. Ela respondeu friamente: - Eu não quero isso.- Por quê? Se você ficar comigo, eu posso te proteger.- Eu já disse, todas essas tempestades foram causadas por você. Se nos separarmos, não estarei mais em perigo.Além disso, ela teria sua liberdade.Miguel não respondeu, mas, após um momento, repetiu: - Essa é a melhor solução por enquanto.Luiza olhou nos olhos dele.Eles refletiam teimosia, e seus lábios estavam ligeiramente apertados. Parecia que, se ela diss
- Qual método?- Meu método pode salvar você e seu pai, mas você precisa cooperar comigo. Você está disposta? Theo fez uma pausa e perguntou: - Luiza, vou te fazer uma pergunta. Você ainda quer ficar com o Miguel?Luiza ficou em silêncio por um momento e respondeu: - Não quero mais.Os fatos provaram que eles realmente não podiam ficar juntos, sempre havia obstáculos que nunca seriam resolvidos.Ela já estava exausta.Talvez essa relação fosse melhor se terminada, ambos poderiam se libertar.Ao ouvir isso, Theo falou em um tom sério: - Daqui a uma semana, será seu aniversário. Se você quiser deixar ele, esse dia será a melhor oportunidade.Luiza pensou, Theo provavelmente estava sugerindo que ela tentasse fugir novamente. Ela balançou a cabeça e disse: - Não adianta, Theo. Ele colocou pessoas para vigiar o meu pai. Não importa para onde eu vá, serei pega de volta.- Luiza, se você apenas fugir, as chances de sucesso são pequenas. - Theo falou calmamente. - Mas nesse dia, o Grupo S
Ele passou o braço pelos ombros dela e suas palavras foram cheias de carinho. Luiza se sentiu um pouco incomodada e perguntou: - O que você está me mostrando?- Você saberá quando ver. - Disse Miguel, empurrando a porta.O estúdio já estava decorado. Era espaçoso, equipado com máquinas de costura, mesa de design, manequins e luminárias...Tudo o que um designer precisava estava ali, incluindo uma varanda bem iluminada.Luiza ficou chocada.Mas não era a presença de tudo isso que a deixava atônita.Ela tinha a sensação instintiva de que Miguel estava realmente tentando a aprisionar, montando um estúdio completo para que ela não precisasse sair de casa.Ela ficou atordoada. Miguel já estava atrás dela, a abraçando, e sussurrou suavemente em seu ouvido: - Este é o estúdio que preparei para você. Gostou? A partir de agora, você pode trabalhar aqui todos os dias. Se quiser aceitar encomendas em casa, não vou impedir você. Ter algo para fazer em casa é bom. Se você se sentir entediada, pod
Ela já estava sendo vigiada de perto mesmo sem estar grávida. Se isso acontecesse, ela realmente não poderia sair.- Lulu, acorde.Miguel se sentou e sacudiu levemente seu ombro.Luiza fingiu não se mexer.- Preguiçosa.Miguel riu e se inclinou para a beijar e a acordar.Luiza se assustou e abriu os olhos, num tom confuso disse: - O que é isso? Por que está tão barulhento...- Vamos fazer um exame no hospital, é hora de acordar.Miguel a pegou no colo e a levou para o banheiro sem dar a ela chance de resistir.- Por que precisamos fazer um exame? - Luiza perguntou.Miguel respondeu calmamente: - Você esqueceu que fazemos exames todos os anos?Ele não estava sendo honesto.Ele queria esconder dela que a estava levando para engravidar?Luiza ficou apavorada ao pensar nisso, mas fez uma expressão de cansaço: - Mas hoje estou menstruada e com dor de barriga. Não quero fazer o exame.- Está menstruada?Miguel olhou para sua barriga.Luiza ficou nervosa.Mas ele a abraçou por trás e massa