- Tem algo para comer aqui? - Ele perguntou a ela.Luiza virou a cabeça, evitando o contato visual. - Eu já disse, nós terminamos. Você deveria ir embora.Ela não queria mais se envolver com ele. Porque ela sabia que, assim que ele aparecesse, não levaria um dia para Helena e Alice descobrirem, e então viriam a incomodar novamente.- Eu disse que não vamos terminar. - Miguel aumentou o tom de voz, fechando a porta com um movimento rápido e a pressionando no sofá. Uma mão prendeu sua cintura, enquanto a outra tirava sua camisola, sua voz rouca murmurando. - Não vamos terminar, querida...- Não faça isso. - Luiza franziu o cenho, bloqueando sua mão. - Nós dois não podemos mais estar juntos.- Nós dois não podemos? E quem mais pode estar com você? - Miguel olhou friamente. - O Theo? Você se apaixonou por ele só porque ele voltou?- Como você sabe? Como ele sabia que ela tinha visto o Theo naquela noite?Um sorriso frio apareceu nos lábios de Miguel. - Sempre que ele volta, você corre
Luiza ouviu as palavras e se sentiu extremamente cansada. Era como se, não importasse o que acontecesse, ela teria que ficar com ele, independentemente de a família Souza concordar ou não. Mas Luiza estava exausta. Com voz cansada, ela disse: - Miguel.Ele abaixou os olhos para a olhar.Luiza continuou: - Nós terminamos. Por favor, me solte.Ela não queria mais se envolver nesse relacionamento exaustivo, tanto fisica quanto emocionalmente. Estendeu a mão para o afastar e sair, mas assim que tentou, ele a puxou de volta. Seu olhar parecia descontrolado quando ele perguntou: - Eu disse que não vamos terminar. Você ouviu?O rosto de Luiza mudou ligeiramente ao enfrentar sua firmeza. - Miguel, eu disse que não há mais futuro entre nós.O simples "não há mais futuro" fez seu olhar se tornar mais sombrio e gelado. Ele parecia ter perdido a razão por um momento, e de repente ele arrancou o vestido dela de dormir e a beijou com intensidade.Luiza empalideceu. - Me solte!- Eu já cedi a
Luiza esperava do lado de fora. Em menos de dez minutos, Helena e Alice chegaram. Ao ver Luiza sentada no corredor, Helena falou friamente:- Onde está o Miguel?- Ele está lá dentro, levando pontos. - Respondeu Luiza em voz baixa. Eles tinham acabado de chegar ao hospital e Helena e Alice já estavam lá. Obviamente, alguém estava vigiando ela. Ela sabia que, assim que o Miguel chegasse, elas saberiam e viriam.- Por que isso aconteceu? - Perguntou Helena.Luiza respondeu:- A ferida dele se abriu acidentalmente.- Eu perguntei por que a ferida dele se abriu. O que vocês fizeram? - Helena olhou ela com um olhar penetrante.Luiza não respondeu, apertando os lábios. Helena viu as marcas de beijo no pescoço dela e, furiosa, disse:- Vocês fizeram aquilo de novo, não é?Luiza não conseguiu responder. Se dissesse que não, estaria mentindo, pois realmente tinham se envolvido, e havia marcas de beijos do Miguel em seu pescoço.Naquele momento, Helena ficou ainda mais convencida de que Luiza
Helena e Alice abriram a porta da sala de tratamento.Miguel tinha acabado de terminar a sutura e, ao ouvir o som da porta se abrindo, imediatamente olhou na direção, vendo que não era Luiza, seu olhar escureceu levemente.- O que vocês estão fazendo aqui?- A tia ouviu que você estava no hospital e insistiu em vir te ver. - Alice respondeu suavemente.Miguel franziu a testa, olhando friamente para Alice.- Como minha mãe soube que eu estava no hospital? Foi você que colocou alguém para me vigiar? Ou foi para vigiar a Luiza?- Não foi a Alice, fui eu que coloquei alguém para te vigiar, temendo que aquela mulher te incomodasse novamente. Por isso, mandei alguém para vigiá-la! - Helena reclamou. - Quem diria que você realmente foi lá. Eu te mandei ficar na Baía da Valenciana esta noite, por que você saiu de novo? Parece que você só fica feliz se me irritar até a morte!Ela já estava dormindo.Quem poderia imaginar que, no meio da noite, Alice bateria na sua porta, dizendo que a pessoa vi
Helena aconselhou Miguel a observar mais Alice. Quem saberia que Miguel afastaria a mão de Helena, dizendo em tom grave:- Você pode ir embora, não preciso dos seus cuidados aqui.Sua atitude era claramente distante.Ele insistia em ver o pastor da igreja.Helena não ousava dizer nada, apenas esperava ao lado.Logo, o pastor da igreja foi trazido por Eduardo, mas não foi convidado, e sim carregado em um saco.O pastor foi jogado no chão, emitindo sons de dor.Helena franziu a testa ao se levantar.- Miguel, como você pode tratar o pastor assim?Miguel a ignorou e olhou para Eduardo.Eduardo se aproximou e sussurrou algumas palavras no ouvido de Miguel, que deu uma risada fria.- Então ele é apenas um impostor aproveitador.Helena ficou confusa.- Impostor aproveitador?- Esse pastor, quando o encontramos, ele estava procurando mulheres no clube. Um pastor assim é digno de um título respeitável? - Miguel riu friamente, ordenando a Eduardo. - Abra o saco.Eduardo se aproximou e abriu o
Helena olhou para Alice, que baixou a cabeça em arrependimento, com uma expressão de fragilidade e beleza etérea.Helena sentiu um aperto no coração, segurou a mão dela e disse ao Miguel:- A Alice está certa, desde que eu soube sobre Bryan, tenho tido pesadelos todas as noites. Ela tem me acompanhado e cuidado de mim na Baía da Valenciana, enquanto você, sempre ocupado e ausente, não apareceu nem uma vez para me ver, mesmo eu estando tão doente.Havia um tom de reprovação nas palavras de Helena.Miguel não disse nada. Sempre que ele ia vê-la, Helena dizia coisas que ele não gostava de ouvir, então, com o tempo, ele parou de visitá-la.- Tia, não culpe o Miguel. Ele está sempre tão ocupado, certamente não teve tempo de vir. A culpa é minha por ser impulsiva e não prever que isso causaria tantos problemas. - Alice tentou confortá-la.Helena olhou para Alice e disse a Miguel:- Ouça, você sempre trata a Alice com frieza, mas veja como ela é boa para você. Em qualquer situação, ela sempre
- Aquela coisa que te falei antes. - Theo tomou um gole de café e disse com um sorriso. - Escrevi um e-mail sobre a condição do seu pai para vários hospitais das Américas, e esta manhã recebemos uma resposta. Um grande hospital aceitou seu pai e está disposto a deixá-lo testar um novo medicamento gratuitamente. Isso significa que as despesas médicas serão cobertas, apenas algumas despesas adicionais precisarão ser pagas.Luiza ficou surpresa.- O e-mail teve uma resposta tão rápida?Theo balançou a cabeça.- Na verdade, eu mandei o e-mail antes, sem te dizer. Pensei em te contar quando algum hospital respondesse. Não esperava que recebêssemos uma resposta por volta das três da manhã. Fiquei tão feliz que nem consegui dormir, só queria te dar essa boa notícia.Luiza olhou para os olhos dele, que estavam cheios de veias vermelhas, e ficou um pouco comovida.- Theozinho, obrigada.- Agora você não tem mais preocupações para ir ao exterior, certo? - Theo perguntou com a cabeça baixa. - Eu
Luiza não estava com medo, mas sim empolgada. Expandir o mercado para o exterior era o sonho de todo designer, isso significava que suas criações estariam indo para o cenário internacional, sendo reconhecidas em todo o mundo. Não havia nenhum designer que pudesse recusar esse convite. Luiza estava tentada, agora, as despesas médicas de seu pai foram isentas, ele poderia ir para as Américas receber tratamento avançado, e sua carreira também poderia ser transferida para lá, ela não precisaria se preocupar em ficar sem trabalho e sem dinheiro, era realmente o melhor momento para imigrar. Quanto a Miguel, só podia dizer que eles não tinham destino juntos. Ninguém no mundo apoiava que eles ficassem juntos. Luiza já estava extremamente cansada, não queria continuar mais. Algumas pessoas estavam destinadas a se tornarem apenas memórias. Então, no final, ela concordou com Luana.- Luana, obrigada por confiar em mim, eu aceito este desafio. - Que ótimo! - Luana quase pulou de